21.8.05

02.08.2005

Vem depois da noite, do hálito bêbado, dos pequenos insetos cegos, depois da madrugada, dos lençóis desfeitos, da nudez desamparada, depois dos pesadelos, do sapato no caminho, da janela batendo, do copo vazio, do pensamento que volta, depois do suor, do frio, da freada no asfalto, da coberta caída, depois da hora avançada, dos estampidos da rua, do gato no cio, das contas a pagar, vem depois, bem depois, vem me acordar e fazer só pra mim um mundo recém nascido.


Não Discuto, por Patrícia Antoniete

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