27.12.02

Ok...
A promoção de férias foi um completo fracasso.
Em parte devido a um provável problema com o sistema de comentários.
Tentarei repetir o esquema de eleição do melhor post/entrega de livros nos meses vindouros. Copia?

Bom... De volta à nossa programação normal.

É realmente estranho esse lance de blog.
Começa como uma diversão,pra algumas pessoas. Logo,se torna um vicio.
Pra mim,assim como pra muitas pessoas, começou como um lugar onde eu pudesse escrever algumas coisas que eu gostaria de conversar com alguem que nao existe. Sobre coisas que eu gosto,mas ninguem tem paciencia ou entende o suficientemente bem. Mas,principalmente, é a minha valvula de escape .
Quantas vezes já vim aqui puto, triste, magoado.. falar algo?

Muitas foram as vezes que escrevi aqui com a esperança de que todos olhassem. Soubessem como me sinto. Serio. No começo, eu não escrevia tudo aqui, e até por isso divulguei para muitas pessoas. Mas sabe de uma coisa? Já não sei mais se me sinto a vontade escrevendo o que eu sinto assumindo minha propria identidade.
Me sinto um idiota por isso,quando deveria ser o contrario. Que tipo de pessoa escreve o que pensa, sente, etc .. e se sente envergonhado por isso? São as comuns. Eu me tornei uma pessoa comum. É diferente vc confidenciar as coisas a seus amigos. Vc sabe pra quem tá falando. Aqui não.

Tenho tido a impressão de que criarei outro dominio pro meu blog. Continuará o mesmo template, com certeza. É minha home page. É minha casa.
Mas não sei o que deixar escrito aqui. Não queria começar do zero e esquecer as pessoas que conheci e criei um certo laço de amizade. Pessoas que mal falei até mesmo por aqui, mas que a cada vez que entro, vejo os comentarios. E quando aparece aquele numerozinho entre paranteses, já imagino quais foram as pessoas que poderiam escrever. São poucas. 5, no maximo. Estourando. E que mesmo mal me conhecendo, me conhecem como poucos. Estranho, não?
Pois é.
ME sinto no fundo de um poço de incertezas. E esse blog faz parte delas. Indecisões sobre minha familia e a maneira como sou tratado e os trato. Indecisões quanto aos meus estudos. Indecisçoes quanto a amizades. Indecisões quanto a pessoas do coração. Indecisões sobre o que pensar nisso tudo. Prioridade? Coloquei uma. Não deu certo. Acho que por isso eu abandonei as outras.
É
Confusão total

epitáfio do Bangulhus

Meu corpo é meio esquisito, sabe.

Quando eu durmo de dois em dois dias, vivo de barras de cereal ou ervilhas cozidas, engulo tudo que tenho direito junto com água da torneira, bebo mais cerveja do que um velho de bar, fumo uma carteira e meia de luckies por dia, funciona tudo que é uma maravilha, uma belezura, funções vitais exemplares, tudo de vento em popa.

Agora, quando eu me comporto, lembro como cheguei em casa, maneiro com as dogras, durmo todos os dias (sério! todos os dias! mal, mal pra caralho, tossing and turning por todos os lados, mas todos os dias), não compro cigarro há um mês e compro iogurte e comidas e tem até pão em casa, o que acontece? pifa. Nada funciona, tudo dói, eu só tusso como um mendigo velho, minha barriga está parecendo a do Homer, meu cabelo está uma merda -- isso não tem nada a ver, mas é que eu odiei tão profundamente esta merda que fiz no chuveiro com uma gilete cega que ando pensando até em comprar uma peruca. Mas não adianta, nem peruca adianta, nada vai ser tão legal quanto meu descabelo era, aquele meio-a-meio, aquele rosavermelho, chuife, eu quero o meu cabelo. Quero meus cachinhos no olho. Vou usar uma gaveta na cabeça até crescer de novo. Ou talvez eu deva apenas ir ao cabelereiro. Mas é que eu acho um absurdo esse negócio de gastar com o cabelo. O lance é pintar na pia e cortar no banho. Em quase dois anos, só fiz uma grande cagada, esta que repousa sobre minha cabeça. Auto-cabelereiro is the way.

Enfim.

Meu corpo não está acostumado com essa mamata. Assim que conseguir me mexer de novo, paro de comer essas coisas saudáveis, compro cigarro, encho a cara e volto aos excessos. Aposto como ele vai funcionar direitinho de novo. Até meu cabelo vai crescer mais rápido.

apenas leia meus labios: e-u-n-a-o-t-e-n-h-o-i-n-t-e-r-n-e-t

Hoje no fim da tarde, visita às instalações do Opus Dei aqui em Londrina, no centro cultural. Ambiente sóbrio, grande quantidade de livros, inscrições em latim, rapazes no caminho da erudição. O oratório com o Santíssimo ostenta um clima verdadeiramente católico. O palestrante, sacerdote da Prelazia, muito correto, virtuoso e erudito, com belas vestes tradicionais. Há meses procurava um lugar e pessoas assim, onde o respeito imperasse e a Fé católica surgisse com toda a intensidade exigida pela Tradição.

E ainda ouço pobres coitados sussurrando por aí que se trata de reacionários, ultra-conservadores, "colaboradores da ditadura de Franco", etc. Reacionário sou eu. Eles são apenas bons católicos.

a baba gélida do capitalismo

Olha o que diz um site sobre quando você encontrar com uma fada: As fadas são seres extremamente sensíveis. São facilmente magoáveis e está é a principal razão pela qual são chamadas por termos carinhosos. Quando você estiver em estado alterado de consciência, precisa ser cuidadoso com elas, não olhar para as plantas de seus pés, não elevar a voz ou assustá-las arremessando algo em sua direção.

eu Preciso falar!!

Vou contar a vocês: tudo o que sei dos seres humanos e da vida deve-se ao bom (ou mau) funcionamento dos meus intestinos. Na pocilga em que estudei, sabíamos todos que as aulas eram uma merda; legal mesmo era acompanhar as discussões filosóficas grafitadas nas paredes do banheiro e, às vezes, participar delas. Recebi, por exemplo, minha melhor lição de política naquele momento sublime de introspecção profunda (vocês sabem: a bosta bate na água, a água bate na bunda). Alguém tinha escrito que o diretor da faculdade era um burro. Outro alguém ponderou: "Fulano não é burro; burro é você, que não sabe a diferença entre um filho da puta e um burro". Agora me digam se isso não vale todo o Maquiavel, com o Max Weber de lambuja.

marmelada de puragoiaba

Que chuvarada ontem! Fui jogar dados na casa de amigos e ficamos fazendo uma lista imaginária de quem merecia morrer em 2003. Nesta época sempre saem as listas de quem morreu, né? Os balanços. Pois é, fizemos um limpa no ano que vem. Exterminamos uns 10! Fez um bem!!!! Nada como um pouco de crueldade imaginativa para gastar a agressividade que o cotidiano impõe. É preciso viver os desejos de vida e morte de alguma forma. Imaginar é um beeeem saudável. E assim não preciso xingar ninguém que tenha feito uma grosseria no trânsito. Cariocas costumam ser grosseiros no trânsito. Eu relaxo, deixo passar, dou um sorriso e continuo. Calmíssimo. Já mandei mais de dez para o paredão, posso dormir o sono dos justos.

Bloco de Notas do Leo Jaime

Depois de um cochilo, seguimos atrasados para o programa da noite. Era um jantar na casa dos amigos dele. Eu estava meio timida de inicio, mas logo me senti em casa. A familia eh bem estranha e acolhedora, a casa uma bagunca bem charmosa, com cartazes de "Stop War" na porta de entrada. Eles fazem o tipo riponga, vida em comunidade, criancas a vontade, liberdade de expressao, todos os assuntos debatidos na mesa de jantar, durante a degustanca de uma comidinha caseira feita em fogao a lenha. Simplesmente, adoraveis: um casal, a filha adolescente, o filho entrando na puberdade que nao estava presente, o filhinho de tres anos, abandonado pq tinha sindrome de down e adotado ha um ano e meio pela familia, mais outro amigo que esta se separando e passando uns tempos por la com o filho, um gato que pensa que eh gente, um cagado hibernando no porao. Ah, e o rapaz italiano que aluga um dos quartos da imensa casa, mas que estava viajando - o que nos fez aceitar o convite de ficar e dormir la. Tudo certo, um tempo agradabilissimo, me diverti muito, me senti parte desse mundo. Mas as coisas viraram de repente.

Criancas foram para cama primeiro, seguidas por mim, Harry, e o amigo. Jon e Jimmy resolveram ficar mais um pouco. E resolveram comprar mais vinho. Jon foi e deveria voltar em cinco minutos, ja que a loja 24h fica bem na esquina. Se passaram 40 minutos. Acordamos com um barulho de vidro quebrando. Briga na porta. No caminho do armazem, Jon foi vitima de violencia urbana. Ao passar pelo ponto de onibus, ele, que estava feliz e bem humorado, deu boa noite aos rapazes que la estavam, e foi respondido com agressao. Eles acharam que Jon ou estava tirando onda ou era da policia. Pegaram ele, ameacaram com uma faca, tentaram ir no caixa rapido tirar dinheiro. Brincaram de terroristas, mas, num descuido, Jon conseguiu escapar e correr ate a casa onde estavamos. Os camaradas foram atras, mas o reforco chegou na hora certa: com uma batida na porta, Jimmy, que ja estava alerta com a demora do amigo, se jogou em cima de um dos meliantes e quebrou o nariz dele com o queixo. Jon entrou correndo, arrastou o amigo e enfrentamos todos, dentro de casa, as ameacas vindas de fora. Todos saos e salvos. Mas enquanto tentavamos dormir as seis da manha, outro susto, batidas na porta, um dos caras de novo, dizendo que veio se desculpar.

from London, London

26.12.02

Agora apareceu uma louca que fica ligando para o meu celular. A guria diz que não me conhece e que resolveu ligar uma número aleatório (na verdade ela disse um número qualquer, acho que nem sabe o que significa aleatório). Fica me pentelhando, o pior é quando eu não atendo, começa a ligar de outros números. Tenha Santa paciência! Existem pessoas que não tem nada para fazer da própria vida e resolvem pertubar a dos outros. Dar pra mim ela não quer!

atormentando O Cuiabano

'Querido Senhor:

Neste dia de hoje, até o momento, eu estou fazendo tudo
certinho.

Eu não fofoquei, não perdi meu temperamento, não fui avarenta, nem mal humorada, sórdida, indolente ou egoísta. Eu não lamentei, esnobei ou comi qualquer chocolate.

Porém, eu vou me levantar da cama em alguns minutos e eu precisarei muito de sua ajuda depois disso.

Obrigada Senhor!"....

orado no Breathing sex...

to mau pra kralho...ódio, brigas, pavor, sofrimento, dor, carência, isolamento, mintira, ilusões estão perto de mim como uma nuvem negra q nao me dexa olhar pro otro lado...a Lice ta indo viaja...nao sei quando volta...ou SE volta...tah td mundo xtranhu, ta td mundo diferente..

Agora eu tenho que passar o Natal sozinha, pq eu me recuso fika com meus pais cuzões...odeiu eles, odeiu tudo!!!!!!!...se alguem kiseh arranka uma flor de algum jardim e kiseh mi da de natal eu vo agradece do fundo do meu coraçao ok???... :~~

Tipow...ano passado ao menos meu mano saiu com os amigos e me carregou junto, o que parece que esse ano nao vai acontecer, entao eu vo me arruma pra mim mesmo...jah ateh sei q ropa vou por...vo por uma saia preta, uma blusa marrom de um ombro soh e uma sandalia, faze um cabelo q me pareça legau...pinta minha unha, mi makia...e vo mi tranka nu escritório... pega um pedaço de papel e desenhar um presente...e mi entregar... poxa! acabei de ter uma idéia!!! acho q eu vo desenha algumas pessoas tbm e faze um amigo secreto!!! ... :~~

eu preciso ve o mar... :~~ disisperadamente...!!!

citado de I don't wanna grow up!

...Numa data tão importante pra vocês seres humanos como essa, eu pensei um pouco sobre como eu já sei o que eu estou "perdendo", e já me "arrependi" tudo que eu podia há um ano. Agora Eu deixo a preguiça me levar, e vou visitar o meu papai, com o qual eu evito contato há muitos anos.

...Se não fosse o meu irmão mais velho chamando pra ir eu também nem iria, porque a imagem de pai que eu tinha era uma coisa muito traumática. Depois de ele me dizer como o pai é hoje, senti certa vontade de vê-lo. Não sei se é saudade, acho que é apenas curiosidade.

...

...Rapaz acho que nunca chorei tanto na minha vida.
...Não me lembro mas parece também que nunca falei tanto com o meu pai.

...Eu fui pra casa do meu irmão, lá em São Sebastião. A casa é legal, grande, em relação àquela que ele tinha aqui no plano. E ele mora do lado da cunhada também. Aprendi, ou relembrei, que cunhada é irmã da nossa esposa. Ele mora em cima do Shopping da Beleza. Lá ele mostrou a placa Geforce2 que ele ia instalar no computador dele, o Counter Strike ficou bem mais rápido.

...Anoiteceu. Fomos à casa do pai, num condomínio perto de Sobradinho. Eu vi a minha irmã por parte de pai, Lilian, de cinco anos. Ela é agitada pra caramba. Gostei mais dela porque ela não lembra de mim. Não vive no passado, como o resto.

Meu pai contou umas histórias, a Rosália esposa dele foi a que mais manteve a boca falando pra não deixar o clima esfriar. Chegaram então o tio Dino, com a esposa Fátima, e as filhas Andréia e Liliane. A Andréia tá a cara da mãe. A Liliane tá um palito. Depois chegou o Lineu, com a namorada, a irmã da namorada, e um menino que talvez seja o irmão mais novo da namorada. Primeiro ele veio sozinho, depois foi buscá-los. Evitei contato com eles assim como evito aqui em casa.

...Acho que a Liliane queria namorar, e o pior é que a Rosália e a Fátima forçavam. Falavam que ela tava querendo namorar, pra ela sentar do meu lado. Que coisa chata. Ela não é feia, mas eu não quero que seja assim. A Rosália perguntou pra mim das namoradas, falei que não tinha, passei da idade.

...Então quando o pai quis saber dos meus objetivos, e eu falei que não tinha nenhum, ele ficou com raiva. Começou a xingar a mãe. Eu falei pra ele explicar melhor, não ficar só nisso, analisar. Ele não conseguiu. Se exaltou. Mas depois que eu fui pra trás da casa ficar sozinho, ele tava lá na pia lavando o rosto. Veio falar com calma. Falou que pelo que ele escuta de outras pessoas a culpa de eu "ser assim" é dela. Eu tentei falar que sou eu que faço o que quero, ela cumpriu com a responsabilidade de mãe, eu que forcei a barra. Falei que nunca fiz vestibular porque quis, na única vez que me inscrevi, ela ficou batendo na minha porta o dia inteiro pra eu ir. Mas eu falei que não queria. Entendi que ela só estava cumprindo com a responsabilidade. Ele acha que não ter aspirações não é normal, falou que só se for uma pessoa em um milhão que pensa assim. E eu falei e se eu pensar assim mesmo, qual o problema? Ele falou que não sabia que lavagem cerebral ou medicamento a mãe me dava. Eu falei que não era nada disso, que eu apenas percebi que não era isso que eu queria, que ele me tratava como um soldado (não lembro se foi essa palavra que eu usei), e depois que eles se separaram eu percebi que eu não precisava ser o que eu não queria. E se eu quisesse, podia não fazer nada, nem que fosse apenas para provar que eu posso. Ele ficou quase sem palavras, tentou argumentar um pouco. Mas acabou aceitando os meus desejos. Gostei dessa posição dele.

...Mas mesmo assim, não sei se por saber que ele se importa tanto assim comigo, ou por saber que ele me ama tanto, meus olhos não paravam de se encher de lágrimas. Eu fui ali no tanque lavar o rosto, mas mesmo assim as lágrimas teimavam a ficar nos olhos. Meus olhos ficaram vermelhos, fui me sentar com o meu irmão mais velho e a Sônia. A Rosália pra tentar me proteger falou que meus olhos eram de sono, como se alguém não soubesse a verdade. Eu queria ficar sozinho, não queria que vissem que eu sou tão fraco assim. Não encarei ninguém, fiquei olhando a mesa, as vezes olhando pra alguém que falava. Eu só queria ficar sozinho ...Todos mostraram que se importavam comigo, e eu fiquei sem entender por que.

...O Lineu foi embora com o grupo dele, o Dino foi depois, ficamos um pouco mais. O pai não sabia o que dizer, a Rosália mantendo as palavras saindo da boca dela. Meus olhos ainda queriam se encher de lágrimas. Fui embora com o Lincoln e a Sônia. No carro ela queria que eu fosse pra casa deles. Falei que queria ficar sozinho. Meus olhos teimavam a se encher. Quando eu falei que era pena, ela falou que não era, que era apego à mim, mesmo que fosse tão rápido. Tenho certeza que é só porque eu sou irmão do Lincoln. Talvez ela falasse a vontade dele. O Lincoln não fala quase nada, que nem o pai, que nem o Lineu, que nem eu.

Quando cheguamos aqui falei valeu, obrigado, o Lincoln falou que talvez eu não quisesse ir mais na casa do pai, eu falei é...

Fui subindo as escadas, a vontade de chegar no meu quarto era grande, quando cheguei no quarto andar, pude liberar a barragem, e deixar a correnteza fluir, entrei em casa, ainda bem não havia ninguém por perto. Fui ao meu quarto, liguei a televisão, liguei o computador, aumentei um pouco o volume, e então pude me soltar. Ainda bem, aquilo tava me enchedo o saco há muito tempo. Talvez por saber que meu pai é legal, o que eu não queria. Queria ter nascido bem pobre, sem instrução, sem estudo. Assim eu não teria a responsabilidade de vencer, vencer sempre. Isso me incomoda na natureza humana. Falei pro pai. Ela falou que era assim, tinha que ser. Eu falei que se eu não quisesse não precisava.......

...Quem me dera nunca ter existido.
Maybe Life sucks

Ontem quando eu cheguei em SP eu chorei de novo. Fiz a mesma coisa do dia do segundo turno das eleições: comecei a chorar na Paulista, entrei em casa chorando e abracei todo mundo. Sou sempre tão controlada, não costumo dar esses vexames. Mas era só TPM hahahah. Ainda não me transformei em uma sentimental. Apenas hormônios, mais uma vez.

Minha prima perdeu o vôo na Califórnia e só chega amanhã. Passou o Natal no avião.

Minha prima japa que parece comigo só pensa na cachorra dela. Comprou um gorro de Papai Noel para a cachorra e me decepcionou muito.

Meu tio japa, coitado, está um lixo, doente.
Ele tirou meu pai no amigo secreto e fez um discurso lindo, eu quase chorei.

Minha tia Baronesa me tirou e eu tirei ela.
Eu ia fazer um discurso mas perdi a coragem.
Ganhei exatamente o que tinha pedido e além disso, uma bolsa da Arezzo. Nada como ter tia chique.

Meu pai só abriu o presente quando chegamos em casa. Um JW black. Yes, isso é que é parente. "Pai, você tem diabete. Como eu sou uma filha que zela pela saúde do pai, vou levar essa garrafa comigo, que é para você não correr o risco de cair em tentação". hahhahahha

E eu dei o DVD para a minha tia e no carro, vindo para casa, a Marina me pergunta: "mas ela tem DVD player?" Ha, isso é hora para perguntar isso? Sei lá.

Agora estou meio down, pensando na minha mãe. Ela está muito deprê, muito mesmo. Eu faço o que eu posso. Eu ouço, eu ouço, eu ouço. Eu sugiro mil coisas, eu penso e tento ajudar. Agora acho que eu a entendo melhor, mas só faço o que posso. Não tenho superpoderes, infelizmente.

será que chega de Café demais na ilha de Ursos ?

o legal de ligar pro moskito é que ele só ri.
o legal de ligar pra livia é que ela não fala nada, porque nao pode fazer barulho.
o legal de ligar pro bruno é que não dá pra entender nada do que ele fala.

impulsos do BLUEZITA'S 4.0

O Bom dia e o Natal

Eu raramente chego e digo bom dia aqui no trabalho. Na verdade, eu não gosto nem que as pessoas me digam bom dia. Alguns chocados podem se perguntar mas, por quê?

Por que na minha opinião, as pessoas não deveriam dizer bom dia. Elas deveriam dizer o que lhes desse vontade, deveriam expor aquilo que vai no coração. Se, de manhã elas estiverem de mau-humor, eu preferiria que elas passassem por mim sem dizer nada OU, me mandassem à merda. Pelo menos seria honesto.

Minha mesa fica perto da porta e, todos os dias uma legião de pessoas passa por mim me dando aqueles beijinhos e me falando: bom dia! Caramba, o que elas querem dizer com isso? Se elas querem me mostrar que elas chegaram, não precisam se preocupar por que eu não sou cega! Pessoas que nem me conhecem vem me cumprimentar! Para quê? Qual o propósito? Educação? Eu dispenso. Quando a Chris estava trabalhando aqui eu sempre cumprimentava ela mas, eu fazia isso por que eu gostava dela e, a ela, eu realmente queria desejar um bom dia. Eu chegava e queria falar com ela. Os demais, não é que eu não goste. Só não vejo propósito em simplesmente passar e cumprimentar uma pessoa que eu não tenho nada para dizer, ou nem sei quem é, num dia que eu estou de mau-humor ou, não estou num dia bom, sair distribuindo bom-dia?!?!?

Um dos caras aqui do escritório um dia ouviu minha teoria parou de me cumprimentar por um tempo mas, um dia ele virou e falou: eu vou te cumprimentar por que eu quero te desejar bom dia! E, quando ele disse isso, automaticamente ganhou o direito. Por que é genuíno, é real. Não é simplesmente educação. É uma coisa que vem dele e, por isso, quando ele me cumprimenta é diferente.

Tem outras pessoas aqui no escritório que estão começando a me dar vontade de falar bom dia e, talvez eu comece a fazer mas, só vou fazer por que é real. Quando eu estiver de mau-humor ou, o dia estiver meia-boca, não vou dar bom dia para ninguém. Vocês podem estar achando que isso é coisa de gente louca e, até certo ponto eu acho que é coisa de gente louca mesmo mas, o meu ponto é que eu não quero que as pessoas sejam gentis por que isso é educado.

Tudo isso se relaciona com o Natal por que é o momento no qual você se encontra com aquelas pessoas que você não vê o ano inteiro e, que não tem relação alguma com a sua vida à não ser o mesmo sangue e, pior, que não sabem quem você e, derepente todos se amam e se adoram, trocam presentes ou dinheiro e é celebrado o quê!?!?!??! A hipocrisia das famílias? Que tem um milhão de coisas para serem ditas e não são? A conversa das linguas venenosas na cozinha que falam mal de quem ficou na sala e vice-versa? O desemprego e a falta de tudo durante o ano? O que nós estamos celebrando? A vida? Ela por si só merece tudo isso sem levar em consideração que tipo/qualidade de vida as pessoas estão levando? O amor? Que amor?

Por isso que eu também odeio Natal. Odeio qualquer data e/ou atitude que celebre ou propague a hipocrisia. Para aqueles que tem a sorte de serem ignorantes quanto às intrigas e problemas familiares ou, que realmente possuam uma família únida, eu fico feliz.

Por mim passaria o Natal com um grupo seleto da minha família. Sei com quem eu tenho conexão e por quem eu sinto carinho. E isso é um amor verdadeiro que não é determinado por mero compartilhamento genético.

declarou o oooooooops!

Em falar em joaninhas... Já tenho 52. E o melhor: todas diferentes.
Ai que papo escroto.... Esquece o que você leu tá? Obrigada.

Ps.: Sono é foda.... Sai cada asneira que dá até vergonha.

será que Mulheres não fracassam?

DR. IMBIRA - CIRURGIÃO GÁSTRICO
Dr. Imbira é a maior lêndia anidra ainda viva, rivalizando com seu irmão, o mundano Dr. Jivago. Ambos foram amamentados com leite de onça, mas Dr. Imbira rifou sua centopéia de cerâmica e preferiu especializar-se em Educação Etílica, através da prática do levantamento de cópula, do arremesso de lontra e por fim, do chuveirinho de ouro. Em 1994, no auge da Lei Úmida, foi um dos fundadores dos Alcóolicus Anêmicus, grupo formado por célebres degradados, infectados por uma epidemia de béri béri.
O Dr. Imbira faz parte do seleto panteão das Eminências Ébrias, atendendo seus pacientes em necrotário próprio e cobrando apenas a dose do santo.

extirpado por Dr. Cesariano - Anestesista por Opção

Normalmente fazemos um amigo secreto que supostamente serve para não se ter que ficar naquele troca-troca de presentes, mas no final das contas acaba-se sempre dando os presentes para todo mundo assim mesmo, o que meio que faz o amigo secreto ficar sem sentido. Além do meu cunhado e família, os outros que vão lá em casa (um casal e dois filhos pequenos) são judeus, que como não celebram Natal, não tem o que fazer então vão lá em casa e acabam trocando presentes com a gente também.

Este ano, meu cunhado inicialmente não queria a troca de presentes, porque alegou falta de dinheiro. Então, ao invés de fazer somente um amigo secreto, resolveu é que não queria dar presente para ninguém além das crianças e da mulher dele, e por isso não queria receber presentes. E agora também anunciou que tem que ir embora cedo, porque não quer levar os presentes na minha casa, mas sim quer que as crianças abram os presentes na manhã de Natal, na casa dele.

Ótimo para ele, só que agora nós estamos com a seguinte situação:


* Não podemos trocar presentes com os nossos amigos, porque como não vamos dar presentes para eles e eles não vão dar presentes para ninguém, ficaria aquela coisa estranha.

* Por conseguinte, não podemos dar presentes nem para as crianças dos nossos amigos.

* Eles vão comer e sair fora rapidinho para ir para casa cedo.

A questão é, que catso de ceia de Natal é essa? Vontade de cancelar não falta, só estamos mantendo mesmo por não querermos criar um clima muito pesado (tem mais no rolo, mas não vou entrar em detalhes). Mas a antecipação mesmo já se foi, e a desejo de passar uma noite com eles também.

Ano que vem, pode esquecer.

normalmente Entre Quatro Estações

Foda. Cyber café é um treco caro.
Se alguém aí conhecer algum vício mais barato que internet, drogas, sexo e jogatina, por favor, me avise. Essas merdas custam dinheiro.

Eu ia dizer que esse teclado é uma merda, mas na verdade o problema é no burrinho. Aquela peça do computador que fica entre o teclado e a cadeira, mais conhecida como peopleware.

Aí me aparece uma janelinha aqui dizendo que eu só tenho 5 minutos disponíveis. Blé.

Eu até escreveria sobre o antro indie onde eu me enfiei ontem, eu até falaria sobre a noite carioca e suas figuras estranhas, eu até comentaria o quanto a Mariana é elétrica e fala bragaraleo, eu até diria um monte de coisas pra um monte de gente, eu até reclamaria do natal e reveillon e todas essas festividades ridículas que eu odeio, eu até mandaria todos vocês pra vários lugares feios. Eu até escreveria um monte de coisas, mas...

...o tempo tá acabando, vocês sabem.

Miragens Utopia Dilucular

Porra
Ela nao me larga nem quando nao ta na cidade?
Por que eu tinha que receber um cartao de natal dela na minha caixa e-mail?
..
Ta bom
Nao foi tão ruim assim
Mas nao precisava
Será possivel que ela faz questao de lembrar que existe e minha vida tem estado triste por isso ?

continua no Bangulhus

24.12.02

Que merda é essa que está acontecendo na web, mais particularmente nos blogs?
Todo mundo é "anti-social".
Todo mundo é "tosco".
Todo mundo é "loser".
Todo mundo escreve "devaneios".
Todo mundo é acometido de "loucuras" e "paranóias".
Todo mundo é "mórbido" e "bizarro".

Por que todo mundo quer morrer? Por que tanta raiva gratuita? Tem gente que já vai dizendo de cara "esse blog é meu, eu escrevo o que quiser, se não gostou vá embora". Cacilda, a pessoa que escreve isso acaba de registrar em cartório que a merda fede!

Todo mundo veste preto, é fashion, ou cool, ou indie e tudo rulez, rox, sucks.

Eu, hein? Porra de gente que só quer ser diferente. Acaba sendo mais um.

um pratinho de Arroz-de-leite

Ultimamente não tem um bom protesto no Rio de Janeiro sem pelo menos um ônibus queimado. Seja qual for o motivo, se você vai juntar uma população revoltada para reclamar de alguma coisa você precisa - para começar - de pelo menos um coletivo e uma caixa de fósforos. Cada ônibus queimado é um prejuízo de 100 mil reais, sem levar em contar o tempo que a frota fica com um veículo a menos. Nesse contexto, parece uma provocação aquela decoração dos ônibus natalinos da Coca-Cola. Para quem ainda não viu, a empresa de refrigerantes envelopou alguns ônibus com imagens de duendes e decorou as janelas com luzes que piscam freneticamente. Mais do que mau gosto, um grande atrativo para populações enfurecidas incitadas por traficantes. Na verdade, até eu senti vontade de queimar um.

carbonizado no daniel sansão * motocontinuo

Encontrei uma calcinha no meu quarto, será que andei arrastando um mulheril para dentro dos meus aposentos e não lembro? Ando bebendo demais. Se por um acaso alguma garota andou sentido falta de sua roupa de baixo, por favor entre em contato comigo. Acho que isto rende uma versão pós-moderna de Cinderela...

ticket para o disillusion express

As vezes sou foundue de chocolate,
em pedaços de abacaxi.
Meio-amarga-agridoce.

Hoje eu poderia ser champanhe e morangos.
Mas eu sou só café fraco. E chicletes. E cigarros.

recitado por - Please Kill Me! -

Quero ganhar neste Natal: Coragem, um cérebro e um coração.

::LACTOBACILO MORTO:: Jingle bells

Menino de nove anos espancado e enterrado vivo
O Liberal, Belém

Um menino de apenas nove anos de idade foi mais uma vítima da violência contra crianças e escapou da morte por pouco. O garoto foi socorrido na Praia do Cruzeiro, em Icoaraci, depois de ficar quase meia hora desacordado, enterrado quase por completo na areia. Ele foi espancado e levou várias pauladas na cabeça. O acusado é o próprio cunhado, Wenderson Lima da Cruz, pai do filho da irmã do garoto, que teria ainda estrangulado o menino e, imaginando que ele estivesse morto, enterrou-o na praia.

relatado por Vida de cão

23.12.02

Boa tarde.

Todo mundo estressado porque é Natal, fim de ano etc. Fodam-se. Eu não estou estressada e não tenho que agüentar o stress de ninguém. Veio uma moça aqui imprimir umas coisas e não conseguia mudar o formato de uma tabela do Word. Ela me pediu ajuda e eu também não consegui. Veio a chefe dela aqui e disse "mas como não dá para mudar? Então é porque vocês não sabem". Ha, pra quê. Disse para ela encontrar alguém que "saiba" e que meu serviço não é esse. Detesto gente que vem com historinha "é importante, tem que ser enviado hoje pelo correio, a pessoa vai perder o emprego por causa disso". É? E eu com isso? Só ia cobrar a impressão das páginas, mas ha ha ha, para ouvir desaforo o preço é mais caro.

outro copo de Café demais na ilha de Ursos - parte II

Quarta-feira, na hora das aleluias

1 – Esse homem que vai pela avenida Getúlio Vargas tem um conflito insolúvel entre o pé direito e o pé esquerdo.

2 - As cinco ninféias, gráceis feito garças, mesma roupa, mesmos cabelos, mesmo encantamento, levitam sobre saltos no desfiladeiro da Sergipe.

3 – Algo está fora de prumo no ir às compras da jovem senhora, magra como um fiapo, ali por Alagoas com Cristóvão Colombo.

4 – Pela Avenida João Pinheiro desce um homem de terno puxado por uma gravata. Ninguém pode ver dele os pés.

5 – A luta de classes (embora brasa dormida) continua atualíssima entre os pés do mendigo e a pelica azul-marinho acariciando os pés da moça na Avenida Afonso Pena.

6 – Pés executivos, determinados, sisudos, pés corporativos, pés sem consciência de culpa, acabam de pisar a auréola caída de um poeta na Avenida Augusto de Lima. Mas o poeta ignora a perda da auréola.

7 – Essas pernas não são pernas, esses pés não são pés, esses seios não são seios — são uma fuga de Bach na manhã de sábado da Praça da Liberdade.

8 – Ali vai o arquiteto pela Rua dos Inconfidentes, o pé esquerdo em linha reta, o pé direito em linha curva. “Bom dia, mister”, diz-lhe a casa em demolição.

9 – Rapazotes de terno e gravata, com os corações na Bolsa de Valores, têm pés de fuzileiros navais na manhã de quarta-feira da Rua Espírito Santo.

10 – O livreiro da Avenida Getúlio Vargas tem pés ensaísticos, pés com pé de página, pés com notas biográficas no seu ir devagar para a hora do café.

11 – Madame pisava esotérica, hoje pisa cibernética pela Avenida Cristóvão Colombo.

instantes de KAFKA EM BELO HORIZONTE

Parado embaixo, vejo o globo no centro do teto da sala se encher de água até a boca. Quando isto acontece, a lâmpada acende e surgem dois peixinhos dourados em sua órbita.

Um bramido pluvial parece vir do lado de fora do apartamento, então abro a porta para conferir. Pelas escadas cai uma água considerável e resolvo subir para identificar a foz. Conforme escalo, os degraus desaparecem sob a enxurrada, e meus pés se adiantam, às cegas. Eu agarro o corrimão, enquanto meu corpo é vibrado como um instrumento pela cachoeira, tóintóintóin.

enxaguado no HOTEL HELL

É hoje a confraternização da Agro-Fauna, lembra? Pois é, eu podia ir mais cedo, de carona. Mas de repente parece mais interessante não chegar muito cedo. Dou um tempo aqui com a Tetéia e depois vou de biciclete mesmo. Exercícios, filho.

Para a alma, biblioteca;
Para o corpo, bicicleta.

uma mostra de InsanidadePublica

Eu me sinto no meio da roda viva e gigante que eh a vida de novo.

Meu chefe acabou de sentar na minha frente e dizer que amanha eh o meu ultimo dia em Four Acres.
Eh dificil saber assim, de surpresa, que voce tem abandonar o lugar que voce chama de casa.
Nos vamos nos mudar para o escritorio central em Londres. Primeiro de Janeiro. E eu vou estar de ferias no Brasil, portanto preciso encaixotar minhas coisas amanha. Isso me deixa nao triste, mas melancolica.

De novo, mais uma vez eu estou naquela situacao de nao saber se eu vou ter emprego depois de amanha ou nao.
Voltei para a mesma situacao de um ano atras, onde eu nao sabia se ia ficar aqui ou voltar para o Brasil.

Isso ta parecendo Vale a Pena Ver de Novo.

tudo POR UMA VIDA MENOS ORDINARIA

ESTA PAGINA ESTA FECHADA PARA INVESTIGACAO

A Policia Militar de Sao Paulo, em conjunto com a Policia Federal esta investigando o obito de Alessandra Lopes Frata (Proc. Protocolo 7726/34, Dezembro de 2002), brasileira, natural de Sao Paulo/SP, nascida em 11 de Agosto de 1982, 20 anos, autora desta pagina de Internet. Para que a investigacao seja concluida com eficiencia, estamos fechando esta pagina, onde a vitima relatava sua vida particular.

Avisamos que seu conteudo sera liberado em breve.

Agrdecemos a compreensao.

Departamento de Investigacao
Policia Militar/SP - Policia Federal
www.dpf.gov.br

transcrito na íntegra doVida Insana

Final de ano, sem saco para ficar postando...faz frio, estou sozinho no cú do mundo, só me resta tomar algumas cervejas para anestesiar a alma...

Ditadura Verbal!

Todos os dias, repito: todos os dias eu olho pro relogio do computador as 11:11... é certo... No dia que fiquei feliz por reparar que ja eram 11:17, cheguei em casa fiz mil coisas ate que fui a sala e peguei o celular na mesa de jantar e o lcd marcava: 11:11... Gente... o que é isso? Me tirem disso!!!

feitiço do tempo de CalvinOne

...Viciei em Mangband!!! Aprendi a jogar!!! Depois de quase me suicidar na vida real!
...Depois de comprar um anel de +13 damage por 2k do Froof meu jogo mudou bastante.

...A minha mãe quer conversar comigo sobre qualquer coisa, eu corto o papo, porque eu sei que ela faz isso só pra cumprir a sua responsabilidade de mãe. Vou falar pra ela que ela tá livre, da próxima vez. E vou ver se tá passando alguma coisa no Sony e comer pizza.

...mamãe comprou um Doritos, finalmente diminuíram o tamanho do pacote, depois de terem diminuído a quantidade de produto há muito tempo. Aquilo era metade ar, metade doritos. E tá passando Ed! A coca tá sem gás, e só sobrou 1/4 da pizza de hoje, que não foi a mesma de ontem, que eu comi 3/4. Hmmm.

...Que maneiro morri pra um monte de Air Hounds, que cospem veneno.
...Depois ainda quando fui lá perto de fantasma, morri em um turno. Acho que fantasmas são bem sensíveis. Era level 25 ou 26, e tinha uma arma Chaos.
...Dá vontade de parar de jogar pra sempre mas eu acho que o vício não vai deixar.

maybe Life sucks

Ontem ainda eu ouvi uma historia bem surreal. Tava no ônibus e o trocador começa a gritar peraí, peraí motorista. Nisso todo mundo olha pra trás né, aquelas caras de surpresa. Que será? Assalto? Ai vem um cara correndo vestido ca camisa 10 do banfort, o motorista abriu a porta traseira e ele entra. As mulheres q tavam na roleta tudo apavorada pensando que era assalto. Se tremendo. Ai que nada, era o fie do trocador q veio entregar uma grana pro trocador.
É que antes entrou um cara no ônibus muito doido. Entrou e foi logo gritando: Pode correr q eu to armado!! Ai o povo do ônibus passou todo pra frente e alguns desceram. Ele ficou sozinho atras. O trocador meteu mola. Ai ele ficou lá sozinho no ônibus girando a roleta. Girou umas 20 vezes. Ai foi que descobriram que tratava-se de um doido e que não tinha arma nenhuma. Ai meteram uma peia de leve no doido e o trocador ficou no prejú. Lol

Ô comedia.

Estou indeciso
Não sei que devo fazer. Se abandono meu curso.
Não sei. Na duvida deixo como esta. Na duvida deixo o tempo passar. Tenho a paciência infinita. Sou taurino. Tento não pensar nas coisas ruins do presente. Espero que o futuro chegue, sem pressa, o tempo passe, venha lento, calmo, leve e afaste as turbulências de agora. E ele sempre vem. É providencial. Basta eu apenas ficar aqui pra ver que ele sempre vem.

incidentes do pitombeiras lar mazela

"Eu te detesto e amo,
Morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo dessa vida"
(Canto Para a Minha Morte - Raul Seixas)


Puta que pariu! Eu vou contar e vocês por favor se sentem, porque tenho más notícias. Vocês leram os jornais recentemente?
Terça-feira é o dia que eu tiro para ler os jornais da semana. Vivo me esquecendo de cancelar a assinatura do jornal, então me obrigo a ler todas essas notícias velhas para fazer valer o dinheiro gasto.
Pois então, lendo o jornal de sexta-feira quase me dá um treco: estava lá a foto da loirinha, namorada do japonês, estampada na página policial. Eu acho que não a reconheceria sozinha, mas com o japonês ao lado tornava-se inconfundível. E lá vinha a notícia: "...Assassinada ontem por volta das oito da noite. O namorado, principal suspeito até agora, está foragido. Segundo a família, os dois haviam rompido o namoro menos de 24 horas antes".
Como é que pode??? Eu morrendo de pena do japonês, e é possível que ele tenha ido ao bar uma hora depois de matar a menina. O que eu faço agora? Procuro uma delegacia? Para falar o quê?
Desculpem, hoje não vai dar para escrever muito, nem entrar em detalhes da minha vida, como havia prometido. Já liguei para o puteiro para avisar que não vou tocar hoje. Preciso pensar no que fazer. Se é que há algo para ser feito. Merda!

outra lambada do Chicote Verbal

Enquanto jantava, meu tio relembrava, nostálgico, da época em que morava no interior de MG, e o que comia.
"Lembra, Maria", ele diz a minha mãe, "daquela coalhada? A gente cortava, parecia requeijão, colocava açúcar e comia. Uma delícia!"
Eram tempos duros, a década de 60, num canto esquecido do interior brasileiro, minha mãe e os irmãos, filhos de lavradores, na "roça", como gostam de dizer. E, mesmo assim, ainda conseguem lembrar com carinho do lugar, das dificuldades e do que comiam. A coalhada com açúcar.

Aí eu me pergunto da minha futura nostalgia.

"Olha, filho, no começo do século nós nos alimentávamos de MIOJO!"
"Miojo, pai?"
"Miojo! Uma espécie de macarrão instantâneo, a gente fervia água, cozinhava ele, colocava um temperinho em pó."
"Instantâneo, pai?"
"Sim, demorava três minutos!"
"Mas que merda, pai!"

escorrido do Genérico Incolor

22.12.02

Natal de 1981 foi o primeiro Natal muito diferente. Dezembro de 1981 contava 9 meses que eu havia incorporado no 2 Batalhão de Policia do Exercito, e assim cumpria o meu serviço militar obrigatório. Num quartel com 500 soldados e outra centena de oficiais e sargentos eu andava por lá já sabendo o nome de boa parte sem precisar olhar para a tarjeta costurada nas fardas.

O quartel já havia me apresentado a muitas pessoas que virariam amigas e que se não fosse a convocação, nossas diferentes origens sociais impediriam. As conversas sempre giravam sobre assuntos pertinentes a todos como namoradas, futebol e família mas tudo de perspectivas completamente diferentes. Mas essa turma, a da 2ª Companhia, era uma moçada muito boa e logo nos demos todos muito bem. Nasceu aquilo que a farda diz ser a única que consegue promover entre homens, o companheirismo.

As festas de fim de ano se aproximavam e a turma seria dividida em duas. Uma parte ficaria de plantão no Natal e outra no Ano Novo. Para cada uma das datas a turma de folga ganharia alguns dias, então era possível planejar uma pequena viagem. Meu numero, 260, foi sorteado para o Natal. Mais adiante viria que minha escala era o de Plantão de Alojamento e ainda por cima o da 2ª hora. O pior é puxar a 2ª hora, pois com três soldados se revezando isso significava que estava escalado das 22.00 às 24.00 e das 04.00 às 06.00. Numa matemática simples esse é o turno que menos dorme. De dia tudo bem, pois com a vida no alojamento o tempo passa, mas depois do toque de recolher os minutos levam horas para passar.
O quartel da Abílio Soares era cercado de prédios. Lá pelas 10 da noite já era possível ver todos os apartamentos iluminados e com o silêncio que imperava, ouvíamos famílias rindo, copos, talheres, e alguns gritos com os champanhes explodindo. As dez da noite, na hora em que todos nós do quartel esperávamos ouvir o toque de recolher o corneteiro no Batalhão, que tocava muito bem, lascou um “Noite Feliz”. Ninguém dentro daquele lugar conseguiu segurar a emoção e das sacadas dos apartamentos pessoas aplaudiram. Minutos depois o sentinela da hora no portão das armas recebia Panetones e frutas que os vizinhos paisanos levavam para lá. Eram presentes pois pelo tamanho de uma tropa de PE, você sabe que lá dentro ninguém passa fome.

22:00 e pego o meu capacete e rendo o plantão que estava antes de mim. O resto da turma já se ajeitava nos triliches, isso mesmo 3 andares. Segundos depois já era possível ouvir os primeiros roncos. Sono no quartel é sagrado e invariavelmente você está morto de cansaço. Coloquei o cacete, no cinto N.A. e comecei a marcar os meus passos pelo alojamento. Entre o alojamento dos soldados e dos sargentos havia um pequeno corredor. Lá havia um telefone e se ele tocasse de madrugada era impossível que a noticia fosse boa.

Lá pelas 23:45 o telefone tocou. Pensei “que merda”. Atendi.

“2ª companhia. 260, Plantão da hora”.
“260!”.
“Sim”.
“260, aqui quem fala é o Roberto”.
“Sim”. Pensei quem é esse cara !.
“260. Olha. No ano passado eu estava de plantão na mesma hora na 2ª Cia e assim fiquei longe de casa na noite de Natal.”.
Fiquei quieto.
“Eu sei quanto isso é difícil. Então estou te ligando para te desejar um Feliz Natal, viu cara. Feliz Natal para você e tua família”.

Foi a primeira vez que realmente senti o que é o Natal. Fiquei muito comovido.

No Natal de 1982, um ano depois, eu fiquei de olho no meu relógio. Lá pelas 23”45 saí da sala aonde a família estava reunida e minha mãe me perguntou :
“Aonde você vai ?”.
“Já volto. Vou até a cozinha pois preciso dar um telefonema".

cerca de 168 horas

Existem coisas que realmente me deixam louca.

Exemplos: almoço que dura a tarde inteira na boca (quando não tenho oportunidade de escovar os dentes), gosto ruim da pílula anticoncepcional (que sempre tomo sem água) e o pior, saldo do cartão estourado (tudo devido as compras de natal).

Estou desesperada, acabada, pirada na batatinha. Com que raios d´água eu vou pagar essa conta? Eu sei, eu sei que a culpa é toda minha que não sei me controlar diante de tantas coisas lindas e promoções imperdíveis. Por mim compraria presente para todo mundo, todo mundo mesmo. Adora dar presentes e receber também, é claro. Mas essa coisa do saldo esgotado foi uó mesmo.

E o pior, presente para amigos só comprei para Carol, Nice e Seu Alcino. O de carol eu não falo porque ela lê esse blog. Nice eu comprei umas coisas esotéricas e para Seu Alcino eu comprei uma cesta de natal! Fico até pensando como ele vai ficar feliz.

E é por isso que fico igual a uma pomba lesa comprando presentes para todo mundo, só fico pensando de como fulaninho vai ficar feliz e depois eu aqui sofrendo como uma infeliz para pagar essa conta.

---

Hoje é meu último dia de trabalho. Felicidade sim! Não agüento mais nem compartilhar o mesmo lugar de trabalho com antigas amigas. Agora que eu vi que todas eram mesmo muito falsas. Mesmo assim, abstrai tudo, me esforcei o máximo para terminar essa fase da minha vida como uma boa empregada, fiz tudo o que tinha que fazer, visitei todos os presídios desse estado (e claro, sempre sai de lá deprimida). Acho que é por isso que estou mesmo tão feliz, não vou ter que passar por essas crises existenciais todas as vezes que tenho que cobrir eventos nessas penitenciárias.

Ontem, como quase último dia, tive que ir para a Colônia Penal Feminina, mais conhecia como o Bom Pastor. E fiquei arrasada. Tive que fotografar e fazer matéria sobre o evento (comemoração de fim-de-ano). Ninguém pode imaginar como é precária a condição de vida daquelas mulheres, não obstante ainda o lugar é cheio de filho das detentas. Crianças que já nascem enclausurada dentro de um lugar horrível e pequeno. Não vou ficar tentando explicar como é aquele lugar, porque de fato sei que não vou conseguir. Então fica só a minha imagem de arrasada, ao invés do lugar deplorável.

cha-cha-cha do Cho Cho Ch´Boogie

Pois é, hoje foi a confraternização daqui do jornal, fomos pra um sitio lá perto do jaraguá. e foi muuuuuuuuuito legal, puta churrasco, gente legal, e o sol resolveu aparecer pra gente, correu a galera pra piscina, uns chapados, outros [como eu] um pouquinho mais sóbrios..... brincadeiras, cara se joghando de barriga na água, 'pega mais cerveja', no fim entrou qse todo mundo, nessas tentaram arrastar o Hassen pra água, o queridão deu uma corrida e 4 negos correndo a mil atrás dele!!! de repente eu olhei hassen corria, qdo olhei de novo, hassen estava esparramado no meio de gramado (imaginei q ele tivesse sido derrubado) e olhei de novo Hassen não levantou! PRONTO: saiu a mulherada da água e fomos pra onde ele tava com os outros! tadinho... machucou o ombro, não conseguia levantar o braço, mas de resto parecia OK, voltamos todos pra água inclusive ele, mas nada de mexer o braço... na volta do sitio corre eu e mais o renatinho levar Hassen para o PS... nisso: raio x, espera, consulta de novo, etc, etc,etc, no fim foi uma luxação no cotovelo - o menininho vai ter q tomar um remédio caro pra caramba, q compramos na drogaria São Paulo mais próxima, e tipóia no bração. não se preocupem o melhor blog continuará na ativa.

engessado no Blog do Hassen

A casa era legal. O som era ótimo. Tobler circulando. A cerveja gelada e a companhia das minhas três dear friends sem comentários. Rimos muito. Falamos merda prá caramba. Num dado momento tô eu falando sobre o possíveil show do Radiohead no Brasil e a Rê Ox "Rei do reaggae?", eu "Não! Radiohead". Ela insistindo. Eu tentando corrigir. Daí apelei e lancei que ela estava num momento muito acerehe (vide Rasgatanga) da vida dela. O pior é que até a Butter tava ouvindo "rei do reaggae".

Aliás, nesse dia a Butter foi oficialmente introduzida à quarta dimensão.

papo de :: BliG :: Mulherzinha

... nós fomos até o café e ele se mostrava cada vez mais desagradável. Eu disse: se você quiser eu posso ir embora. Trocamos algumas farpas e ele diz "estou pronto para me casar com você, agora mesmo". Depois disso eu percebi que não poderia guardar dele nenhum rancor. Eu que tinha feito o maior mal.

exposto por s t r i p p e d e x p o s e d

Fiz uma aposta com a Lydia para me ajudar a parar de roer as unhas... cada unha que eu roer eu tenho que repassar $10 do meu budget para ela. Nós dois temos um budget mensal para comprar as nossas coisinhas, tipo quadrinhos e jogos (para mim) e roupas e mais roupas (para ela).

Como esse budget é limitado, isso é um poderoso incentivo... afinal de contas, já pensou eu não ser capaz de comprar miniaturas? Desde segunda-feira da semana passada não mordi nenhuma unha.

Quem agora está decepcionada é a Lydia, que ficou sem o dinheiro a mais que achou que ia ganhar fácil... ehehehehe

dividido Entre Quatro Estações

Estava eu conversando ao telefone com o Preboste de Palermo, Luigi Hugo Trovattore Salvattore Ordinari Puglia Schiaffino Safadi di Lampedusa, a respeito da necessidade de reduzir as prebendas na sua paróquia quando o assunto escorregou para o lado da tecnologia, e fui inquirido:

- Vem cá, Levedo, que firewall você usa?
- Eu uso o X.

Pude escutar uma risadinha abafada do outro lado da linha.

- O X??? Entre isso e nada, é melhor nada; esse X é que nem porteiro de forró, entra qualquer um.
- É mesmo? Mas então, o que eu devo usar?
- Usa o Y. Baixa lá no site Z.

Abnegado, segui o conselho do Preboste. Instalei o Y e não gostei: se há algo que me deixa profundamente aborrecido é um software me fazendo perguntas, como se eu devesse alguma satisfação a um pedaço ordinário de código C++. Resolvi desinstalar o firewall e reinstalar o antigo.

Parece simples dito assim, né não?

O que eu não sabia é que o Y se gruda de tal forma na máquina que parece caranguejo em pedra. Ele, na verdade, não se desinstala; e, pior, parece que fica magoado com a tentativa de desinstalá-lo e bloqueia, irrevogavelmente, o acesso à Grande Rede.

Fiquei ilhado, impossibilitado de atender meu Rebanho Virtual. Liguei para o Preboste:

- Luigi, seu anfótero! Mandrião! Pandilha! Rufião! Biltre! Pulha! Nefelibata! Sicofanta! Beócio!
- Cáspite, o que houve, Levedo?
- O Y, o Y, aquele pedaço imundo de software parece o Jason de Sexta-Feira 13! O desgraçado não morre!

Irei poupá-los da descrição do meu penoso périplo em busca de uma solução que não fosse a radical: FORMAT C:. Depois de incontáveis bocejos, me rendi às evidências; o firewall não desistiria. Encomendei as almas dos que desenvolveram o Y à boca do Lúcifer Maior; fiz backup de tudo e - Praise the Lord! - depois de ter o HD formatado, meu calhambeque digital está muito melhor, obrigado.

Disso tudo consegui destilar o seguinte adágio: "O problema da Tecnologia de Ponta é que ela pinica".

extremunção do Padre Levedo

(Entro no táxi)
- Bom dia, moço. É pro lugar tal.
- Sim senhora.
- Senhora? Moço, quer que eu salte agora, sente no meio-fio e chore?
- Desculpa, é o hábito.
(...)
- O ar tá bom pra senhora?
- Senhora? Moço, a essa hora da manhã e eu já tô ficando deprimida.
- Desculpa! Desculpa! (Rindo)
(...)
- Pego a primeira à esquerda, senhora?
- Socorro! É o terceiro "senhora"! Eu não vou pagar!
- Desculpa! (Rindo com mais entusiasmo)
(...)
- Muito obrigada, moço. Feliz ano novo.
- Pra senhora também.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!

respeito, pois Uma Dama Não Comenta

Sabe o que eu queria de natal?
um cachorro
Morro de saudades do meu velho e querido Batman. Tadinho dele ..as vezes eu ainda me pego chorando por ele ..
Ele morreu e tal..
Eu queria um outro, mas minha mae nem deixa. Ela tem alergia a pelos e tal.
O outro ja tinha nem sei pq
Isso faz uns 5 anos
Eu queria um cãozinho pra me fazer companhia

citado do Bangulhus

21.12.02

Final de ano tá chegando, época de festas sem significado, de gastar dinheiro em coisas e quantidades consideradas absurdas no resto do ano, de receber parentes chatos em casa, de cenas constrangedoras entre pessoas que querem se esfaquear e são harmorniosamente colocadas lado-a-lado e com a obrigação de parecerem felizes. Nas festas ainda pode rolar as tradicionais "energias": alguém passa a mão na bunda de alguém, dois bêbados se estranham e sai no soco no meio da seia, queima o peru, criancinhas roubam presentes umas das outras, as mães partem pra cima, cai a árvore de natal cheia de algodão representando a neve, pagam o Papai Noel mas ele não vem, vomitam na varanda, a filmadora se recusa a gravar e a vó, quietinha e esquecida num canto da sala no meio a baderna, alheia a todas decisões e discussões de seus descendentes, pensa com seu coração fraternal de vó: "família desgraçada!". E lembra da época em que ela tinha tudo em cima e cheirava lança-perfume.

...

Em nome de toda Equipe Estranhos Links (77, rSabin e O Ornitorrinco), quero agradecer a todos que visitam e gostam daqui. E aos que visitam mas não gostam, também. Sem esquecer dos que gostam mas não visitam. Gostaria de mandar aquele fraternal tríplice abraço apertado pros que não gostam, não visitam e nem sabem que exisitimos. E um super especial ao que não existem.

obviamente do Estranhos Links

Desisti da vida

Vou virar surfista, fumar maconha a cada cinco minutos, falar frases inteiras somente usando vogais e formar uma banda de reggae.

noticiado pelo Foca News

Não estou aqui numas de ser o chicote do mundo ou servir de exemplo, até porque eu não sou boazinha. Só acho ridícula essa vontade de mudar o mundo embalada a jingle bells, árvores pisca-piscantes e ceia farta, com a consciência limpinha, porque dôou 2 ou 3 quilogramas de alimentos pra camapanha do Betinho.

citado do R.I.P.,B.

Qua4ro noites sem dormir. 5760 minutos de vigília. Os olhos pesavam, os ombros pesavam e as pernas pareciam duas vigas de chumbo. Saiu pela cidade sem rumo definido, viu vitrines e o saldo bancário era tão ralo quanto o suco de laranja que tinha engolido. Comeu um pastel. Estava bom.
Às 18:45 virou duas doses de whisky no bar do hotel. Não se importou com o preço. Things look better when she's through... diz a letra de Victim of Changes, do Judas Priest. O sono e o álcool eram doces companhias, mais agradáveis que vallium, menos paranóicas que maconha, e, de repente, o mundo estava em câmera lenta. Sem destino urbano, um vagão de trem incerto, um surdo analfabeto. Se deixar levar pelo fluxo, apenas se deixar levar...

focado em ON CAMERA

E o mais engraçado é que não sei nem dizer O QUE estava tocando. Só sei que era algo parecido com Jota Quest. Hoorrooooor.

Isso só me faz lembrar dos looongos meses em que eu cantava como backing vocal numa banda. De música pra dançar. Tipo Jota Quest. Ed Motta. Vinnie. Sei lá mais o quê.

É. Eu.

O trauma foi tão grande que não guardei UMA música na memória. A não ser, claro, "Groove is in the Heart" do Dee-Lite e "Love Shack" do B-52's. ISSO era legal. E o pessoal da banda. Curiosamente, todos eram extremamente talentosos, e ninguém gostava especialmente do repertório, que era escolha basicamente do "dono da bola", o cantor principal. O baixista tinha uma banda de trash metal, o guitarrista era um cabeludo super na paz, a outra vocalista tinha uma voz maravilhosa para soul, o baterista era uma mistura de surfista com indie-hardcore, e eu, bem, era eu. Cantando Jota Quest. Ó meu Deus. Acho que vou dormir.

citando a Annix - 20th Century Girl

O que eu mais quero hoje é minha liberdade financeira. Mentira, na verdade eu quero uma namorada. Mas a segunda coisa que eu mais quero é minha liberdade financeira. E há várias maneiras de se conseguir isso:

1ª) Roubar - seria uma boa opção, já que eu sou um cidadão acima de qualquer suspeita. Mas eu tenho medo de armas de fogo e nem sei manejar facas. E meu porte físico não permite que eu assalte alguém usando apenas minha força.

2ª) Participar do Show do Milhão - como eu sou expert em cultura inútil acho que me daria bem no game show do titio Sílvio. Mas ao contrário do que o homem do baú diz, não é nada fácil ser sorteado lá. Além disso eu não tenho cinco reais aqui e mesmo se tivesse, não teria coragem de chegar numa banca e pedir uma revista do Show do Milhão.

3ª) Receber uma herança - sem possibilidades. A pessoa mais abastada da minha família é meu tio que comprou um trailler pra vender cachorro-quente e pipoca de microondas.

4ª) Trabalhar como um condenado - é contra os meus princípios.

Alguém quer namorar comigo?

especulado pela Truculencia Executiva

19.12.02

Quem diria? Vou virar "autor desconhecido".
Nem meu sexo vão saber.
Custa pôr "autora desconhecida"?


O primeiro blog a gente nunca esquece e as minhas primeiras observações nunca me saem da cabeça. Quando eu conheci a ferramenta, pensei: isso vai dar merda. É sensacional, mas vai dar merda. Muita gente lendo muitos blogs, pensamentos repetidos, registros, provas, gente achando que tem idéias originais mas que são resultados das leituras dos blogs vizinhos e por aí vai. Dito, escrito e copiado!

Canso de ver blogs com copy-paste de conceitos, idéias ou posts na integra. Eu acho ótimo! Sou completamente a favor deste escancaro de liberdade que é a internet. Quer copiar, copia e fim de papo, mas não assine embaixo dizendo que é seu, por favor.
Meu pai me ensinou uma valiosa lição que diz que respeito é bom e conserva os dentes. Infelizmente eu não sei bater, mas acabei aprendendo a respeitar as pessoas como medida de prevenção dentária.

Por obra do acaso, hoje em dia eu tenho uma editora. Descobri com ela que uma das coisas menos respeitadas neste país é direito autoral. Vários são os casos de autores que nunca viram a cor dos seus dez por cento sobre o valor de capa de um livro. Muitos acabam se dando por satisfeitos quando pegam a sua obra nas mãos e a colocam na estante de casa. Compreendo os dois lados, mas não concordo. A parte comercial precisa ser clara e respeitada em todas as suas etapas, senão não funciona.
Quando você compra um livro, além de valorizar o trabalho de um escritor você contribui para a sobrevivência de editoras, livrarias, distribuidores, transportadoras, gráficas, diagramadores, ilustradores, revisores entre outros profissionais envolvidos no processo, mas principalmente existe uma contribuição para a identidade cultural do país.

Em um blog, o exercício da escrita é pessoal, não remunerado e pode se tornar público. Gostar de alguém ou do texto de um escritor de blog pode ser tão comum quanto gostar de escritores já consagrados como Luís Fernando Veríssimo, Mário Prata, Paulo Coelho, etc. (exemplos aleatórios). Sendo assim, é natural que outros blogs comentem, adicionem links, mandem e-mails. Isto é ótimo e todos agradecem. Não gostou? Quer falar mal? Fale. É a vida e é a internet. Na pior das hipóteses, é só deletar e está tudo certo. Tudo é perdoável, inclusive a cópia sem crédito. Mas eu, particularmente, teria vergonha de assinar e responder aos comentários de coisas furtadas de outros blogs. A atitude me cheiraria a falha de caráter e eu acabaria sendo sufocada pelo meu próprio odor.

Isto tudo me faz continuar pensando nas minhas primeiras impressões do instrumento blog e é impossível não levantar algumas questões: Quem vai reconhecer o trabalho de tantas destas criaturas incríveis que andam preenchendo nossos dias com seus posts bem escritos, com as descrições de suas vidas e cotidiano, com seus personagens virtuais e suas idéias inovadoras? Quem? Será que estamos todos condenados a um futuro de autores desconhecidos?

Não deixa isto acontecer não. Você pode mudar a vida de muita gente quando faz apresentações. É como viver uma nova amizade. Nos empolgamos com o novo amigo e queremos apresentá-lo para todos os nossos amigos antigos. Faça isto com as coisas que lê por aqui. Apresente o autor. É saudável, ético e eu posso publicá-lo um dia. Será um prazer para ele, para você, para mim, para o país e para o futuro.

copiado descaradamente da Ale em AMARULA COM SUCRILHOS

Definitivamente eu não tenho coordenação motora para dançar em par. Quase caí, quase derrubei todo mundo que estava em volta. Mas me diverti como nunca rodopiando pelo salão. Festa de Sexta, na casa que de mansão não tinha nada.

Enquanto isso alguém foi assassinado. Não vou mentir, não era um grande amigo. Era só uma pessoa conhecida de quem eu até gostava.

Não fui no velório. O amore foi até a padaria e aproveitou para se despedir. Ele mora perto do cemitério. Eu prefiro guardar a imagem da pessoa em um momento que ela ainda existia. Não de carcaças vazias inertes num caixão. Odeio enterros. Me queimem, por Deus!

O Ví adorou a balada e os presentinhos. Ele cresce. A gente se preocupa com o mundo que deixamos para ele. Somos seres humanos, a escória do mundo. Nós criamos monstros, isso é fato.
tocado no Lado B - by Bibia

Amei de verdade quatro pessoas na minha vida.

O primeiro, foi um namoro que durou 3 anos e hoje somos amigos. Não os melhores do mundo, é verdade, mas a gente manteve o carinho. E é pra ele que eu ligo quando preciso de socorro ou quero só jogar conversa fora.

Com o segundo, não namorei. Amor complicado. De tirar o fôlego, de fazer o coração sair pela boca e jurar que não queria mais. Até a semana seguinte. Nossas vidas seguiram caminhos opostos. O amor passou. Também ficou o carinho. Na verdade, ainda hoje, quando nos encontramos, o coração bate diferente. Talvez porque tenha sido uma história mal terminada. É daqueles que é ótimo estar perto, sair, rir, conversar besteira e ter a melhor saída. Mas nos 45 do segundo tempo, ele pisa na bola e eu volto pra casa mal, me prometendo nunca mais ver de novo. Até que os ânimos esfriam e a gente volta a falar como amigo de novo.

O terceiro é ainda mais estranho. Nunca nos vimos. Tudo o que sei dele, ele me falou. Amor assim, virtual. E quando acabou, eu quis morrer. Ninguém entende até hoje, mas eu sabia que amava. Do meu jeito. E eu dizia que salvaria as letras aprisionadas dele. Ouvia os ipsilones me chamando. Horas a fio ao telefone. Mais troca do que com muitos reais. Passou. Hoje, falamos amenidades. "Como você tá, menina?". E eu gosto de falar com ele. Nenhum trauma.

O quarto amor veio com tudo. Ganhou fama de inabalável. Atravessei os Estados e fui viver a história do é-para-sempre. Um dia, ruiu e eu fiquei sozinha com o machucado. Mas a pior parte é saber que não ficou consideração, carinho e muito menos respeito. Nojo.

Triste isso. Porque os outros continuam com suas fotinhos no espelho do meu quarto.

chupado do Sorvete de Casquinho

Que desastrada que sou: perco pela 2x esse ano minha carteira com todos os cartões! Isso em época de compras natalinas. Fiquei no maior stress mas passou.

Que viagem que foi o trabalho hoje. Depois do contratempo da perda (ou roubo) da minha carteira,voltei para casa, tomei as providências necessárias , me acalmei, me arrumei e fui trabalhar.

Comecei a ler há dois dias e não consigo largar o The Yoga Sutras of Patanjali, que é tipo a bíblia da yoga e livro obrigatório do curso que estou a frequentar. Ando com ele na bolsa e leio sempre que rola uma oportunidade.

Não é exatamente leitura adequada para um strip pub mas depois de uma rodada de NÃOS decidi não me abalar como sempre acontece e me distrair com algo que me acrescentasse ; se ninguém estava interessado nos meus serviços, me sentava, botava meus lindos oculos e me punha a ler sobre filosofia yogui. E olha, o que tinha de rolar, rolou. Claro que tive que me levantar e encarar o batente vez ou outra mas não o fiz com a ansiedade de sempre e melhor, sem beber uma gota de alcool. No final fiz o dinheiro que sempre faço, que é menos do que a média das meninas mas é o meu normal e o bastante para mim. E é mesmo verdade para mim o que o tutor do curso fala sobre a prática da hatha yoga e que pode ser levada para outras situações: Concetrate and be aware all the time but don't push yourself too hard

despido do Naked Emotions

18.12.02

Eu já não suportava mais ficar lá e o urso tatuado não ia embora. Fiz tudo o que era possível, os outros foram embora e ele não. Então eu disse que realmente precisava fechar e na hora de pagar a conta ele começou a puxar conversa. Na verdade eu já conhecia o urso, ele esteve lá outro dia me perguntando dos jogos, do horário etc. Ele tinha um plano, coitado. Ficou lá até o fim, jogando Copas hahahahah. Aí ele me perguntou se eu ia para casa sozinha. Eu disse que sim e ele veio com aquela história de que é perigoso à noite e tal. Eu disse que estava de carro e ele ficou com cara de cu.

Enquete:

Eu tenho cara de quem anda por aí com um urso estivador tatuado? hahahhahhaha eu sei que vocês nunca viram minha cara (alguns viram), mas eu sou uma Baronesa, que que é isso.

muito Café demais na ilha de Ursos - parte II

Ontem, eu chorei. Olhei pro futuro e chorei. Uma imagem dele, segurando um bebê. Uma menina. Nossa filha. Chorei. Pelo futuro que não vou ter. Essa imagem logo foi substituída por outra onde, daqui a 20 anos, nos reencontraríamos no mesmo lugar, nesses mesmos corredores... trocaríamos olhares de arrependimento e desilusão...nada além... chorei por tudo aquilo que não terei e que será de outra pessoa...odeio essa garota, apesar dela não ter aparecido ainda...mas já a odeio, pois será ela quem irá roubar meu bilhete premiado na loteria da vida...

Dizem que a sua alma gêmea está a um raio de 80 km de distância....isso envolveria um lance de escadas?

Sei que não devia ter escrito isso tudo...que devia ter guardado pra mim mesma...mas sempre me escondo e nunca dá certo....tudo que sei é que eu, a ostra que nuca se abre, acaba de expor todos seus sentimentos, medos e frustrações para, praticamente, 6 bilhões de pessoas....

Talvez eu esteja amadurecendo...ou talvez meu cérebro esteja apenas atrofiando...

citado do Scooby Gang

No caminho, percebemos uma coisinha. A grana não ia dar. O que fazer? Passar no banco 24 horas. O detalhe é que os malditos bancos 24 horas param de funcionar às 22h. Que o mané que criou isso morra empalado e sem dinheiro durante a madrugada! Após todo mundo tentar sacar sobrou a possibilidade de ir num posto, pedir pro carinha da loja de conveniências passar o cheque eletrônico e a gente saía com o dinheirinho limpinho e honesto na mão...

Lá foi o Vicente, o suco da malandragem bangüense e... O péla-saco do atendente quebra o meu cartão do banco no meio... Resultado, não tenho como sacar um real que seja. Vou morrer de fome em Brasília...

outra do Preto, Pobre e Suburbano

Agora que inventaram essa de botar webcams dentro dentro de caixões (não vai o link porque esqueci onde li isso), vamos poder saber se o John Lennon realmente se revira no túmulo toda vez que toca "Então é Natal".

muito mau humor

Claro que teve muita coisa que aconteceu que eu sei que errei e que me fizeram perceber a dimensao da estupidez que meu cerebro alcançou
Como cheguei a dizer no meu post bebado, "Como pude deixar alguem ser a razão da minha vida, a desculpa dos meus erros, a necessidade do meu ser?"
É isso mesmo
E eu sei disso

Ainda me doi sim. E isso é vergonha? Nao. Acontece caramba. Nao tenho culpa dela ter sido uma pessoa importante pra mim.
Acontece que existem outras pessoas no mundo e eu estou tentando nota-las e ser notado por elas. Ai sim eu minto qnd me perguntam se ja a esqueci. Sinto-me obrigado a dizer que sim.

Ainda bem que ela viaja na sexta. Longe de mim é o melhor que eu posso desejar.Apesar de fazer mil coisas ao contrario do que eu desejo. Erro irrepavel,amigo. Irreparavel.

Jamais minha vida vai ser a mesma. Ainda bem. Vou ter coisas legais pra lembrar. No fim das contas, o que conta são as coisas boas. Apesar de tudo...

ressaca do Bangulhus

já morei no pará, em minas, no espirito santo, em goiás e na bahia
nunca sai do brasil
já ganhei uma queda de braço dum garoto forte quando era pequena
só descobri que não voava com uns 12 anos
nunca repeti de ano
colava muito bem
já fui expulsa de várias escolas
tenho um problema sério com "autoridade"
já fui madrinha dos surfistas (há muito tempo...)
tenho dois filhos
já fui terapeuta reichiana
já fui terapeuta naturista
tenho um ramo de hera tatuada nas costas, feita pelo meu filho
já fiquei loura espontaneamente na adolescência (um fenômeno!)
já fiquei debaixo d'água quase 4 minutos
assisti irmão sol, irmã lua e godspell mais de 10 vezes
já passei com o carro por cima do pé de um cara, de propósito
já capotei de carro
já tive uma arma apontada pra minha cara
já vi uma arma apontada pra cara do meu filho
participei da segunda montagem de arena conta zumbi
nunca mastiguei hóstia
quase cai de um cavalo, me segurei no arame farpado
já fiquei me balançando numa janela no sétimo andar
já dancei na boquinha da garrafa em cima do palco numa festa do augusto boal
já andei de trator no meio de um incêndio com um cara meio bêbado
já sai do corpo algumas vezes
fiquei detida na estrada de porto seguro junto com o mst durante 7 horas nos "festejos" dos 500 anos
já chorei junto com um garoto que tentou me roubar
já me fingi de surda-muda pra não ser assaltada
já vi um homem morrer do coração dentro do cinema
já parei de tentar me achar, quem sabe assim eu acho, né?

Carminha

lance do Jogo do Currículo e bArafuNda

Adoro leques. Tenho alguns que herdei de minha avó, mas que não são usáveis. São muito antigos, com pinturas que reproduzem damas na iminência de um desmaio ou ilustrando o que parece ser uma caça a raposa.

Mas de minha avó ficou o costume, o ensinamento e as histórias de códigos de flerte. Sim, coisas misteriosas como, leque fechado o rapaz não podia se aproximar,
leque aberto podia, abanar rapido queria dizer que sim...

Tenho outros, um de bali, um japones que parece mais uma barraca de praia, um espanhol, que é muito bonito, muito, mas é preto, então não dá pra usar por aí, no dia a dia; imagine, eu de saia de florzinha, tamanco holandes, camiseta branca, mochila e leque preto de renda, não dá!

Mas tenho um que é meu xodó, que quando entra setembro ele vai pra minha bolsa e só sai no inverno, ás vezes nem:). Comprei na Rua da Alfandega por 1,99 :) Ele é de madeira recortada e tem um penduradinho vermelho, até hoje tem o cheirinho do meu perfume, Mitsouko de Guerlain, que não compro há uns três anos.

Antigamente ficava todo mundo olhando e confesso que me sentia constrangida. Hoje em dia não abro mão. No verão então, impensável ficar sem ele. Ás vezes implicam comigo, dizem que não é moderno, nem ligo, leque é elegante. Quanto a não ser moderno bem, talvez eu já viva mesmo em outros tempos, pois além de leque eu adoro luvas. O clima não pede mas adoro luvas. Luvas e chapéus. E pérolas, adoro pérolas

ventilado do an.temp.im

Sei lá, não sei. Um tempo desses, ouvi uma coisa assim, da boca de Maria Pereira de Albuquerque, uma escritora pernambucana. Chegaram e disseram para ela:

– Maria, como você engordou!

Ao que ela retrucou:

– É. Estou comendo o pão que o Diabo amassou.

era o dito do eraOdito

Estou mais do que acostumada a ver o mundo, durante o dia inteiro, por esta janela de computador. Por isso, sempre que posso, aproveito a oportunidade de estar longe desta "window" e enxergar o que acontece, de verdade, lá fora.

Sempre prefiro mesas na calçada, por exemplo, apesar do calor carioca. Hoje, enquanto almoçava, assisti a algumas cenas engraçadas:

- Um sujeito falava sozinho na rua. Na verdade, ele falava no celular, mas usava aquele fone de ouvido quase imperceptível. Durante todo o tempo que eu levei almoçando, ele ficou andando de um lado para o outro na calçada em frente, gesticulando, argumentando.

- Uma mulher saiu de uma pet-shop com um cachorro de banho tomado, imaculadamente branco. Veio um homem uniformizado, o motorista, levou o cão para o carro e trouxe para a mulher a sua filha, numa espécie de "troca de bastão". As duas saíram caminhando e conversando pela rua.

- Duas mulheres vieram me perguntar onde tinha um restaurante em que elas pudessem comer. O estranho é que eu estava num restaurante. Imediatamente caiu a ficha: as duas não tinham dinheiro nem status social para sentar ali e almoçar. Indiquei o galeto da esquina e elas saíram, felizes da vida, sentindo-se totalmente compreendidas em suas aflições.

entrevisto por elasporelas

Hoje eu ouvindo New Order no carro tive um insight. Anos 80 antes era trash, e agora é cult. Virou uma onda revival. Até o Metrô com seu Beat Acelerado retornou das trevas e lançou um CD novo. Balão Mágico é crássico!!
Agora daqui há uns 15 anos pode ter certeza: "É o tchan" virará cult!!! Essa geração q cresceu ouvindo as Sheilas e cia, quando chegarem aos 25, com certeza as músicas do tchan terão uma ar nostálgico de infância - como ocorre hj em dia com os anos 80. As menininhas lembrarão da época com 5 anos de idade onde usavam shortinho e rebolavam imitando a Carla Perez e acharão graça. É o Tchan nasceu para ser cult! Tem letra mais cult q "Segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan, tchan, tchan, tchan, tchan"? Crássico absoluto em 2017!!!
Em 2018 haverá o retorno do "É o Tchan" e aí sim as Sheilas vào demonstrar o verdadeiro significado do termo segurar o tchan...

essa é do Mas Hein?

Sabem essas propagandas da coca-cola onde passam caminhões cheios de luzinha pela cidade? Pois é. Ontem estávamos eu, Lu, Raihana e Gabi sentadas pacificamente na mesinha do bar quando aparece um trio elétrico da coca-cola seguido por vários caminhões cheios de luzinhas. O pior de tudo foi o papai noel maníaco que tentou nos matar arremessando balinhas nas nossas cabeças com toda a sua força.

Sério, cadê o senso de noção?

navegando no O Barco Sintético

Calma, Pedro. Calma.

Escuta, você vem construindo um relacionamento mais agradável com seu pai há alguns meses.

Você vem tentando ser mais calmo e aprazível. Mais afável, mais tranquilo.

Você vem tentando manter a calma e não agredir as pessoas. Ser tolerante.

É complicado, eu sei.

E você, no momento, se sente muito tentado a ABRIR ESSA PORTA, SAIR DA SALA DO COMPUTADOR, ENFIAR A PORRADA NO SEU IRMÃO E NOS AMIGOS MACONHEIROS RETARDADOS DELE E DEPOIS QUEIMAR AQUELA PORRA DE GUITARRA.

Mas isso não compensa.

Calma.

extirpado da Utopia Dilucular

Estou rouca.
Já prestou atenção o quanto é ridículo uma pessoa rouca falando? Ela tenta falar, não sai nada, então ela grita pra que se escute um fiapo de voz - o que só piora a situação.

E as variações? Parece modem conectando.

um bocado de Arroz-de-leite

Viagem pra Piri:
Descobrimos q o efeito da maconha nos cachorros da cidade causam um efeito suicida!!!
hauahaahauhaua.....foram uns tres ou quatro cachorros tentando se matar atropelados.
Um deles simplesmente parou no meio da estrada de costas para nós e soh deu uma olhadinha marota pro carro, como quem diz:"Vai , passa por cima!"
Foi o mais comédia!!!

bebido no Bar Do Tonho

17.12.02

Pra mim agenda não funciona. Fico colando as coisas que preciso lembrar em post-its amarelos em volta da tela do computador até não caber mais. Ah, também escrevo com caneta vermelha no dorso da mão perto do dedão, é eu sei que sou meio doida, mas mesmo assim acabo esquecendo das coisas. Hoje chego aqui no trampo de manhã e: Ó céus! Cadê os meus life savers? Sumiram todos os amarelinhos!!!!!! Meu teclado está de pé, isso mesmo se equilibrando sei lá como e sei lá desde quando. Levanto meu risque-rabisque e lá estão eles, todos amontoadinhos, sabe quando a gente fazia sujeira quando criança e empurrava pra baixo do tapete pra tentar disfarçar? A tia da limpeza passou seu paninho mágico com álcool em cima deles e borrou TUDO. Várias imagens surrealistas azuis, vermelhas e pretas. Ficou até bonitinho, mas com quem era a reunião hoje mesmo, hein? Borrão vermelho, ou azul, e o ramal? Ai meu deus, hoje não vai prestar...

this is my butterfly

"Vejo fulana a festejar na revista
Vejo beltrana a bordejar no pedaço
Divinais garotas
Belas donzelas no salão de beleza
Altas gazelas nos jardins do palácio
Eu sou mais as putas"
(Cambaio - Edu Lobo e Chico Buarque)


Segunda-feira, que beleza! Ah, não acha? Pois eu sim: é meu dia de folga. Domingo também, mas sempre tem algum bico para fazer aos domingos, e não estou em condições de respeitar dias santos. Mas a segunda-feira é totalmente dedicada ao ócio. É meio complicado, porque meus poucos amigos não se animam a fazer nada nesse dia da semana, então geralmente passo o dia todo em casa mesmo, ou andando pelo bairro e jogando conversa fora com os velhinhos (parece que todo mundo que passa dos 75 anos vem morar por aqui, é impressionante).
Pois então, domingos e segundas. E o que eu faço nos outros dias? De quinta a sábado toco naquele bar do qual já falei bastante. Às terças e quartas toco em outro lugar. Um lugar que... Como direi? Bom. Um rendez vous. É, isso aí, um lupanar. Um puteiro.
Não riam! Ta bom, vai. Riam. É meio esquisito mesmo. Músico de puteiro era tudo o que meus pais não queriam que eu fosse. Mas o mundo gira e gira, e quando a gente se dá conta já ficou tonto e está tocando guitarra num puteirinho dos mais fuleiros.
Que posso dizer em minha defesa? Primeiro o mais forte: Tom Jobim começou desse jeito, sabiam? Tocava em qualquer lugar, inclusive puteiros, para garantir o pagamento do aluguel. Mas o Tom sabia o que queria. Eu estou mais para aquele parceiro dele, o Newton Mendonça, e provavelmente morrerei cedo e anônimo, assim como ele. Acho que nem isso, porque ambos tinham em comum o talento extraordinário. Não tenho nada de extraordinário, a não ser, talvez, a absoluta falta de vergonha na cara.
Fora essa desculpinha de Tom Jobim -- Que ninguém engole mesmo -- no bordéu os recursos são bem melhores. Ou menos piores: toco minha guitarra ligada a uma mesa de dezesseis canais, o microfone é de qualidade razoável, tenho um baterista e um baixista que me acompanham (“me perseguem” seria mais apropriado) e, puxa!, até uma caixa de retorno. Não que o retorno seja uma boa coisa, é mais uma vingança do público: “Ouve só o que a gente tem que agüentar”.
E tem mais uma vantagem: o público do puteiro é bem mais caloroso. Sou aplaudido sempre. As meninas pedem músicas, e adoram quando eu canto Geni e o Zepelim, do Chico Buarque.
Ah, as putas... Você, caro leitor, nunca pagou para fazer sexo? A não ser que você seja virgem, duvido muito. Toda mulher cobra por sexo, seja em dinheiro, seja em presentes, seja em poder. Sim, meu caro: Poder sobre a sua vida. A única diferença entre as mulheres que você deve chamar de “decentes” ou qualquer outro adjetivo idiota desses, e as putas, é que estas chegaram a um tal patamar de pureza na vida que estipulam o preço antes de qualquer outra coisa. Jogo aberto, é disso que estou falando. E são grandes amigas, engraçadas, seguras de si, nada daquele nhem-nhem-nhém.
Pareço um tanto desiludido com o sexo oposto? É, acho que sou mesmo. E talvez eu conte a vocês a razão disso um dia. Ah, já contei até das minhas hemorróidas, não tenho mais pudores. Estejam por aqui amanhã, vamos ver se conseguimos ter uma conversa mais pessoal.

lambada do Chicote Verbal

A sensação de tomar um bom chute no saco é única. A dor é sublime e intoxicante. O bom chute no saco é aquele que emite um ruído oco mais alto. Algo parecido como o de encher o pé numa bola de futebol de couro murcha. É mais ou menos um “Eiissxxxtttaaalááááááá”. Para se dar um verdadeiro chute no saco é necessário despir-se de todos os valores cristãos, pois o estado inicial catatônico da sua vitima é capaz de fazer você pensar que o matou. Quando ele começa a esboçar reação, ou seja, respirar novamente, abrir os olhos e passar da cor gelo para branca, você certamente sentirá alivio pelo fato dele estar vivo.

Durante os próximos 5 minutos ele estará totalmente inoperante. Logo após a dissipação da dor divina a sua vitima passa a sentir o efeito das ondas. Como numa explosão nuclear o seu corpo é varrido por ondas magnéticas de puro concentrado de dor. Todos nós sabemos que dor em extremo te leva ao estado de choque, então o segredo deste golpe é que estas ondas vão até a borda do fatalismo e voltam. Assim a cada batida do coração vem uma marola de indestrutível dor.

O saco passa então a ser o epicentro da destruição. De lá se irradia o sofrimento para a cabeça, braços e pernas. Mais ou menos neste momento o homem estará saindo da posição fetal (alguns até mesmo com o dedão da mão na boca) e esboçando girar sobre os joelhos e ficar de quatro. De quatro mesmo, dane-se se vier coisa pior. Com seus braços apoiados à frente é bem possível que você perceba a concentração de gotas de suor no nariz e pingando em direção ao asfalto. O seu corpo, cérebro tudo esta tentando entender o que aconteceu. Planos de ação militar de retaliação para acontecimentos como Pearl Harbour foram espelhados no chute no saco.

chutado durante 168 horas

- "Alô ?!"
Sempre que algum parente meu me liga, é a mesma ladainha. Por que raios uma pessoa fica no telefone durante cinco minutos perguntando se ela não está ocupando o seu precioso tempo é uma coisa que eu nunca vou entender na minha vida.

- "Oi Alisson!!"
- "Oi, tá boa ?!"
- "Você tá ocupado?"
- "Agora não! Pode falar !"
- "tem certeza que eu nao to te atrapalhando? Eu posso ligar outra hora"
- "Não tudo bem, pode falar"
- "Ah nao deixa, voce ta ocupado, eu ligo depois. Beijo!"
- "Fala logo!!"
- "Mas eu não vou te atrapalhar??"
- "Faaaaaaaala"
- "vc tá trabalhando né? De noite eu ligo!"
- "FAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALAAAAAAAAAAAAAAA!!!!"

expurgado do EU SOU FEIA MAS TO NA MODA

As coisas acontecem de formas estranhas em Paris.
Estava hoje no metro vindo para ca, pensando sobre o que escrever. O vagao estava cheio, no limite do aceitavel. Na estacao George V, na Champs Elisees, a porta se abre e dois artistas entram para tocar e tentar ganhar alguns euros com isso. Um violinista e um contra-baixista começaram a tocar. Durante tres estacoes os musicos tocaram musicas italianas e, com toda a educacao pediram trocados para os passageiros. Quando estenderam o saco de doacoes para uma garota negra sentada ao meu lado ela se levantou e pensei que fosse haver briga. Os tres, a garota e os dois musicos pareciam estar discutindo em italiano. Pelo que pude entender ela reclamava que estavam tocando a musica de forma muito lenta e tentava explicar batendo palmas para mostrar o ritmo correto. Ela queria que tocassem novamente, mas dessa vez da maneira certa. Eles toparam e comecaram a tocar sob o ritmo das palmas da negra. Em certo momento a voz da garota se juntou aos instrumentos. O vagao, antes com o som de dezenas de vozes calou e permaneceu quieto enquanto a garota cantava. Mesmo os instrumentistas se assustaram mas nao perderam o ritmo.
Era uma musica linda, uma especie de aria. A voz fluia, os timbres mesclados dos instrumentos levavam a dor para longe. A voz vinha ora forte como uma tempestade, ora suave quanto ondas em mar calmo. Mesmo a crianca ficou quieta, ouvindo. As pessoas, por um instante sonhavam. E, quando o som por fim morreu, houve silencio, ninguem se atrevia a acabar com o momento. Todos do vagao, mesmo os mais afastados, olhavam o trio. O unico som era o barulho de trem, metal rangendo e se contorcendo. O metro parou e as portas se abriram, a garota se preparou para descer. Antes que ela saisse uma salva de palmas saudou sua apresentacao inesperada.

escorrido do Celtic Blood

Brazooka dessas, eu já bem pra lá de Bagdá, fiquei com um brutinho. Tão bonitinho, loirinho de olhos verdes, 26 aninhos de pura travessura, todo gostosinho.
O problema é q eu tava tão bêbada q ficava tonta toda vez q fechava os olhos pra beijar a criança. Qndo isso acontece normalmente mando a real 'ai, não vai rolar pq tô tão bêbada q não consigo te beijar', mas eu tinha achado o menino legal então decidi ficar sóbria de novo. Tenho uma ótima capacidade de recuperação de porres. Falei peraí q vou no banheiro. Voltei e o brutinho obediente tava lá no mesmo lugar da pista onde deixei.
– E aí? vc tá legal.
– Agora ótima, mas tava tonta. Enfiei o dedo na garganta e vomitei, agora tô sóbria. Disse toda sorridente.
Ele me olhou como se eu tivesse dito q gostava de transar com cadáveres e vazou! Não disse nada, simplesmente saiu correndo. Ah, vai! Fala sério, frescura. Já beijei muita boca vomitada e já beijaram muito minha boca vomitada. Não tô falando assim logo em seguida, eu já tinha lavado a boca, mastigado um trident e tava tomando uma coca light!
Pra mim é palhaço. As outras donas do circo disseram q vazariam tb, por isso estou dando o benefício da dúvida ao pangaré. E vcs, q acham?

interrogado por Homem É Tudo Palhaço

Acho bonita pessoa magra. Minha irmã Adeile é um pitéuzão, só que ela não é que nem a Sandyjunior, que é magra e cocózinha. A Adeile é uma mulher magra e com músculos que a vida lhe deu isso ela se esforçando muito. Ela é uma mulher forte em todos os sentido.
Mas eu, por exemplo, queria esmagrecer uns quilo mas não queria de jeito nenhum ser que nem a Sandyjunior, um filé minhom de xepa. Eu queria ser uma mulher forte, com bastante carninha, coxão mole, coxão duro, só queria tirar o cupim e o popozão. Não gosto de ter a bunda grande porque as calça custa a entrar. Mas minha cintura é mais fina que de muita magrela e eu gosto disso.
A comida é meu Jesus, ela que me faz num ficar pensando em boberagem.

esta é a Vida de Bete

Eu, que sempre tive belas e fortes unhas, de colocar inveja em mulheres e provocar suspiros em homens, atualmente só as vejo descamarem e quebrarem. Não bastasse meu cabelo que nunca mais foi o mesmo depois do vento de Fortaleza, agora minhas unhas estão cotó. Não adianta ir à manicure, colocar base fortificante que, ao primeiro movimento mais brusco, lá se vai uma lasca de unha. Resolvi cortar todas bem rentes e dar um tempo de esmalte. Mas, na boa, tô me sentindo uma relaxada com as mãos assim.

Pronto, passou o ataque. Tem coisa mais importante na vida que minhas unhas? Eu sei que tem. Mas... quais são mesmo? :)

ditado pela Ana by Ana

A Escola Superior de Guerra ("Sorbonne"’para os íntimos: a tradição culturalista em linha reta), aceita & emprega a realidade – a divisão do mundo em duas áreas opostas, antagônicas , de interesses conflitantes permanentemente em choque - e nos assegura a participação efetiva em uma dessas frentes de combate chamada (por causa dos pontos cardeis) de Ocidental. Mas eu estou lidando com palavras & digo que assim também se dá com elas , quando as executamos: uma sintaxe de guerra fria contemporiza, adia a decisão de um conflito que já existe desde a linha divisória do gramado (pastai meninos!); contemporiza, adia mas não exclui e pelo contrário – a possibilidade de um confronto decisivo, final. Um mundo – uma palavra - é um conceito dividido.
( Torquato Neto )

declamado por José Geraldo Martins

Aquela menina de aparelho nos dentes esta me perseguindo.
Ou será que é o inverso.

outra do s t r i p p e d e x p o s e d

Um velhinho esta numa esquina junto aos guardinhas metropolitanos, rindo deles, fazendo mímicas, misturadas aos sinais de surdos mudos, o crescente da sua diversão ao ver que os guardas não estão entendendo nada. Pele escura, cabelos, dentes, camisa, calça e sapatos. Tudo branco, de uma pureza infernal. Parecia um anjo e para mim, estava ali o malandro carioca.

estirpado da s t r i p p e d e x p o s e d

Pelo pouco que sei, o Drummond estaria morrendo de vergonha de ficar sentado naquele banco tirando fotos com todos que passam. No dia do centenário, a estátua esteve constantemente circundada por fãs e muitos curiosos.

Quando chegamos um grupo de adolescentes estava se armando na frente da estátua para fazer um jogral em homenagem ao poeta. Fizeram. Cada um falando um trechinho da poesia, com uma certa timidez e com a rapidez de quem decorou o texto mas não pensou no que ele realmente significa. Foi curto e valeu. Tempo para mais gente sentar ao lado da figura e tirar uma foto. Uma menininha linda sentou, mexeu na flor que estava na mão do poeta - provavelmente presente de um outro fã - e tirou uma foto. Mais velhinhas chegaram. Copacabana é um dos bairros com maior densidade velhinhas do Rio e naquele dia todas tinham um causo para contar sobre o poeta, mesmo que inventado.

Em mais um jogral daquele grupo - dessa vez mais constrangedor - eles cantarolavam que no meio do caminho tinha uma pedra. Poemas musicados. Me lembrou o vocalista do Skank - aquele com cara de playmobil - cantando uma versão musicada do Poema de Sete Faces no trailer do filme. Péssimo. Dessa vez o jogral tirou menos aplausos dos velhinhos. Uma vendedora hipponga de colares e artesanato sentou-se ao lado do poeta e lhe fez um carinho. Sentou como se pousasse para uma foto e ficou por uns dois minutos. Depois levantou, deu um beijão na cabeça da estátua e foi embora toda serelepe. Um senhor de cadeira de rodas, empurrado por uma senhora com de lenço e bobs no cabelo e acompanhado por um cachorro chiuaua com roupa chegam, felinianamente, à cena.

O grupo inicia mais um jogral. Na verdade repetem o primeiro, só que menos entusiasmados. Uma das velhinhas chega ao meu lado e pergunta: "Esse aí é aquele que deu no jornal que colocaram ele sentado aí?" Respondi que sim, era a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade e que havia sido colocada ali no dia anterior. "Aaaannhhh..." - ela falou pensando olhando a estátua para logo depois concluir - "Mas ele era preto?".
O jogral já estava disperso, mas se reuniram para cantar mais uma vez aquele número da pedra. Meu Deus! Dois jovens gringos com sotaque britânico vieram confirmar de quem era a estátua que eles tinham visto na TV. Expliquei. Eles pareciam melhor informados do que muitos dos cariocas que por ali estavam. Tirei mais algumas fotos das pessoas ao redor da estátua. Uma mulher que andava apressada e com os olhos vermelhos como duas bandeiras do PT se aproximou da Ana e a cutucou com o cotovelo: "Meniiiiiiina, que babado é esse aqui na praia? Jogaram tinta no homem? Que doideira!!!!" A Ana explicou que não, era uma estátua. "Estáutua? Que doideeeeira!!" E saiu andando rápido, coçando o nariz e falando sozinha. Uma das velhinhas dá um loooooooongo abraço no poeta e lhe sapeca um beijo na testa enquanto outra senta ao seu lado e segura a sua mão, como se fossem bons amigos. Íntimos.

A esta hora o grupo de jogral estava sentado na calçada. Desanimados - provavelmente com a ausência de uma câmera do RJ TV para registrar o número - não se apresentram de novo. Alegria nos nossos ouvidos. Um garoto deficiente mental que vinha caminhando sozinho pelo calçadão é atraído pela confusão e vai direto para a frente das câmeras. Senta-se ao lado do poeta, o cumprimenta com o dedão em riste e sorri, como quem senta ao lado de um amigo e fala "e aí, beleza?". Mas boca do Drummond não disse palavra. Ele não se importou, não sairia dali tão cedo. Já eu saí. Feliz após ter tirado as minhas fotos.

Na manhã do dia seguinte me deparo com a notícia de que a estátua tinha amanhecido pichada. Prova de que na fauna de copa, infelizmente, nem todos são malucos beleza.

com a força de daniel sansão

Uma coisa curiosa dos cariocas: eles param de funcionar na chuva. Basta passar uns dias em Londres que a gente percebe como aquele povo é acostumado com o tempo bunda da região. Se chove tudo continua funcionando perfeitamente. As pessoas vão as bancos, saem de carro, fazem compras, vão à faculdade... é um dia normal. Já aqui em São Sebastião parece que a chuva escorre para dentro das cabecinhas cariocas e dá um curto-circuito nas placas cerebrais. Os professores - e muitos alunos - chegam horas atrasados ou simplesmente somem da faculdade. Não que eles precisem de algum motivo para isso, mas a chuva é uma desculpa pra tudo. O trânsito fica tão caótico que parece até o tão falado dia do arrebatamento. Carioca não sabe dirigir na chuva, basta cairem os primeiros pingos pra todo mundo começar a dirigir devagar-quase-parando, cambaleando na pista como se estivesse caminhando descalço sobre um chão ensaboado. No centro da cidade as pessoas se degladiam em calçadas estreitas, um furando o olho do outro com os húmidos guardas-chuvas comprados por cinco reau.

rodado pelomotocontinuo

trepar & beber é uma combinação difícil, mas se for feita com moderação (uuui, quem diria eu falando isso) pode ser muito boa. primeiro vale lembrar que viver no exagero mata mais rápido e bebida em excesso detona QUALQUER balada, porém (graças, sempre um porém!) algumas são especiais pra uma boa noite de sexo.
vinho é universal e dificilmente atrapalha o tesão. uma ou duas garrafas de um bom tinto seco (pq doce, só se for na buceta pra ELE tomar, que eu sou moça fina e não tomo dessas bebidas ruins), queijinhos e frios alegram o ambiente. outra bebida muito boa pra trepar é bayleys, especialmente se algum dos dois não tiver o hábito de beber. o negócio é docinho, cremoso, macio e dá um calor daqueles, nos lugares oportunos pra ferver numa noite gelada de inverno. pra fechar com chave de ouro, só uma dose de thc modificado e adoçado ou um choconhaque bem quente. aí é aproveitar a desenvoltura que o álcool traz pra dar aquela trepada memorável falando putaria na orelha do incauto. pode ter certeza, ele nunca mais vai esquecer...

espalhado e amanteigado pelas Delícias Cremosas