tag:blogger.com,1999:blog-39804352024-02-28T15:21:05.053-03:00Copy & Paste<b>
Desde 2002 no garimpo de pepitas e piritas cotidianas nos blogs brasileiros.
<br>
Sistema Copyleft. Sem figurinhas.</b>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.comBlogger3194125tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-89027456549025772011-03-19T16:17:00.000-03:002011-03-19T16:17:46.771-03:00POLÍCIA SEM CERIMONIAL – by rcguerra ACABEM COM A CARREIRA!…NÃO SOU LADRÃO, NÃO SOU DE NENHUMA BANDA PODRE…MAS ESTOU PODRE POR DENTRO!<span style="font-size: small;">EU CANSEI!</span><br />
<span style="font-size: small;">APÓIO A EXTINÇÃO DESTA MERDA!</span><br />
<span style="font-size: small;">ACABEM COM A CARREIRA!</span><br />
<span style="font-size: small;">ACABEM COM A CLASSE DOS DELEGADOS DE POLÍCIA!</span><br />
<span style="font-size: small;">ACABEM COM A POLÍCIA CIVIL!</span><br />
<span style="font-size: small;">ESTOU HÁ 16 ANOS NA 3ª CLASSE!</span><br />
<span style="font-size: small;">NÃO SOU LADRÃO, NÃO SOU DE NENHUMA BANDA PODRE!</span><br />
<span style="font-size: small;">MAS ESTOU PODRE POR DENTRO!</span><br />
<span style="font-size: small;">NÃO GANHO 9 MIL REAIS!</span><br />
<span style="font-size: small;">MEUS VENCIMENTOS LÍQUIDOS NÃO PASSAM DE 4 MIL REAIS!</span><br />
<span style="font-size: small;">MINHA VIDA É UMA MERDA!</span><br />
<span style="font-size: small;">NÃO TENHO PERSPECTIVA DE VIDA!</span><br />
<span style="font-size: small;">MEUS COMPANHEIROS DE EQUIPE, ESCRIVÃES, INVESTIGADORES GANHAM UMA MISÉRIA MENOS QUE A MINHA AINDA!</span><br />
<span style="font-size: small;">TENHO 42 ANOS E ESTOU MENTALMENTE ACABADO!</span><br />
<span style="font-size: small;">MINHA SAÚDE FÍSICA ESGOTADA!</span><br />
<span style="font-size: small;">TUDO O QUE TENHO DEVO À ESTE MALDITO GOVERNO DO ESTADO DE SP: DIABETES, PRESSÃO ALTA, DEPRESSÃO E TAQUICARDIA!</span><br />
<span style="font-size: small;">NÃO AGUENTO MAIS TANTA MENTIRA E COVARDIA DE NOSSOS DITOS “SUPERIORES” !</span><br />
<span style="font-size: small;">NÃO SUPORTO MAIS TANTA PRESSÃO E AMEAÇAS DE PUNIÇÃO!</span><br />
<span style="font-size: small;">NÃO CONSIGO VIVER EM PAZ COM MINHA JÁ DESESTRUTURADA FAMÍLIA!</span><br />
<span style="font-size: small;">POR ISSO:</span><br />
<span style="font-size: small;">ACABEM LOGO COM TUDO!</span><br />
<span style="font-size: small;">APOIO A ENTREGA TOTAL DE NOSSAS CARREIRAS, FUNCIONAIS E DISTINTIVOS!</span><br />
<span style="font-size: small;">CHEGA!</span><br />
<span style="font-size: small;">CHEGA!</span><br />
<span style="font-size: small;">CHEGA!</span><br />
<span style="font-size: small;">ENFIEM TUDO ISSO NO RABO DO GOVERNADOR!</span><br />
<span style="font-size: small;">QUERO STATUS DE REFUGIADO DA ONU!</span><br />
<span style="font-size: small;">ACEITO IR PARA A AFRICA INTEGRAR ALGUM GRUPO DE PAZ!</span><br />
<span style="font-size: small;">QUERO TERMINAR MEUS DIAS COM ALGUM TIPO DE ESPERANÇA EM MEU CORAÇÃO!</span><br />
<span style="font-size: small;"> NÃO AGUENTO MAIS!</span><br />
<br />
DELEGADO DESESPERADO - <a href="http://flitparalisante.wordpress.com/">JORNAL FLIT PARALISANTE</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-64572623392533128972010-09-19T15:22:00.000-03:002010-09-19T15:22:08.678-03:00Ask not what your country can do for youAcompanhe, leitorzinho fofo, que nessa eu me superei: o negócio é reality, né? de gordo, de magro, de gente que come coisas esquisitas, de gente presa na ilha, de cachorro maleducado, de criança maleducadíssima, de esposa que é trocada, de casa que é reformada, de motoca, de loja de penhor, de reclusão, disso e daquilo, certo? Certo. A mina de ouro, está no reality show Le Grand Échec (o nome tem que ser em francês, é mais phino). Câmeras 24 horas, seguindo a criatura e testemunhando enquanto ela não dá certo. No epísódio da próxima semana, telespectador amigo, veja enquanto ela se desespera porque a editora não manda mais trabalho, porque o carro dela deu pau mais uma vez, porque o gato vomitou no edredom limpinho. Assista, assista enquanto ela espera a ligação que não vem, toma uma puta rasteira de pessoas altamente espiritualizadas, é incapaz de dizer ou fazer a coisa certa quando um amigo precisa dela, enquanto ela chora no travesseiro até dormir ou passe a madrugada ao seu lado enquanto ela não dorme! Sim, ela teve mais um livro recusado. Sim, o terceiro laptop deu pau. Sim, ela não consegue fazer nem o mais básico dos telefonemas sem ter um ataque de choro. Ah, junte sua família na frente da tevê e assista enquanto ela mais uma vez não tem forças pra lavar a cabeça ou arrumar o guarda-roupas, enquanto ela sente tanta saudade que dói, enquanto ela prende as contas não pagas no prendedor de joaninha e sacode a cabeça.<br /><br />Le Grand Échec, o reality show da família brasileira.<br /><br />Olha, é uma mina de ouro.<br /><br /><a href="http://dropsdafal.blogbrasil.com/archives/2010_09.html#018246">¡Drops da Fal!</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-71629482738683360232010-06-15T01:04:00.000-03:002010-06-15T01:04:22.181-03:00Motel Sheraton de Porto Alegre (Dia dos Namorados de 2006)<p style="text-align: justify;">O Hotel Sheraton de Porto Alegre realizou uma promoção especial em 12 de junho de 2006, Dia dos Namorados. Por um preço mais ou menos módico para seus padrões, foi oferecido jantar e hospedagem de uma noite em suas luxuosas instalações. Era como se o grande hotel se transformasse em um supermotel. Estava lotado de casais e eu era a metade de um deles. Só que o Sheraton não é um motel; isto é, não é aquele local em que se vai mais ou menos escondido com o propósito de ter por algumas horas um ambiente privado, quase sempre <em>kitsch </em>e que nos provoca irrefreavelmente a libido. A primeira diferença já se notava na chegada: não saíamos de nossos carros em garagens escondidas e sim entrávamos numa féerica fila de casais. Um <em>check-in </em>de aeroporto, entende? Os que estavam ali conosco pareciam ser pessoas estáveis, rotineiras e felizes, donde concluo que esta devia ser minha cara. É claro, era aproximadamente 21h, era o notório Dia dos Namorados ou, mais exatamente, a notória noite do notório Dia dos Namorados. Seria intolerável para qualquer um que tenha seu par ficar sozinho esta noite, assim como seria estranha a presença de amantes eventuais.</p> <p style="text-align: justify;">Mas era um ambiente cômico. As duplas iam chegando ao balcão, todos sem malas, com as mulheres portando pequenas <em>nécessaires</em>. Todos olhávamos reto para o balcão, pois não apenas qualquer amigo ou conhecido seria indesejável numa hora daquelas, como havia a estranha sensação de se estar entrando em grande grupo num motel. Quem chegava finalmente ao balcão era saudado pelo atendente com um festivo “Feliz Dia dos Namorados” que soava como um ditoso <em>have a nice fucking</em>. Por sorte, a tortura era rápida e entrávamos rapidamente.</p> <p style="text-align: justify;">Depois de deixarem a pequena bagagem no quarto, os casais desciam para a soberba refeição. Todas as mesas eram pequenas e estavam belamente decoradas. Havia um violinista que ia de mesa em mesa. Aqui acabava o constrangimento inicial, pois a comida e o vinho faziam o habitual milagre de tornar-nos felizes, falastrões e, afinal, podíamos observar abertamente quem praticaria intercurso após a sobremesa. Era interessante, às vezes bonito ou enternecedor. Havia um casal de septuagenários; quando subiram para o quarto, ambos sorrindo intensamente, viu-se que a senhora amparava-se em uma bengala. Havia a falsa loira envelhecida acompanhada de seu jovem, impressionável e anabolizado consorte. Havia o japonês apaixonado que chegou ao restaurante com um copo de champanhe na mão, máquina fotográfica no pescoço, e que levou carinhosamente sua dama para a mesa que lhes fora destinada. (Depois o mesmo solicitou que um garçom lhes tirasse uma foto. Japonês é sempre japonês.) Havia as grandes personagens, como Paulo Roberto Falcão e senhora, etc. Porém, lá também estava o cronista que só fala em sexo, o Casanova, o tarado-mor da cidade: o gremista David Coimbra. Era impossível observar a mulher que o acompanhava sem pensar que — pequenina e delicada — ela seria destroçada dali a minutos.</p> <p style="text-align: justify;">Sinto decepcioná-los ao ignorar o longo espaço narrativo entre a sobremesa e o <em>check-out</em>. Lá, pudemos ver mais casais saindo abraçados. Aparentemente tudo tinha dado certo. O único casal já visto que estava no <em>check-out </em>era o Garanhão Gremista e a Pequenina Delicada. Ela estava viva e movimentava-se normalmente. Ele não deve ser toda esta coisa. Apenas um fato os diferenciava. Ela não carregava uma <em>nécessaire</em>, mas sim uma enorme — e vermelha — mala.</p><br /><a href="http://miltonribeiro.opsblog.org/2010/06/14/motel-sheraton-de-porto-alegre-dia-dos-namorados-de-2006/"> Milton Ribeiro</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-58789412013934943372010-06-13T05:21:00.000-03:002010-06-13T05:21:39.280-03:00FELIZ DIA DOS NAMORADOS!<p>– Meu pai estava de conversinha comigo, querendo usar meu quarto no Dia dos Namorados, porque a namorada dele vai lá e a cama dele é de solteiro. Mas, na minha cama de casal, só você, Lili! Ele que vá no motel, pô!</p> <p>Enviado por <a href="http://www.ehtudoverdade.blogspot.com/" onclick="javascript:pageTracker._trackPageview('/outbound/article/www.ehtudoverdade.blogspot.com');" target="_blank">Juliana</a> para <a href="http://trasel.com.br/conversas/?p=1643">Conversas Furtadas </a><br /></p><p><br /></p>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-14265742475372892572010-03-07T15:52:00.000-03:002010-03-07T15:52:12.163-03:00ResmungosOntem fui jantar num lugar, perto da minha casa velha, que só tinha sopas. Pra aproveitar esse frio fora de hora, bem vindo e, té onde imagino, passageiro. É tão adulto da minha parte comer sopa sem derrubar nem uma gota no meu enorme e inadequado peito, que tou corgulho de mim. Quase liguei pra Naty pra dizer 'Mana, não babei.'<br />*<br />Esse lugar era uma padoca antes. Saindo da nossa casa na Itápolis, eu subia aquele quarteirão da rua Bahia de braços dados com o papai, e nós íamos até a tal padoca, comer queijo quente e ler jornal. Naquele tempo, eu não apenas lia jornais, eu era cheia de opiniões, coisa que o velho estimulava. Então, líamos jornais juntos e discutíamos, dávamos nossa preciosa opinião sobre este insensato mundo e pedíamos ao belíssimo Ceará, o empreendedor chapeiro do estabelecimento, mais um sanduba, o último, só mais um, só esse e chega, vamos dividir esse último?<br />*<br />Amanhã faz oito anos que meu pai morreu.<br /><br /><a href="http://dropsdafal.blogbrasil.com/archives/2010_02.html#017991">¡Drops da Fal!</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-56716958422088179142010-03-07T04:31:00.000-03:002010-03-07T04:31:48.534-03:00A travessia de Goyas - parte dois....E assim o Sumo-Broder encerrava mais um de seus sermões sobre a importancia da preza:<br />'Um príncipe,antes de tudo, paga pau pra natu.'<br />Cavalgava, então, lombrástica comitiva, rumo ao posto avançado leste comandando pelo afamado Marcel de Feiobraga, o Bragueto. Para o Sumo-Broder, este pedal estava tretado desde o começo.<br />-Sinto uma vaibe intensa, disse ele.<br />-Érdes burro, das antigas ja se está ligado que vaibe nao rola, o que rola é um agito e às vezes tua mãe, com uma galera em cima.<br />E todos riram, pois viram que Goyas era mala.<br />-Ficarei de boa em honra ao teu pai, que me tinha por preza.<br />-Achardes que meu pai era mais passado que eu?<br />-Te digo numa nice pois sirvo à quadra dos da Oito desde o tempo do 'Cerco ao Negotora': teu pai era o passado mais das anta.<br />Mas que Goyas já era mais não ouvir, pois já pedia em voz alta:<br />-Levai um Led!<br />E numa velô cabu, o fundão respondeu com:<br /><br />'Eu me fudi/<br />Mexendo com mulher/<br />E agora quebro uma/<br />Em nome da moral'<br /><br />E isso agradou Goyas assim como alegrava secretamente o grande de boa que era seu pai. Em seu íntimo, botava fé em serdes do pai a lata.<br />-'É de boa ser eu, nesses dias em que tudo é paia mesmo nao tendo maior data que nao mando'.<br />'Ter fé na fissa é o que te faz de rocha', disse de forma paternal o Sumo-Broder, ainda emocionado com a lembrança do led predileto de Rodriguinho da 8.<br />'Pois a vida do babaca é atribulada', completou Goyas os famosos versos."<br /><br /><a href="http://df-medieval.blogspot.com/"><em>Terrores Filho em </em>PANORAMA SÓCIO-ECONÔMICO DO DF MEDIEVAL</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-40955705408180349452010-01-19T12:23:00.001-02:002010-01-19T12:24:55.619-02:00Rititi padecendo no paraísoE o Rititi-Boy abriu a goela. O bacano, o super fixe, o criaturo mais simpático da creche, esse, sim, abriu o gargalo no sítio ideal: o supermercado ao lado da minha casa em hora ponta. Uma birra de campeonato entre a secção de congelados e a padaria, com direito a espasmos, gritarias em stéreo, soluços e a cara incendiada, nooooooo, iuiuuuuuuuu, maaaaaaaa, foi suficiente para que esta que assina, até esse momento conhecida como a mãe cool e inalterável do bairro, se transformasse num micro-segundo no ser mais patético do local, na típica gaga envergonhada que não para de se desculpar ante pessoas que não conhece de lado de nenhum, ai mas é o que tens, calma filho, pois ele nunca fez isto, é a primeira vez, até é tão bonzinho, dasse ó meu comporta-te, e os olhares reprovadores das senhoras da peixaria e as utentes da drogaria pegadas ao meu pescoço. O puto a berrar, eu a suar e as velhas a achar, deve ser sono, deve ser calor, deve ser fome, deve ser medo, deve ser febre e eu, pois deve, mas o puto que não se cala. Uma birra fenomenal, que atingiu o momento alto quando o ex-bacano se atirou da cadeira abaixo, começou a tossir, quase a afogar-se, quase a vomitar, quase a levar-me ao suicídio a mim, porque amigos, eu não faço a puta ideia de como funciona a coisa. Porque sabem, quando pari não me implantaram no cérebro nenhum livro de instruções sobre o comportamento de uma criança. Ser mãe, e acho que já disso isto alguma vez aqui, não me fez mais sábia, nem mais elevada, nem mais esclarecida, antes pelo contrário. As poucas e idiotas certezas que antes pensava que tinha foram à vida no momento que expulsei o meu filho e cada vez me sinto mais analfabruta infantil. Parece que cada dia me submeto a um exame final do curso de Engenharia Aeronáutica, tal a ignorância em que me encontro. Uma ignorância porreira, sim claro, mas que me deixa à altura do bedum em casos como o do supermercado, esse lugar ao que regressarei, obviamente, daqui a dezoito anos, quando o Rititi-Boy tiver barba e voz de macho. Aproximadamente, porque para vergonhas já ganhei hoje.<br /><br /><a href="http://www.rititi.com/">rititi</a>Janhttp://www.blogger.com/profile/15668685491556828164noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-5899060639973761152010-01-03T01:30:00.000-02:002010-01-03T01:30:29.953-02:00Uma Semana na Vida de Gilmar Mendes(…)<br /><br />"No fundo, o Gilmar só se confundiu. Era pra ter mandado o Dantas para os EUA, onde ele é condenado pela justiça, era pra ter mandado o Sean passar o Natal com a família, e era pra ter mandado o Abdelmassih dar um filho para o David Goldman. Em vez disso, ele deu habeas corpus para o Dantas, mandou o Sean para os EUA para ser filho do David Goldman, e deixou o Abdelmassih ir pra casa.<br /><br />Errar é humano, galera."<br /><br /><br />Versão integral em:<br /><a href="http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=5012">Na Prática a Teoria é Outra</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-21668331967557897632009-11-14T02:15:00.000-02:002009-11-14T02:15:00.341-02:00RevelaçãoHoje eu tive uma revelação. Saí do trabalho meio cedo, não podia pegar o carro por causa do rodízio e resolvi passar no Pão de Açúcar. Pensei que um passeio no bondinho seria um bom final de expediente, até perceber que estava em São Paulo. Então fui ao supermercado de mesmo nome.<br /><br />(Esqueçam que eu escrevi isso.)<br /><br />Estava chegando ao supermercado e vi um véio na porta — “véio” e “velho” são duas coisas muito diferentes, notem. Bom, primeiro eu ouvi o véio. Ele estava gritando alguma coisa lá em veiês. Olhei na porta do supermercado e lá estava o véio, nervoso, gesticulando que só italiano de novela, berrando, três seguranças atrás dele. Ele ameaçava entrar de volta, os seguranças tentavam acalmá-lo. Ele pegou uma garrafa de guaraná e ameaçou jogar em alguém lá dentro. Uma garrafa de plástico, o idiota.<br /><br />Era um véio com pinta de taxista: camisa branca aberta, calça de tergal, chaveiro no cinto, pulseira de ouro. “Respeita o idoso!”, ele gritava. “Perguntou a minha idade!”, gritava em seguida. “A minha idade! Que que é isso?!”. Parecia aquelas jam sessions em que o cara fica horas improvisando em cima de um tema, aí erra uma nota e finge que é um tema novo, improvisa mais dois meses em cima disso, depois volta pro tema antigo, depois inventa lá um terceiro, volta pro segundo. “Respeita o idoso! Perguntou a minha idade!”, ele repetia. E depois de um tempo: “se eu andasse armado, dava um tiro na cara dele!”. As acusações e ameaças eram dirigidas a um cara que estava no caixa preferencial para velhos, grávidas, aleijados, crioulos com anões no colo e coisa e tal. O cara fazia que ia partir pra cima do véio, a mulher do cara o continha, pedia pelamordedeus. “PERGUNTOU A MINHA IDADE! A MINHA IDADE!!!”<br /><br />Aquilo estava ficando chato, então fui comprar um sanduíche. No balcão, duas senhoras tomavam café e tentavam descobrir o que se passava com o véio. E foi aí que tive a tal revelação do começo do post, que vocês achavam que eu já tinha esquecido.<br /><br />O véio continuava falando da idade, que o outro tinha perguntado a idade dele, que tinha encostado nele e perguntado “qual a sua idade?”, nhenhenhém.<br /><br />— O que será que aconteceu? — perguntou uma das senhoras do balcão; uma pergunta dirigida a ninguém em particular.<br /><br />— O véio na verdade é uma véia — eu respondi. — É uma mulher. Por isso se ofendeu tanto.<br /><br />O comentário fazia sentido dentro da minha cabeça, mas assim que saiu ao mundo virou uma coisa esquisita, toda torta. Silêncio das duas. “Perguntou a minha idade! Dou um tiro na cara dele!”, continuava o véio.<br /><br />— Porque não é de bom tom perguntar a idade de uma senhora — tentei explicar.<br /><br />As duas me olharam com aquela cara de do-que-que-esse-sujeito-tá-falando. Não conhece essa cara? Você não sabe o quanto é feliz.<br /><br />As pessoas me olham o tempo todo com essa cara de do-que-que-esse-sujeito-tá-falando. Desde sempre. Acho que é porque eu falo as coisas que eu penso como se as pessoas estivessem dentro da minha cabeça (elas bem que cabem) e soubessem que diabo eu estou pensando o tempo todo. Elas não sabem, então me ignoram e seguem suas vidas. Ou então fazem a pergunta que eu mais ouço na vida: “que que isso tem a ver?”. Tento explicar minha linha de raciocínio, adianta nada. É desesperador.<br /><br />A revelação me veio quando eu me coloquei por um momento no lugar daquelas duas senhoras. Olhei para mim mesmo assim, de fora, e fiquei chocado. Deve ser por isso, eu pensei, que as pessoas não vão muito com a minha cara quando me conhecem. Tenho vários amigos, bons amigos, mas eles custaram a gostar de mim. “Eu não te suportava quando a gente se conheceu” é outra frase que eu ouço muito. Não é pra menos: eu pareço arrogante, ando de cara fechada e, coisa horrorosa, falo coisas sem propósito. Tem gente que eu conheço há vinte anos e ainda não vai com a minha cara. Não sei se são meus inimigos ou se essa primeira impressão é difícil mesmo de superar.<br /><br />Enquanto eu pagava o sanduíche (as orelhas queimando), as duas continuavam quietas. Duzentos anos depois, uma delas comentou:<br /><br />— Gente, então é uma mulher?<br /><br />— Não, porra!<br /><br />Mentira, eu não falei “porra”. Mas o “não” foi bem seco mesmo. Tá, as pessoas não gostam de mim. Mas também não se esforçam muito pra eu gostar delas. Que se fodam."<br /><br /><br />Revelado por Marcurelio em <a href="http://www.jesusmechicoteia.com.br/">Jesus, me chicoteia!</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-38929235431019085952009-11-11T21:24:00.000-02:002009-11-11T21:24:43.750-02:00Barriga de TanquinhoNum tempo em que atletas brasileiros são flagrados diariamente no exame antidoping, o Fantasma revela receita natural e facinha para se ganhar proteína, que você mesmo poderá fazer em casa.<br /><br />Sopa Primordial (copyright Javé/Hugo Chávez)<br /><br />- 3 minutos d'água<br />- refogado de amônia<br />- hidrogênio em cubos<br />- metano a gosto<br /><br />Levar ao forno por 11 bilhões de anos +- 15 minutos, e molhar a mão da comunidade científica.<br /><br />Para um melhor resultado, adicionar leite.<br /><br />Homilia do Cardeal em <a href="http://fantasmadomaracana.blogspot.com/">Fantasma do Maracanã</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-38618120394401944312009-11-05T23:02:00.000-02:002009-11-05T23:02:20.198-02:00CaracterísticasPontualidade britânica.<br />Neutralidade suíça.<br />Melancolia portuguesa.<br />Aspereza espanhola.<br />Desordem italiana.<br />Perfume francês.<br />Disciplina japonesa.<br />Jeitinho brasileiro.<br />Peido alemão."<br /><br />Branco Leone<br /><a href="http://brancoleone.wordpress.com/"> um blog sem conteúdo</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-68175990243799811932009-10-23T06:08:00.000-02:002009-10-23T06:08:02.493-02:00Não faz falcatrua com o tioFui vítima de um sequestro relâmpago em 2002. Não foi nada divertido. Eu estava chegando na residência de minha mãe quando vi um jovem vestido como qualquer pessoa de classe média aproximar-se da porta de meu carro. Veio numa velocidade inequívoca, deixando bem à mostra uma arma que apontava para algum lugar abaixo de minha cabeça, ou seja, a porta, pois eu estava sentado no carro, esperando que a porta automática abrisse. Fazendo o que sempre vira nos filmes, saí do carro com as mãos para o alto, em total silêncio. Ele me mandou sentar no banco de trás, onde logo recebi a companhia do mais agitado do grupo. Os bancos da frente foram ocupados pelo rapaz da arma e sua namorada. Eram 19h30, mais ou menos.<br /><br />Mantive o silêncio que insiste em me acompanhar nas situações críticas e apenas notava vagamente que o motorista desejava dirigir rapidamente, mas que era inexperiente, muito inexperiente. Não parecia drogado, apenas dirigia mal. Já meu companheiro de banco parecia bastante alterado. De forma descontrolada, gritava palavrões e batia em minha cabeça com o cano do revólver que recebera do motorista. Ele apontava a arma para um local acima de meu ouvido direito — bem onde eu suponho que esteja meu cérebro — e batia ali com força. Eu não consigo refazer perfeitamente este período em minha memória. Acho que meu estado era mais de perplexidade e menos de medo, mas talvez isso seja uma fantasia posterior: meu estado devia ser de medo paralisante e só. Afinal de contas, eu nunca peguei um revólver e imagino que este seja uma coisa para ser manuseada com certo cuidado, como se maneja algo prestes a explodir. Não deve ser um instrumento para bater na cabeça de alguém, ainda mais com o cano apontado. Tratava de ficar o mais quieto possível ouvindo um monte de ofensas, quando o motorista mandou o sujeito parar de babaquice e ver se eu tinha dinheiro. Em resposta, o sujeito abriu minha pasta e logo achou a carteira. Tinha R$ 30,00. O cara ficou puto.<br /><br />Antes que ele voltasse a se divertir com minha cabeça, resolvi falar:<br /><br />– No bolso de trás da calça, tem R$ 1.700,00.<br /><br />O casal no banco da frente comemorou, dizendo que o tiozinho era legal. Meu colega começou a dar risadinhas enquanto demonstrava enorme dificuldade para pegar o dinheiro, apesar de eu ter virado quase 90º a fim de que ele pegasse. Então, ele mandou que eu entregasse o dinheiro para ele. Não pensem que ando sempre com R$ 1.700,00. O que ocorrera é que eu achei que tinha dinheiro demais no caixa da firma e resolvi levar comigo. Era uma atitude rotineira para evitar, digamos, faxineiras mais curiosas. Disse para eles que não tinha dinheiro em caixa automática, que pegara tudo. O cara do meu lado duvidou aos berros, perguntando se eu tinha certeza absoluta daquilo. Confirmei e confirmei e confirmei. A menina do banco do acompanhante disse que era melhor assim pois<br /><br />– fico muito “tensionada” nesses caixa automático.<br /><br />Empreendemos um longo passeio aparentemente sem objetivo nenhum. O motorista dizia que o rádio do carro era uma bosta, que nem valia a pena roubar. Partiram para as avaliações: meu relógio era legal, o celular era outra bosta, a pasta era das caras e eles levariam, etc. E assim chegaram a conclusão que o saldo do sequestro seria R$ 1.730,00, minha pasta e o relógio. Apesar disso, ligaram o rádio na Atlântida, da RBS. A conversa era pouca e o motorista nos levou à periferia de Canoas, voltou a Porto Alegre, andou por umas vilas, etc. O que procuravam? Era algum plano para mim? Em certo momento, vi que o rapaz ia dobrar numa rua onde eu tinha visto rapidamente as luzes de um carro da Brigada Militar. Dei um grito:<br /><br />– Não entra aí, tem um carro da Brigada!<br /><br />Pode parecer paradoxal, mas achei que poderia haver algum gênero de tiroteio ou confronto e que eu seria um detalhe insignificante para ambos os lados. Além do mais, minha pequena experiência manda evitar autoridades como criminosos, brigadianos, juízes de direito e de futebol. Mais paradoxal ainda, sempre me entendi bem com policiais, os quais sempre foram razoáveis. Mas tergiverso. Minha atitude foi saudada pelos inquilinos (ou novos donos) de meu carro como um grande passo em minha vida como celerado.<br /><br />– Porra, o tiozinho aprende rápido!<br />– Cacete, como é que ele viu?<br /><br />Como já estava me tornando um ídolo, já conseguia pensar claramente que eles estavam procurando um lugar para me matar ou para utilizar meu inexpugnável ânus para seu prazer, algo assim. Como ninguém me impedia de falar, empreendi o mais patético dos discursos: tinha dois filhos pequenos (verdade), era separado (verdade), cuidava de uma mãe doente (verdade), era filho único (mentira…), trabalhava para todos eles (mentira) e que haveria muito sofrimento se alguma coisa me acontecesse (não sei); enfim, apelei. Então, subimos um morro de Porto Alegre que atende pelo delicado nome de Maria Degolada. O rapaz foi parando num local que, se não era um descampado, também não era desabitado. Então, a menina do banco da frente falou com veemência para o motorista:<br /><br />– Não faz falcatrua com o tio! Ele é legal!<br /><br />O cara olhou para ela e disse:<br /><br />– Calma, …inha.<br /><br />Me mandaram sair do carro. Saí lentamente, como se estivesse entre amigos, mas na verdade pensando que, se corresse, poderia levar um tiro (sabem aquele instinto que manda a gente NÃO correr de cachorros?, pois é, foi o que pensei indistintamente). Dei alguns passos e me chamaram. Quase me caguei. Era o motorista. O rapaz, com um sorriso, dizia para eu levar minha carteira vazia de dinheiro e meu celular de merda. Devia ter pedido dinheiro para o ônibus, talvez ele me desse. Me explicou que dava trabalho fazer os documentos que estavam na carteira e que tinha tirado a bateria do celular para eu ter não telefonar para meus amigos brigadianos. Peguei as coisas e caminhei devagar. Nunca mais os vi.<br /><br />Depois de algumas quadras, notei que estava fedendo. Era o pior cheiro que já tinha sentido em mim. Era uma coisa animalesca, chegava a arder no nariz. Horrível. Caminhei, acho, por três horas. A sede era imensa. Quando cheguei à casa da minha mãe, ela dormia. Melhor assim. Devo ter ficado meia hora esperando a banheira encher, coisa que nunca fizera antes. Mergulhei na água pensando em meu azar e sorte, e no significado de “falcatrua” para aqueles caras. (Ouvi depois essa palavra ser usada no sentido de sacanagem).<br /><br />No dia seguinte, às 8h em ponto, avisei o seguro sobre o carro e eles me mandaram fazer uma ocorrência. Fui trabalhar, não estava com nenhuma pressa de ir à polícia. Raciocinava confusamente que o problema era meu e que não tinha necessidade de ficar falando naquilo. Por volta das 10h30, um funcionário da seguradora me ligou, dizendo que meu carro estava na Rua Botafogo, estacionado em local proibido, com as janelas abertas. Meu rádio devia ser uma bosta mesmo, o resto também. Nunca fiz a ocorrência e nem liguei de volta para o seguro. Ninguém, além de meus filhos, soube da história. Naquela época, era doloroso demais contá-la.<br /><br /><a href="http://miltonribeiro.opsblog.org/2009/10/20/nao-faz-falcatrua-com-o-tio/">Milton Ribeiro</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-43146528004422539942009-09-22T06:02:00.000-03:002009-09-22T06:02:36.776-03:00Dia Mundial Sem CarroEu vou aderir' (Nelsinho)<br /><br />No dia mundial sem carro, o preço da passagem de ônibus não terá alteração, já vi como termina esse filme. E o número de chibatadas no trem tende até a aumentar. Grande iniciativa.<br /><br />Uma outra coisa fofa do governo foi outro dia quando o Lula tomou uns goró a mais e resolveu torrar bilhões de patacas em caças franceses ou que-tais. Tudo muito útil.<br /><br />Não seria melhor ter gasto isso aí na reforma ortográfica dos estádios? Na verdade, esta é uma boa solução: desviar dinheiro das Forças Armadas, que não têm função nenhuma mesmo salvo autosubsistência, e aplicá-lo no futebol. E 5% pra quem teve a idéia.<br /><br />Infelizmente, a única solução do governo será aumentar o imposto sobre tabaco, e mandar todo dinheiro pra peruca da Dilma. Só dá viado. (Helinho dos Anjos)<br /><br /><a href="http://fantasmadomaracana.blogspot.com/2009/09/dia-mundial-sem-carro.html">Fantasma do Maracanã</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-35385544711955505632009-09-22T04:26:00.000-03:002009-09-22T04:26:10.528-03:00A Vida em Sociedade É Muito Difícil"De vez em quando, escuto coisas como:<br /><br /> Você se acha melhor que eu, é?<br /> Você se acha muito inteligente, não é?<br /> Você acha que as regras não se aplicam a você, não?<br /><br />E fico sempre na dúvida: a pessoa quer que eu diga a verdade ou que seja educado e minta?"<br /><br />Alex Castro - <a href="http://www.interney.net/blogs/lll/2009/09/22/a_vida_em_sociedade_e_muito_dificil/">Liberal, Libertário, Libertino</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-1551906495537232742009-09-22T04:16:00.000-03:002009-09-22T04:16:23.074-03:00Shiva ParanormalSabe aquela frase que o Chomsky fez para provar que é possível construir uma sentença onde todas as palavras seguem uma ordem sintática lógica mas que, ainda assim, a frase é agramatical (ou seja, não faz o menor sentido)? 'Colorless green ideas sleep furiously'? Pois então. Andando aqui por Higienópolis, Thiago e eu descobrimos uma... Como dizer... Artista? Poeta? Cânone da cultura ocidental? Certamente tudo isso, mas algo mais. Uma mulher que faz arte com agramaticalidade.<br />
Talvez ela se chame Maria Pasquali - também conhecida aqui em casa como Shiva Paranormal. Ela faz textos incríveis e cola (na verdade, amarra com barbante ou arame) no poste em frente ao Pão de Açúcar ou no muro do Iate Clube (e quem conseguir entender porque existe um Iate Clube numa cidade que não possui mar e, portanto, não comporta iates, me avisa). São textos longos, já rolou uma certidão de nascimento anexada, coisa profissional mesmo. Para entender a grandiosidade da obra, só quando eu tiver coragem de pegar uns e escanear, mas afirmo que é algo importante. Falta visão editorial num mundo que prestigia Gentileza e não dá ouvidos à Shiva Paranormal.<br />
O primeiro texto que li era um relato de quando tentaram matá-la colocando energia atômica na antena da pensão onde ela morava. Esse texto continha o já lendário trecho: 'Não sou pernambucana, nem mineira, nem coreana, nem chinesa nem shiva nem paranormal'. No texto mais recente, nossa heroína diz estar sendo perseguida por 'carros em geral'. Só me resta prestar atenção nos muros e postes que são mais interessantes que o meu Google Reader.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Juliana Cunha</span><a href="http://mateipormenos.blogspot.com/2009/09/shiva-paranormal.html"> - Já matei por menos</a><br />
<br />
(grato, Olivia)Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-41406551615754371772009-09-15T14:42:00.000-03:002009-09-15T14:42:20.766-03:00História da abelhinha na farmácia– Mãe! O que é isso?<br />– É camisinha, filha.<br />– Hmm… Mas é muito pequena. Não é, assim, uma camiseta, então, né?<br />– Filha, lembra quando eu expliquei que o menino tem uma sementinha diferente da menina e, quando as duas se juntam, nasce um nenê? Pois então: essa camisinha serve para o menino colocar no pinto e aí as duas sementinhas não se encontram.<br />– Entendi.<br />– …<br />– Mãe, perereca sente gosto?<br />– Não, filha, perereca não sente gosto.<br />– Então por que tem camisinha com gosto de morango, uva…?<br />– …<br />– Mãe, sabe outra coisa que eu não entendi?<br />– O quê, filha?<br />– Por que alguém ia gostar de queimar a perereca.<br />– Como assim?<br />– É que tinha uma camisinha que dizia “sensação quente”.<br />– Olha, filha, tem gente que não gosta de queijo, né? Não dá pra entender, mas tem gosto pra tudo."<br /><br /><a href="http://trasel.com.br/conversas/?p=1274">Conversas Furtadas</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-80085222769660707552009-09-13T03:26:00.000-03:002009-09-13T03:26:36.360-03:00Tímido"Os tímidos tem vários tipos de timidez.<br />Gato de rua: tímido do seu corpo.<br />Jegue: tímido das pessoas.<br />Cachorro de rua: tímido de conseguir a pessoa."<br /><br /><a href="http://euvibichos.blogspot.com/">[EU] [VI] [BICHOS]</a>: Vicente Carpinejar, 7 anosRatapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-13433630361647334342009-08-17T23:44:00.000-03:002009-08-17T23:44:54.638-03:00As alegrias que o Google me dá (XXXIX)<span style="font-weight: bold;">jogo daquele que o menino tras as cacha con as mão</span><br />Chama-se “estivador”. É um jogo que muito menino que não quis estudar, assim como você, acaba jogando.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">videos de sexxo gratis freira dando o cu e chupando os coroinhas</span><br />Como a vida engana a gente, hein? Você resolveu ser coroinha pensando que ia ter tudo isso aí. Imaginou que as freiras iriam jogar os hábitos a seus pés em orgias divinas; mas Deus nem sempre é justo e você acabou no colo do padre. E hoje, tantos anos depois, fica tentando achar no Google algum indício de que aquilo que você imaginava era real, infelizmente sem sucesso. A vida tem dessas coisas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">simpatia do jilo para broxar alguem</span><br />E precisa de simpatia para isso, precisa da intervenção de Exu ou Oxum para coisa tão simples? Eu pensava que era só dar um bom prato de jiló para alguém comer que o serviço estava feito.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">video porno gratis de maridos que gostam de serem cornos</span><br />Desculpe a sinceridade, mas você é um idiota. Em vez de procurar vídeos desses maridos que, afinal de contas, apenas fizeram uma opção de vida e têm gostos singulares dos quais não devem satisfações a ninguém, você devia procurar era pelas mulheres deles, que certamente são muito mais interessantes. Tem gente que não vê o que está debaixo do nariz. Credo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">o que foi o aparteith</span><br />Sistema político desenvolvido na Suazilândia, muito semelhante ao apartheid sul-africano, em que uma minoria letrada subjugou e segregou uma maioria analfa que nem você.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">ele;me;acha;doida;mais;sivo;para;faze.sexo</span><br />Ô, minha filha, pelo menos para alguma coisa você tinha que prestar, não é?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">baixa gratis musica gospel para bebe recenascido</span><br />E assim começa a triste passagem de um pobre coitado por este vale de lágrimas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">eu queria entender a vida como ela é</span><br />Leia bem este post. Veja a que desvãos da sanidade a mente humana pode chegar. Veja a variedade de taras, de deturpações humanas e sociais — e saiba que há ainda piores, que eu não coloco aqui porque tenho medo de sequer pensar no assunto. Isso é a vida como ela é, meu caro. Inclui tarados, doentes, espertos, burros, inocentes e culpados. Você tem certeza de que quer mesmo entender a vida como ela é? Porque eu, se fosse você, não quereria, e ganharia algumas noites de sono e um pouco de paz de espírito.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">como xingar educadamente</span><br />Qual a graça de xingar educadamente? A graça da ofensa é justamente a de ser mal-educado, a de explodir e tirar do peito a raiva e a frustração que lhe consomem. Xingar educadamente é como beber água salgada, amigo. Não resolve nada. Xingar com educação é como fazer certas coisas com comedimento. Não vale nada.<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><br />jogos de torturar os homens com a bunda</span><br />Se estiver precisando de voluntário, é só dar um toque, tá?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">kit de som para igreja completo por 1200</span><br />Não importa que os incréus aleguem, desesperados diante do som que vem das igrejas, que Deus não é surdo. Os crentes e os pios vão continuar querendo um som mais alto, porque o proselitismo tem na tecnologia e no mau gosto um grande aliado, e afinal de contas o dízimo paga tudo isso.<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><br />fotos de homens metendo o dedo na bumda da mulher e ai comesa a fazer sexo amoroso</span><br />Porque o amor se manifesta de tantas formas diferentes, e vai, e vem, e é doce e forte ao mesmo tempo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><br />quero ir pra cama com uma pessoa muito especial</span><br />Desista. Você não vai conseguir. No máximo vai encontrar um cafajeste como eu, que nem sequer ligaria no dia seguinte.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">mulheres que paga boquete nos colegas do filho</span><br />Ah, se você tivesse a sorte de ter bons amigos assim, hein?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">fotos de xuxa fazendo sexocom satanas na casa de maconha</span><br />E pela sua criatividade, meu caro doente, eu te outorgo o prêmio “Alucinado do Google 2009″.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">afinal lsd aparece em raio x em aeroporto</span><br />Não. De maneira alguma. E por favor, me mande lembranças da cadeia de Cingapura quando chegar lá, certo?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">como ficou o rosto do michael jackson embalsamado</span><br />Continuou feio como o cão.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">garoto em goiania leva um tiro na testa</span><br />Foi mexer com o bofe dos outros, deu nisso.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">o maior talento de robin wood era</span><br />Cortar lenha. Robin Wood era um grande lenhador, campeão absoluto e orgulho de seu país. Nas Olimpíadas de 1944, quando esse ainda era um esporte olímpico, levou para a Inglaterra três medalhas de ouro e se tornou herói nacional. Morreu esquecido em 1976, de um ataque cardíaco enquanto tomava sua cerveja num pub perto das docas de St. Catharine.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">jogos que o homen faz o que a gata manda se nao leva chicotada</span><br />Masoquista, o moço — porém com alto padrão estético.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">conselhos sobre marido chato</span><br />Amiga, olhe em sua volta. Veja o número de adolescentes de 30 desesperadas atrás de um homem para chamar de seu, que vivem reclamando que os homens que existem são casados ou cafajestes ou gays, se atolando na pipoca enquanto conversam nas salas de bate-papo online com homens que são sempre lindos, ricos, inteligentes e disponíveis apesar da esposa embarangada que vê televisão na sala ao lado. Viu? Então, agora eu posso te dar um conselho: agüente, minha filha, que é melhor um marido chato que marido nenhum.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">brincadeira violenta no escotismo</span><br />Chama-se “atentado violento ao pudor” e é muito semelhante às brincadeiras de padres irlandeses e bostonianos costumam fazer, com a única diferença que o catecismo não entra na história.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">o fantasma andando no corredor de michael jackson no floro dele</span><br />Por “floro” eu vou entender “velório”, certo? Bem, uns paranormais realmente viram o fantasma de Michael Jackson vagando pelo seu seu velório. Dizem que ele gritava “I’m bad! I’m bad!”, mas estava muito feliz, porque finalmente tinha ficado branco, e circulava em meio a inúmeros anjinhos de sexo indefinido.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">bons conselhos para a vida</span><br />Se eu tivesse algum bom conselho para dar eu não era blogueiro, era guru de auto-ajuda e estava enchendo o rabo de dinheiro.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">video brasileiras peidam fazendo sexo</span><br />Não conheço o vídeo, mas isso é uma boa advertência para que não apertem as pobres brasileiras.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">ainda vale apena fazer faculdade de jornalismo</span><br />Vale. Mas só se antes você fizer um curso de português. Porque pelo menos você vai poder dizer aprendeu isso na faculdade.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">filmes pornos raros baixar</span><br />Um connaisseur da putaria, vejam só. Um gourmet da safadeza, procurando os legendários filminhos da Jean Harlow, ou então um obscuro pornô iraniano da década de 1960. Este é um mundo maravilhoso.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">voçe sete tesao quando chupam seus seios ?</span><br />Olha, não muito. Geralmente meus seios estão no corpo de outra mulher, e entre as minhas taras, infelizmente, não está o voyeurismo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">relatos eróticos de netos</span><br />Caro editor, leio este fórum há muito tempo e acompanho as aventuras dos outros leitores, mas nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo. Mas aconteceu, e eu quero compartilhar minha experiência. Tudo começou quando eu estava passando as férias na casa de minha avozinha querida. Ela tinha 106 anos, mas um corpinho de 97 que sempre me fez imaginar coisas e prazeres inauditos. Certa noite, eu estava na sala ouvindo a Voz do Brasil quando ouvi um gemido sensual vindo do canto onde ficava a cadeira de rodas de minha avó. Foi um alarme falso: era só a velha peidando. Voltei a assistir o programa de Marcia Goldschmidt, quando de repente ouvi um gemido sensual vindo da cadeira de rodas. Excitado, com o meu membro túrgido e latejante, fui até a velha e perguntei: “E aí, vovó, tamos aí nessas carnes?” Ela, no entanto, só gemia. Me posicionei sensualmente diante dela, e comecei a fazer um strip tease. Ela arfava cada vez mais. Só então descobri que a velha estava tendo um ataque cardíaco e estava morrendo, e até hoje vou chorar em sua cova.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">vincent van google histori vida e morte</span><br />Vincent queria ser bibliotecário, desde pequenininho. Seu maior prazer quando criança era organizar os livros do pai, numa estante antiga que tinha sido herdada de seu bisavô. Por autor? Por ano de publicação? Por assunto? Esses eram os dilemas de Vincent van Google diante daqueles poucos livros. À medida que crescia, Vincent ia comprando mais livros. Não que tivesse algum interesse especial em leitura, mas porque eram mais livros para organizar. Lia um bocadinho, apenas o suficiente para saber onde colocar cada um deles. Aí pelos 25 anos Vincent tinha 3 mil livros em casa e se casou com uma moça que conheceu no curso de biblioteconomia de uma faculdade particular. Aos 40, tinha 8 mil livros. Por causa de sua mania de organizar livros sua mulher se separou dele aos 45. Mas nem isso o abateu, porque ele sabia que o seu trabalho tinha muita importância e biblioteconomia era a profissão do futuro. Vincent tinha 50 anos quando surgiu o Google. E então ele percebeu que o seu mundo começava a se desabar, que grandes bibliotecas pertenciam definitivamente, ao passado, e então Vincent se angustiou, e revoltado cortou sua própria orelha, e amarrou um pano sobre ela mas o pano era o mesmo que ele usava para limpar seus livros, e o pano infeccionou o buraco onde um dia houvera uma orelha e Vincent morreu. Como último pedido insistiu para que seus amigos não deixassem que o Google indexasse as páginas com a notícia de sua morte."<br /><br /><a href="http://www.rafael.galvao.org/2009/07/as-alegrias-que-o-google-me-da-xxxix/">Rafael Galvão </a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-25383206215612163852009-07-28T23:26:00.001-03:002009-07-28T23:27:32.960-03:00A Criação do Mundo, vista pelo Manhattan Connection( Prólogo )<br /><br />LUCAS MENDES ( para a câmera ): Em Saturno, vão-se os anéis e ficam as ênclises. Em Vênus, avistar o monte a olho nu só pode dar sacanagem. Em Mercúrio, o Sol é para todos - literalmente. Na Terra recém-criada, um jardim, uma macieira e uma descoberta de extrema gravidade, e não, não falamos de sir Isaac Newton. Aqui, na conexão, os quatro cavaleiros do Apocalipse que falarão mesmo é do Gênesis: Caio Blinder, Diogo Mainardi, Ricardo Amorim e Pedro Andrade.<br /><br />( Entra a abertura, com a musiquinha que lembra show erótico, e o vocal masculino sussurrando algo que soa como “I’m demented, I’m demented”. Volta Lucas Mendes )<br /><br />LUCAS MENDES: Nesta semana foi criada a Terra, e ontem Deus já parou pra descansar. ( para Caio Blinder: ) Isso mostra que Deus é brasileiro?<br /><br />CAIO BLINDER: Bom, quem odeia o Brasil irá concordar que isso demonstra a lassidão dos trópicos. Quem gosta do Brasil verá nisso a magnificência de ser brasileiro, e...<br /><br />DIOGO MAINARDI ( em off ): Isso, Caio. Explica a piada, e desenha, também, pro Lula colorir.<br /><br />CAIO BLINDER ( risadinha nervosa ): Eu faria isso se você não me interrompesse a todo momento ( volta-se para Lucas Mendes: ) O caso é que Deus pode ter se naturalizado brasileiro mas na verdade é israelense. Assim, não vai faltar quem diga que isso tudo é lobby judaico para dominação do Éden. ( outra risadinha nervosa )<br /><br />LUCAS MENDES: Ô, Ricardo. Por que Deus foi criar justo a Terra?<br /><br />RICARDO AMORIM: Olha, Lucas, tem que ver a conjuntura. O negócio é que Deus pensou grande e criou primeiro Saturno - mas a construção dos anéis acabou superfaturada, e isso começou a sugar a verba feito um buraco negro. Como planeta é commodity, as ações sofreram uma queda acentuada, desestabilizando a liquidez e gerando boatos de quebra no mercado financeiro. Foi para abafar isso tudo e desviar a atenção que Deus criou a Terra.<br /><br />LUCAS MENDES: Ô, Diogo. Por que os anéis de Saturno foram superfaturados, hein?<br /><br />DIOGO MAINARDI: Bom, o escândalo do anelão foi surpresa só pra quem não acompanha o noticiário. Quem leu minha coluna na Veja de dois meses atrás sabe que só tinha lulista na licitação. Agora, claro, os governistas vão dizer que a CPI de Saturno é golpe.<br /><br />CAIO BLINDER ( em off ): Diogo, pra Paulo Francis só estão faltando as penas, hein?<br /><br />DIOGO MAINARDI: Que penas, Caio?<br /><br />CAIO BLINDER: As penas pro crime de calúnia e difamação, depois do processo da diretoria da Petrobras! ( Cai na risada. Nervosa )<br /><br />( Diogo diz que Caio melhorou muito as piadas, o que já não aconteceu com as opiniões; Ricardo diz que Diogo está se esquecendo das licitações cósmicas na era FHC – falam todos ao mesmo tempo, igual a um Saia Justa de cuecas )<br /><br />LUCAS MENDES: ( pondo ordem na casa ) No próximo bloco, uma maçã que deu o que falar – e não, não falamos da administração Bloomberg. Enquanto isso, fiquem com cenas de “Seis dias que abalaram o Mundo”, mostrando a Criação, dia a dia: a luz, as águas, a terra, as plantas, os animais e o homem, ao som de Begin the Beguine, de Cole Porter. Angélica, no princípio eram as trevas?<br /><br />( Entram as cenas que Lucas anunciou, com a trilha. Corta para os comerciais. Entra novamente a musiquinha pornô. Volta o bloco )<br /><br />LUCAS MENDES: No princípio era o verbo. Depois entrou o sujeito oculto. Ele trouxe uma maçã, pra testar os predicados de Eva. Que ficou cheia de reticências, e...<br /><br />DIOGO MAINARDI ( em off ): Ô, Lucas. Quem redige esses textos aí é o Caio...?<br /><br />CAIO BLINDER ( risadinha nervosa ): Caramba, o Diogo deve ir dormir pensando em mim.<br /><br />DIOGO MAINARDI: Penso, sim. Os carneirinhos já não estavam mais tão monótonos.<br /><br />LUCAS MENDES: ( retomando a palavra ) Bom, como eu ia dizendo, uma maçã pôs tudo a perder. Adão e Eva perderam o paraíso, Deus perdeu a confiança na raça humana e o redator da Bíblia perdeu a paciência, porque a partir daí ele pula direto para a Arca de Noé. Ô, Ricardo, pode uma maçã fazer isso tudo?<br /><br />RICARDO AMORIM: Claro que pode, Lucas: a maçã, uma valiosa commodity numa monocultura como era o caso do Éden, estava supervalorizada. Quando ela caiu na cotação agrícola, por causa da serpente, o spread negativo puxou pra baixo todo o segmento de hortifruti, que é o setor produtivo mais presente no Gênesis. Depois disso, só o dilúvio mesmo.<br /><br />( Entra outro momento Saia Justa porque Diogo Mainardi acha que a pecuária é que é o setor mais produtivo do Gênesis, e que isso de privilegiar a lavoura é coisa de esquerdista; Caio Blinder entende “skatista” e, com uma risadinha nervosa, pergunta o que será então que os surfistas acham; Ricardo Amorim afirma que ele mesmo faz trekking, mas não vê correlação entre as coisas; Lucas Mendes mais uma vez põe ordem na casa, anunciando o próximo bloco. Entra musiquinha pornô etc, volta musiquinha pornô, entra de novo Lucas Mendes )<br /><br />LUCAS MENDES: Nosso correspondente no jardim do Éden, Pedro Andrade, fala agora dos melhores points turísticos do local, além da culinária. Pedro, Eva viu a uva?<br /><br />( Pedro Andrade aparece seminu, trajando só uma gravata e uma folha de parreira. Ao fundo, o Jardim do Éden )<br /><br />PEDRO ANDRADE: Claro que viu, Lucas: afinal, foi da parreira que ela tirou a folha pra se cobrir. Mas Eva viu também o potencial da maçã. A partir daí, a culinária no paraíso nunca mais foi a mesma. Eu mesmo já provei, aqui no Heaven’s Gate - o restaurante mais descolado do Éden - todas as especialidades de appfelstrüdel, e falei com o casal de proprietários, que garantiram que não experimentar é que é um pecado.<br /><br />( Pedro Andrade então começa a conversar em hebraico com Adão e Eva. Os dois falam ao mesmo tempo, com tradução simultânea de Pedro, em áudio sobreposto. O casal passa a discutir acaloradamente porque Eva quer inventar uma nova utilidade para a maçã, que é colocá-la na boca de um porco assado, mas Adão argumenta que isso não é nada kosher. O clima esquenta. Eva acusa Adão de não ter visão comercial. O Anjo Gabriel entra no meio com a espada de fogo. Pedro prudentemente sai de cena, mastigando um naco do pernil e fazendo sinalzinho de aprovação para a câmera. Fecha o bloco. Música pornô, comercial, música pornô. Volta o estúdio )<br /><br />LUCAS MENDES: Bom, já que o assunto do programa é a Criação, e mais especificamente, o Todo-Poderoso, a pergunta da semana é: Paulo Francis morreu?<br /><br />DIOGO MAINARDI: Morreu pra você, âncora ingrato. Pro Caio ele continua lá, puxando o pé até hoje.<br /><br />CAIO BLINDER: E continua tendo o saco puxado pelo Diogo. ( risadinha nervosa )<br /><br />LUCAS MENDES: Ô, Ricardo. Numa visão macroeconômica, você acha que foi o Paulo Francis que criou o mundo?<br /><br />RICARDO AMORIM: Olha, Lucas, só se foi num dia em que ele estava com baixa auto-estima...<br /><br />CAIO BLINDER: O Francis, com baixa auto-estima?!?!? ( risadinha histérica )<br /><br />RICARDO AMORIM: ...o que prova matematicamente que Deus não existe.<br /><br />( Mediante a conclusão, a GNT deixa também de existir e o programa sai do ar. É o fim do mundo )<br /><br /><a href="http://www.interney.net/blogs/aomirante/2009/07/16/a_criacao_do_mundo_vista_pelo_manhattan_/">Ao Mirante, Nelson!</a>Ratapulgohttp://www.blogger.com/profile/11733395132840444079noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-37090441098103186782009-04-04T21:00:00.002-03:002009-04-05T23:46:25.729-03:00So-corroNinotchka Fedorovna, 4 anos, no carro.<br />- Mamãe, quando eu vou mudar de escola?<br />- Quando você tiver 5 anos vai pra escola X, fazer o primeiro ano.<br />- E depois vou pra qual?<br />- Se você gostar, pode ficar lá muitos anos, até escolher no que vai trabalhar e qual faculdade vai fazer...<br />- Mas eu não preciso fazer faculdade, mamãe. O que eu quero ser não precisa estudar.<br />- AH É? E o que a senhorita quer ser quando crescer?<br />- Mãe.<br /><br /><a href="http://pergunteaopixel.blogspot.com">pergunte ao pixel</a>Janhttp://www.blogger.com/profile/15668685491556828164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-24876746198720136642009-03-31T23:33:00.000-03:002009-03-31T23:35:45.660-03:00Fui demitido. Justa causa.É, amigos. Parece que teremos mais um blogueiro (odeio esse termo) nessa vidaloka de internet 24h por dia, 7 dias por semana. Esse blogueiro, acreditem, sou eu. Pois é. Tristeza para uns (eu), tristeza para outros (vocês). E agora estou postando de uma lan house, aqui na rua da Amargura (passei o ano inteiro esperando só pra fazer essa piada hahahaha riam).<br /><br />Como estagiário, aprendi milhões de coisas e fui muito bem sucedido nas minhas funções. Juro que não entendo o porquê de me demitirem… Eu tinha várias funções que fazia com excelência, entre elas:<br /><br />1. Tirar xerox. 3.1 segundos por página. Contando o tempo pro multifuncional ligar, claro.<br /><br />2. Passar café. Sério… chamem a Ana Maria Braga, o Hugo, a Palmirinha… meu café faz as pessoas ficarem apaixonadas. Não sei porque eu disse isso, mas ok.. valeu pra reforçar.<br /><br />3. Comprar cigarro e pão. 1 minuto e 27 segundos. Ida e volta.<br /><br />4. Fazer jogos na Mega-Sena, Dupla-Sena, Lotofácil, Loteria Esportiva… Como manjo de futebol, ainda tinha que falar quem seria o vencedor das partidas. Se eu errasse, me faziam pagar pela aposta. Se eu acertasse… bem, nunca acertei, porque sempre mandei o pessoal apostar em vitória do Corinthians… hahahaha pena que ele nunca ganha hahahaha.<br /><br />Eu era muito bom. Mesmo. Fazia tudo bonitinho, certinho, até que peguei uma certa confiança com o pessoal e resolvi fazer uma brincadeirinha inocente. É impressionante o nível de stress e conturbação em um ambiente de trabalho. Quis dar uma amenizada na galera, deixar o povo feliz e fui recompensado com uma bela de uma demissão por justa causa. Puta sacanagem!<br /><br />Vou contar toda minha rotina desse dia catastrófico. Era quinta-feira, 26 de março, quando cheguei ao trabalho. Era longe e, por isso, eu chegava cedo. Não porque era longe, mas porque meu amigo me dava carona até um lugar “pertinho” dali. Pertinho tá entre aspas porque não era tããããão perto assim. Eu tinha que andar mais 6 km a pé pra chegar na agência. Chegava todo dia umas 7h30 da manhã, quando, na verdade, era pra chegar umas 11h, devido a essa nova lei de estagiário. Eu era feliz. Não ligava mesmo. Nem pelo salário mínimo que mal me pagavam.<br /><br />Nesse dia, passei na padaria no meio do caminho. Demonstrando muita proatividade, comprei pão e 3 Marlboro. Já queria ter na mão sem nem mesmo me pedirem. Quando abri a agência (sim, me deixam com a chave porque o pessoal só começa a chegar lá pelas 11h), já vi uma montanha de folhas para eu xerocar na minha mesa. Xeroquei tudo, fiz café e deixei tudo nos trinques (minha mãe que usa essa gíria rs). Como tinha saído um pouco mais cedo no outro dia, deixaram um recado na minha mesa: “pegar o resultado da mega-sena na lotérica”. Como tinha adiantado tudo, fui buscar o resultado lá. No meio do caminho, tive a ideia mais genial da minha vida e, consequentemente, a mais estúpida.<br /><br />Peguei o resultado do jogo: 01/12/14/16/37/45. E o que fiz? Malandro que sou, peguei uns trocados e fiz uma aposta igual a essa no caixa. Joguei nos mesmos números, porque, na minha cabeça, claro, minha brilhante ideia renderia boas risadas. Levei os 2 papeizinhos (o resultado do sorteio e minha aposta) para a agência novamente. Ainda ninguém tinha dado as caras. Como sabia onde o pessoal guardava os papeis das apostas, coloquei o jogo que fiz no meio do bolinho e deixei o papel do resultado à parte.<br /><br />O pessoal foi chegando e quase ninguém deu bola pros jogos. Da minha mesa, eu ficava observando tudo, até que um cara, o Daniel, começou a conferir. Como eu realmente queria deixar o cara feliz, coloquei a aposta que fiz naquele dia por último do bolinho, que deveria ter umas 40 apostas. Coitado, a cada volante (sim, esse é o nome dos papelzinho com as apostas lá, rs) que ele passava, eu notava a cara de desolação dele. Bem triste. Foi quando ele chegou ao último papel. Já quase dormindo em cima do papel, vi ele riscando 1, 2, 3, 4, 5, 6 números. Ele deu um pulo e conferiu de novo. Esfregou os olhos e conferiu de novo, hahahaha. Tava ridículo, mas eu tava me divertindo. Deu um toque no cara do lado, o Rogério, pra conferir também. Ele olhou, conferiu e gritou: “PUTA QUE PARRRRRRRRIUUUUUUUUUU, TAMO RICO, PORRA”. Subiu na mesa, abaixou as calças e começou a fazer girocóptero com o pau. Enquanto isso, o Daniel pegou o telefone e ligou pra casa chorando, berrando que tinha ganho na Mega-Sena. Óbvio que isso gerou um burburinho em toda a agência e todo mundo veio ver o que estava acontecendo. Uns 20 caras faziam esse esquema de apostar conjuntamente. 8 deles, logo que souberam, não hesitaram: correram para o chefe e mandaram ele tomar bem no olho do cu e enfiar todas as planilhas do Excel na buceta da arrombada da mulher dele. No meu canto, eu ria que nem um filho da puta. Caí da cadeira de tanto rir. Todos parabenizando os ganhadores (leia-se: falsidade reinando, quero um pouco do seu dinheiro), com uns correndo pelados pela agência e outros sendo levados pela ambulância para o hospital devido às fortes dores no coração que sentiram com a notícia.<br /><br />Como eu não conseguia parar de rir, uma vaquinha (leia-se: mulher) veio perguntar do que eu ria tanto. Eu disse: “puta merda, hahahahahahahaha esse jogo que hahahahahahaaha ele conferiu hahahahahaha eu fiz hoje de manhã hahahahahahaahahahahahaha”. A vaca me fuzilou com os olhos e gritou que nem uma putalouca: “PAREEEEEEEEEEM TUDO, ESSE JOGO FOI UMA MENTIRA. UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO DO ESTAGIÁÁÁÁÁÁÁRIO, AINDA POR CIMA.” Todos realmente pararam olhando pra ela. Alguns com cara de “quê?” e outros com cara de “ela tá brincando”. O cara que tava no bilhete na mão, cujo nome desconheço, olhou o papel e viu que a data do jogo era de 27/03. O silêncio tava absurdo e só eu continuava rindo. Ele só disse bem baixo: é… é de hoje. Nesse momento, parei de rir, porque as expressões de felicidade mudaram para expressões de ‘vou te matar’. Corri… corri tanto que nem quando eu estive com a maior caganeira do mundo eu consegui chegar tão rápido ao banheiro. Me tranquei por lá ao som de “estagiário filho da puta”, vou te matar, desgraçado” e “vou comer teu cu aqui mesmo”. Essa última foi do peladão, hahahaha.<br /><br />Eu realmente tinha conseguido o feito de deixar aquelas pessoas com corações vazios, cheios de nada, se sentirem feliz uma vez na vida. Deveriam me dar uma medalha por eu conseguir aquele feito inédito. Mas não… só tentaram me linxar e colocaram um carimbo gigante na minha carteira de trabalho de demissão por justa causa. Belos companheiros!<br /><br />Pelo menos levei mais 8 neguinho comigo, hahahahaa. Quem manda serem mal educados com o chefe. Eu não tive culpa alguma na demissão deles. Pena que agora eles me juraram de morte, hahahaha… tô rindo de nervoso. Falei aqui em casa que fui demitido por corte de verba (consegui justificar dizendo que mandaram mais 8 embora, rs) e que as ligações que tenho recebido são meus amigos da faculdade passando trote, hehehehe. Eu supero isso vivão e vivendo, tenho certeza.<br /><br />É, amigos, descobri com isso que não se pode brincar em serviço mesmo.<br /><br />:/<br /><br /><a href="http://teletube.wordpress.com/2009/03/30/fui_demitido/">teletube</a>Janhttp://www.blogger.com/profile/15668685491556828164noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-23311826501239455082009-03-30T23:43:00.003-03:002009-04-07T22:55:25.262-03:00Ao menino com chapéu de caubói na porta da geladeiraVai chegar um tempo em que você vai descobrir que já é muito velho para ser o Batman ou o Homem-Aranha. Vai chegar um tempo em que até os seus sonhos mais singelos e mais fáceis de realizar serão abalados e, ao pular do telhado, com o guarda-chuva aberto, você vai quebrar a bunda.<br /><br />Pouco adianta a revolta. Espernear é para os bichos de muitas pernas e você só tem duas. Se preciso, use-as para correr, fugir ou ganhar impulso para pular sobre o buraco. Eu lembro quando você caiu na valeta e ficou coberto de, bem, coberto de lama.<br /><br />A vida é isso aí, isso que se apresenta. O mundo está cheio de gente ruim se dando bem e cheio de gente boa se dando mal. Nem sempre o final é feliz, embora a gente quisesse que fosse.<br /><br />Lembre que quando chegar o tempo em que você descobrir que tem amor, há a grande possibilidade de você o querer dar para quem não o quer ou, pior, para quem não merece. Não importa. Ele é seu. Não importa para quem o dê, sempre será seu. Acima de tudo, economize essa palavra que, falada em excesso, deixa um gosto de merda na boca. Aja mais. Fale menos. Melhor assim.<br /><br />E é difícil entender como alguém poderá recusar o que você tem de mais legal para oferecer. Não se iluda, vão recusar. E é mais difícil ainda de admitir que nos enganamos e que demos pérolas aos porcos. Os porcos em geral, é bom que você saiba, têm a barriga cheia dessas preciosidades. Não ligue.<br /><br />Não desista. Certas coisas precisam ser exercitadas o tempo todo para não atrofiar. O coração, por exemplo, é um músculo que não tem férias. Eu sei que parece pouco bonito enxergar no coração um órgão muscular cheio de sangue e não como uma manifestação mais etérea, atravessada de flechas ou outra bobagem. Nada de errado nisso. Portanto, antes de ser um poeta, seja um atleta.<br /><br />Vai fazer diferença na cama. Mas seja também um poeta.<br /><br />Logo, faça poemas. Escreva muito. Poesia é a salvação. Mas saiba que fazer poemas é a maior perda de tempo a que você se dedica. A vida vai continuar a mesma. Com contas para pagar e tudo, e cachorros que podem morder seu calcanhar. Uma fotografia pode ser mais bonita que a paisagem. Mas a vista da janela não vai mudar por causa dela. Poesia não faz ninguém se sentir melhor. No máximo, serve de placa de alerta na beira da estrada ou de quadro na parede. Estética não tem a ver com a felicidade, diretamente. Pode ser - repito, pode ser - apenas uma de suas expressões. Estética tem a ver certamente com energia, mas há muita energia tanto nos momentos bons e fluidos quanto nos momentos difíceis e encalhados.<br /><br />A solidão, por exemplo, também tem seu charme, sua estética. Admire os solitários e veja como são poderosos. Alguém disse - Ibsen, eu acho - que o homem mais forte é o que está só. E, no entanto, ainda que fortes, ainda que charmosos, os solitários preferiam não sê-lo. Sim, a solidão tem seu charme. É uma pena que não tenha ninguém por perto para admirá-la.<br /><br />Haverá o tempo em que você vai se questionar sobre as escolhas. E outros, mais jovens e imaturos, vão questionar como você, já nessa idade avançada - não importa qual seja -, pode ainda ter dúvidas, sem saber que eles mesmos as terão, as mesmíssimas dúvidas.<br /><br />Esses questionamentos serão como pedras que lhe atiram durante toda a vida. Não se culpe. Saiba que o tempo vai seguir o seu curso inevitavelmente. Daqui a cem anos, as perguntas vão continuar as mesmas. Só mudarão as vítimas de suas interrogações.<br /><br />Se fôssemos eternos poderíamos acompanhar essa rotina sem fim e perceber, sentir, que na verdade ela não importa. As pedras formam montanhas, as montanhas fazem cordilheiras e as cordilheiras, a geografia louca desse mundo em que ninguém se encontra direito e em que se prefere fazer perguntas sobre as escolhas alheias.<br /><br />Alguma vez você vai achar que encontrou alguém e talvez encontre mesmo. Insista nessa busca. Mas lembre de fazer o mínimo de perguntas.<br /><br />Ninguém é capaz de provocar mudanças em sua vida a não ser você mesmo. Seja responsável por todos os seus atos nobres e também por suas cagadas.<br /><br />Por falar nisso, acredite quando alguém diz: “Fiz uma cagada em minha vida”. Ninguém usa a expressão “cagada” impunemente. Quem a diz é porque, em geral, está assumindo uma grande responsabilidade a respeito de algo que aconteceu. Uma “cagada” está para a vida do indivíduo como um cataclismo está para a natureza.<br /><br />Já ouviu falar de Cracatoa? Cracatoa simplesmente sumiu. Às vezes é isso o que acontece. Temos vulcões, ilhas, penínsulas em nossa história. Fazemos algumas coisas inocentemente e mandamos tudo pelo ar. Às vezes não temos condições de prever as conseqüências de nossos atos mais simples. Há muita sabedoria em aprender a prevê-las. Aprenda, portanto.<br /><br />Olha. Esqueça essas bobagens que eu disse a você. Vá se divertir. Eu tenho que salvar Gotham City.<br /><br />Alessandro Martins, no <a href="http://www.cracatoa.com.br/">cracatoa simplesmente sumiu</a>Janhttp://www.blogger.com/profile/15668685491556828164noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-16307607923822345952009-03-26T09:37:00.001-03:002009-03-26T09:38:50.412-03:003 passos de etiqueta para Ex-Namorado OnlineTem um ex meu online há horas e eu realmente não queria puxar conversa, só queria saber o telefone dele. Eu explico, perdi a minha lista de contatos da agenda - em um ato de puro virgianismo da minha parte - tentando organizá-la. Daí o ex tá online, eu só queria o telefone dele porque é o último que tá faltando, só que não vou simplesmente perguntar e parecer que eu tô querendo retomar qualquer coisa porque broder... nem tô não.<br /><br />É que tratar com ex na internet é sempre uma grande confusão. Eu, por exemplo, viro o rei da mensagem subliminar online com ex, logicamente na ocasião certa e a ocasião certa é quando o ex acabou de virar seu ex. Depois disso a melhor atitude é ignorar (que é o meu caso agora), mas antes o seu Messenger vira a ferramente ideal pra mandar o seu recado sem verbalizar, funciona assim em 3 simples passos:<br /><br /> * Avatar: Avatar é sua fotinha no Messenger. Assim que você ganha um ex ela deve ser mudada urgentemente para alguma foto de ocasião festiva que é pra imprimir desapego. E por ocasião festiva eu não me refiro a festas de família ou de formatura, tem que ser em um lugar que não corresponda a cidade onde você vive e sempre na presença de alguém do mesmo sexo (no meu caso e... ah no de vocês também!).<br /><br /> * Online/Offline: Se você precisa retomar algum assunto pendente com o seu ex e não quer ser aquele que vai puxar a conversa, é importante deixar bem claro que você acaba de entrar online. E se ele não perceber a sua entrada você aciona a ferramenta ficar invisível, conta até 15 e volta visível de novo. Você pode fazer isso umas 3 vezes, mais do que isso já parece um pouco de desespero de atenção. Se ele perguntar o porquê de tanto chove-não-molha você diz, "Ih, loucura minha conexão, tá caindo direto, mas aliás e ________ (insira aqui seu assunto pendente com o ex).<br /><br /> * "O que eu estou ouvindo": Essa idéia do "olha o que eu tô ouvindo agora" funciona bastante se você quer mandar um recado velado pro ex. Uma vez eu coloquei Lulu Santos - Assim Caminha a Humanidade e fiz dos versos de Lulu os meus ("Não te quero maiiiiiiiiiisssssss, não maissssssssssss, yeaaaaaaaaaaaaaah"). Se bem que eu não sei se fui muito feliz na minha escolha de música, porque sempre há o risco de transparecer um certo mal gosto, já que as melhores músicas pra esse tipo de coisa são as mais cafonas (vide I Will Survive e Por Causa de Você da Kelly Key, aliás, taí um musicão!).<br /><br />Lembrando sempre que esses passos só devem ser tomados assim que você acabou de terminar o relacionamento e está naquela fase de anestesia do senso do ridículo, então dá pra fazer tudo aí o que foi citado anteriormente sem medo de parecer patético.<br /><br />didi ferreira, no <a href="http://mtv.uol.com.br/gayblog/blog/3-passos-de-etiqueta-para-ex-namorado-online">gay blog</a>Janhttp://www.blogger.com/profile/15668685491556828164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-5727354195605621112009-03-22T01:16:00.002-03:002009-03-22T01:23:01.858-03:00Tirou finoBem que eu tinha sentido algo no ar.
<br /><div style="font-family: arial;">
<br />Li, um tiquinho aterrado (aterrado é a palavra certa), que, na penúltima segunda-feira, um asteróide raspou a superfície da Terra, passando a uma distância de 72 mil Km - alizinho, o termo técnico em linguagem científica-espacial. Um fio de cabelo galáctico.</div><div style="font-family: arial;">
<br /></div><div style="font-family: arial;">Pra se ter uma idéia melhor: na comparação da reportagem, se o coração de um humano adulto fosse do tamanho da Terra e o asteróide, um projétil de revólver, o tiro acertaria a coxa. Com o potencial destrutivo de 1000 bombas nucleares.
<br /></div><div style="font-family: arial;">
<br /></div><div style="font-family: arial;">Como o pedregulho tinha entre 21 e 47 metros de diâmetro, só foi possível detectá-lo dois dias antes de sua aproximação. </div><div style="font-family: arial;">
<br /></div><div style="font-family: arial;"><div>E você, aí, sem saber de nada. Alheio a eventos cósmicos de suma importância e de seu interesse, se preocupando com a zaga do Galo ou se vai chover no sábado.
<br />
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///D:%5CDOCUME%7E1%5CAmorada%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///D:%5CDOCUME%7E1%5CAmorada%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///D:%5CDOCUME%7E1%5CAmorada%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Arial","sans-serif";"><a href="http://boemiosnodiva.blogspot.com/">Boêmios no divã</a><o:p></o:p></span></p> <meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link style="font-family: arial;" rel="File-List" href="file:///D:%5CDOCUME%7E1%5CAmorada%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link style="font-family: arial;" rel="themeData" href="file:///D:%5CDOCUME%7E1%5CAmorada%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link style="font-family: arial;" rel="colorSchemeMapping" href="file:///D:%5CDOCUME%7E1%5CAmorada%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} </style> <![endif]--> </div></div>Janhttp://www.blogger.com/profile/15668685491556828164noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3980435.post-26765325943393594062009-03-01T12:33:00.000-03:002009-03-01T12:35:47.809-03:00Vamos parar de falar merda sobre o Bolsa-Família?Detesto falar de pobre. Mas as circunstâncias às vezes me obrigam. Como o que se segue está pessimamente escrito, e eu não vou revisar porque tenho mais o que fazer no sábado à noite, vai tudo na extended entry para não enfear o blog<br /><br />O que é o Bolsa-Família, esse programa abraçado pelo Banco Mundial e pelo Consenso de Washington? É claro que não vou fazer um post preciso e didático, porque ia ficar mais chato ainda e eu acabaria não fazendo. Bem, o BF tem um quê de Milton Friedman: dê dinheiro ao sujeito e não coisas (comida, por exemplo) que você acha que ele necessita. O miserável sabe usar muito melhor o dinheiro em benefício próprio, comparado com o que você daria a ele usando o mesmo dinheiro. Isto é um aspecto.<br /><br />O outro é o seguinte. Nos anos 60 e 70, quando nossa população explodiu, o Brasil optou por grandes obras e otras cositas más em detrimento da educação das massas que surgiam. Criamos, com isto, um enorme contingente de sujeitos sub-educados e ineptos a sobreviver dignamente no capitalismo, que continuaram a se reproduzir, chegando até a massa atual de sujeitos sub-educados e ineptos a sobreviver dignamente no capitalismo.<br /><br />O custo de pegar um sujeito destes, a partir dos 18 anos de idade, e transformá-lo num cara minimamente educado e apto a sobreviver dignamente no capitalismo provavelmente daria para pegar 500 crianças de 3 meses em lares de analfabetos e miseráveis e, dando – digamos – dois ou três anos de atenção especial intensiva a elas nesta tenra idade, criar uma grande probabilidade de que a maioria delas, quando crescer, se torne minimamente educada e apta a sobreviver no capitalismo, mesmo que, depois daquele programa intensivo, continue a morar no contexto miserável em que nasceu. Isso está praticamente provado, ok?<br /><br />Ora, você não vai gastar os recursos públicos escassos tentando – a um preço caríssimo, e com opções de gasto tão mais atraentes quanto a descrita acima – transformar adultos sub-educados e ineptos a sobreviver dignamente no capitalismo em adultos minimamente educados e aptos a sobreviver dignamente no capitalismo. A menos que você seja uma besta, você vai investir nas crianças, e quanto mais cedo, melhor.<br /><br />Então, o que fazer com esta massa de adultos sub-educados e ineptos? Até os anos 90, a opção foi a de deixar eles se foderem. Aí entram dois aspectos. O primeiro é moral e político (no sentido nobre da palavra). A sociedade brasileira falhou com estes caras, ao deixar que crescessem sub-educados. Agora, ela tem uma obrigação moral de garantir que eles tenham um mínimo de dignidade até morrer. O BF é em grande parte isso: um mínimo, pequenininho mesmo, que você dá aos ineptos porque um país decente responsabiliza-se por todos os cidadãos. É muito barato e não dá para comparar com o custo caro, e com o foco rombudo, das aposentadorias que no fundo são benefícios sociais dadas a idosos e supostos idosos no valor de um salário mínimo. So, voltando ao BF, a tal porta de saída para os adultos não é tão importante quanto dizem. É claro que se deve tentar. É claro que vamos dar a eles alguns instrumentos para ver se saem da inépcia. Mas não esperem grandes coisas. O Brasil já fodeu com estes caras quando eles eram criancinhas. O BF é um preço pequeno a pagar (e é pouco mesmo, em termos fiscais) para o crime de ter gasto na construção de Brasília o que não se gastou para educar a molecada em plena explosão populacional.<br /><br />Bem, o segundo aspecto é sócio-econômico. Estes ineptos são pais de crianças que potencialmente podem não ser ineptas. É por isto que há condicionalidades educacionais e de saúde. Para que as crianças dos ineptos consigam ser minimamente educadas. As condicionalidades, especialmente as de educação, estão sendo paulatinamente implementadas. É um desafio logístico e de sistemas gigantesco. É um problema eminentemente técnico. Se você vir dois gerentes do BF conversando sobre cadastro e condicionalidades, e se você não for familiarizado com estatística e sistemas de computação, não vai entender xongas. Não tem nada de frei Beto e das emoções baratas da solidariedade. É um papo técnico chato e pesado pra chuchu.<br /><br />Um aspecto pouco entendido do BF, como gosta de frisar o Ricardo Paes de Barros, mencionado pelo Matamoros, é que a merreca que as famílias recebem às vezes é o que as tira do caos da indigência e permite que haja um mínimo de estabilidade no processo educacional das crianças. É a menina de 8 anos que não precisa faltar escola para cuidar do irmão de 4 quando a mãe fica doente, é a mãe que pode andar todo o dia com o filho até o distante ponto de ônibus (já que não precisa fazer um bico nessa hora), é o dinheiro do transporte, do material escolar, etc. O fluxo regular de grana do BF dá um mínimo de organização a estas famílias, que elas não teriam se dependessem apenas dos ganhos muita vezes irregulares dos trabalhos miseráveis. O Paes de Barros compara o BF a uma bolsa da Capes ou do CNPq, que é uma grana que permite ao mestrando ou doutorando estruturar a sua vida para se dedicar ao estudo. O BF é uma bolsa que permite ao pobre e miserável estruturar a sua vida para que suas crianças se dediquem ao estudo.<br /><br />Bem, as pesquisas indicam que a tal substituição de trabalho por BF (a mãe e o marido param de trabalhar), apontada pelo Jarbas Vasconcellos quando chegou no seu restaurante predileto e não encontrou os serviçais de costume, é muito pequena ou inexistente. Na verdade, a substituição seria até boa até certo ponto, porque, ao rarear a oferta de trabalho nas profissões mais humildes, ela elevaria salários. Ela poderia também eliminar, ou reduzir muito, as ocupações aviltantes, tipo trabalho escravo, ou nas piores usinas de açúcar, etc.<br /><br />As pesquisas também indicam que o BF é um dos programas do gênero no mundo com o menor nível de fraudes. Fraudes existem em qualquer programa social, seja no Congo ou na Suécia. Com 11 milhões de famílias beneficiárias, se todo o dia o Jornal Nacional mostrasse 1000 casos novos de fraudes no BF, ainda assim, em termos estatísticos, o BF ainda seria um dos programas de gênero com menos fraude no mundo.<br /><br />Bem, enchi o saco de escrever sobre pobre. Arre!<br /><br /><a href="http://atorredemarfim.apostos.com/">torre de marfim</a>Henriquehttp://www.blogger.com/profile/06565497315520849224noreply@blogger.com3