8.9.04

Não te cantarei uma canção de ninar, não te desejarei boa noite entre lençóis brancos sem máculas do dia. Não te prometerei tirar pra dançar antes que anoiteçam nossas monotonias. Não tomarei tua mão de assalto num trem de hipocrisia, não te darei um bote entremeios de alegrias. Não te farei promessas, compressas, não me esvairei depressa fugindo da letargia. De mim, pra ti, há pouco que te daria. Te daria as felicidades guardadas para aqueles que desafiam a rotina com espadas de-lírios, meu sorriso mais doce temperado de lágrimas de menina, todos os meus suspiros pousados na cortina, uma caixa de mágoas (cada vez mais raras e cada dia mais vazia), meu ventre para gerar teu filho. Te prometo só meu dote pouco, meu desejo grande, meu amor leve num sopro.

Não Discuto

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