28.11.03

E se eu te disser me inaugura, me inicia, me estréia nova e viva, me desvirgina pra vida, me traz de volta à tona, tu me trarias? Se eu te pedisse para me fazer tua, para seres meu, se eu te implorasse a minha entrega inexorável a bem de ti mesmo, tu te sentirias à altura dos meus cimos, dos meus cumes, te arriscarias entre os meus despenhadeiros, nas corredeiras dos meus rios, nas profundezas dos meus oceanos? Tu serias grande o suficiente para me acolher nos braços, fazer de mim tua fêmea, cobrir os meus cios, matar minha fome, me fazer bastar? Sim, há o que temer. Mas há o que gozar, o que parir, o que andar, o que sonhar, o que sofrer, o que amar, o que viver. Se eu te pedisse permissão para te amar, tu me darias?

Não Discuto

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