9.12.02

Esse causo rolou na noite de sexta-feira quando estava eu e Marquitous num bar na Asa Norte.
Lá pelas 23h toca o meu celular, uma ligação do Rio de Janeiro. Pensei : "é alguém fazendo alguma coisa que gosto muito querendo me zoar". Errei e errei feio. Era uma amiga minha em pânico.

Ela: (chorando) Socorro. Me ajuda!
Eu todo preocupado: Peraí, como? O que aconteceu?
Ela: Entrou um morcego no meu quarto!
Eu: Calma, é só chegar lá e tirar ele. Pronto.
Ela: Mas eu tenho pânico de morcego. Descobri agora.

Ela estava em prantos, com medo de abrir a porta e o mané do bichinho voasse pra dentro do apartamento. Eu amo essa menina, mas uma situação dessas é demais pra minha cabeça. Então sugeri que ela ligasse pros porteiros para que alguém tirasse o quiróptero de lá. Dizia que nao podia ligar pq estava sem roupa e se escondeu no quarto da mãe, que ia chegar logo e obrigá-la a dormir na sala (com a possibilidade de um ataque do morcego). Após fazer ela lembrar que podia usar uma roupa da mãe, acertou-se que ela chamaria os nobres companheiros da portaria. Combinamos isso e se ela tivesse mais algum problema iria me ligar outra vez.

Passaram quinze minutos, fiquei curioso e liguei pra ela. "Acabei de pagar o maior mico da minha vida. Pedi ajuda aos porteiros que, quando chegaram aqui, já nao tinha mais o que fazer!", reclamou comigo. O mané do bicho alado já havia vazado pela mesma janela que entrou.

A cerveja? Ah, ela tava sobre a mesa (aqui em Brasília e não no Rio, a esses tais mais de mil quilômetros de distância), mas tomei cuidado de não deixá-la esquentar. Antes que qq ligaçao improvável viesse, tratei de virar logo o copo pra ajudar a ficar pensar melhor.

causo do Preto, Pobre e Suburbano

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