31.1.03

3:39 abro os olhos
Banheiro
xixi
cama
viro para um lado
viro para o outro
...
continuo virando...
levanto de novo
tiro o pijama
coloco outro pijama
volto para a cama
viro para um lado
viro para o outro
...
continuo virando...
levanto
vou lavar roupa

Sim, acreditem! Às 4:00 da matina lá estava eu separando roupa para colocar na máquina! Aí começo:
"Será que o vizinho de baixo vai acordar?"
"Será que o vizinho de baixo vai reclamar?"
"O que eu estou fazendo não é contra as normas do condomínio..."
"Claro que não! Eles não imaginaram que nenhum demente iria decidir lavar-roupa a essa hora"
"Ah... mas eu coloquei no molho... até começar a bater a roupa mesmo já vão ser 5:00 da manhã... um horário razoável né.."
"Depois disso vai passar a constar no condomínio que é proibido lavar-roupa no meio da noite!"

Vou para o sofá
Ligo a TV
Rebobino a fita
Assisto 8 Simle Rules
"Pô... tá fazendo barulho..."
Volto para a cama
viro para um lado
viro para o outro
...
continuo virando...
volto para o sofá e acordo às 7:20
atrasada...

(...)

Eu fico muito, mas muito feliz mesmo que eu jamais tenha utilizado drogas na minha vida. Fico feliz por que, só assim, eu tenho certeza de que essas loucuras que passam pela minha cabeça são naturais e não derivadas do uso abusivo de entorpecentes.

Ontem dormi, por opção, no chão da sala. Sou incapaz de explicar a razão pela qual decidi dormir ali... só sei que eu não queria ir para a minha cama... extendi um edredon em cima do tapete da sala, me cobri com o edredon da cama, peguei meu santo travesseiro e capotei. Dormi muito bem aliás... o que só torna tudo ainda mais estranho... eu ando estranha... não levantei para lavar nada no meio da noite mas, sem conseguir definir por que, tenho certeza de que se tivesse ido para a minha cama não teria conseguido dormir.. Mais doido foi o sonho que eu tive... eu acho que sei o que ele significa mas, a certeza só virá na quarta na minha terapia.

chooops doo oooooooops!

Esquimó: Se eu não souber sobre Deus e pecado, eu vou para o inferno?
Padre: Não, não se você não souber.
Esquimó: Então por que você me contou?

irmãos, Entrai, pois aqui também há deuses... na Agnósticos Home Page

Enquanto esperava para ser atendida na AACD, na segunda-feira, observei as pessoas que estavam por lá, a maioria crianças com seus pais. Vi crianças sorridentes em cadeiras de rodas, crianças em andadores, reaprendendo a andar, vi um toquinho de gente, devia ter uns dois anos, andando ligeirinho aos pulos, com suas muletas, com um jeitinho de sapeca. Pouco antes de virmos embora, resolvi ir até o final do corredor, onde pensei haver uma lanchonete. Ao atravessar a porta, foi como se voltasse no tempo. Estava novamente no saguão, por onde tantas vezes passei e onde fiz minha primeira comunhão. E, em frente a ele, o refeitório, onde nós, crianças semi internas e internas, almoçavámos todas juntas, todos os dias e onde aconteciam as festas de dia da criança e Natal. Pude me ver ali, criança, entre tantas outras crianças, numa mesa comprida, esperando pelo almoço. Lembrei-me das sextas-feiras, quando serviam pirão de peixe. A sexta era o dia de minha revolta. Eu detestava pirão, preferia passar fome a comê-lo. Mas minha revolta era porque nas mesas ao lado, mesas dos adultos, a sexta era o dia da pizza. Os adultos podiam comer pirão se quisessem, mas tinham a pizza como opção, mas a nós crianças, só restava o pirão.

No final do corredor da área escolar existia uma rampa, que dava acesso àquele saguão e refeitório. Quando fui procurá-la vi que a haviam bloqueado na metade, com uma parede. Senti um aperto quando vi aquela parede no meio da rampa que tantas vezes subi. Eu era meio preguiçosa e não gostava de subir rampas, a cadeira ficava pesada e tinha que fazer muita força. Sempre que podia pegava "carona" com algum andante que estivesse subindo. Não gostava de subí-las, mas adorava descê-las. Descia as rampas praticamente sem segurar nas rodas, apenas o suficiente para ir em linha reta. A cadeira descia muito rápido e por várias vezes eu batia na parede em frente ao pé da rampa, porque não conseguia frear a tempo. Eu me divertia fazendo isso.

Tinha um amigo, o Jadir, ele não tinha os braços. Estávamos sempre juntos no período da tarde e nos ajudávamos. Ele me ajudava a subir as rampas e eu o ajudava no que ele precisasse, costumava ajudá-lo na hora do lanche, colocando a comida em sua boca. Quando eu queria ir "lá em baixo", chamava o Jadir. Nem sempre ele queria ir comigo, mas eu acabava convencendo-o. Passeávamos pelo bazar e eu namorava um gatinho verde de plástico com rodinhas. Um dia, Jadir comprou o gatinho e me deu de presente. Fiquei tão feliz! Adorei o gesto dele de me presentear com algo que eu namorava, mas não havia pedido. Éramos companheiros em tudo. Gostávamos de brincar de bola, ele chutava e eu pegava. Juntávamos braços, mãos (meus), pernas e pés (dele) e nos completávamos.

Fui semi interna na AACD por dois anos, chegava às sete da manhã e saía às cinco da tarde. Minha vida acontecia lá. Foi onde aprendi que minha independência dependeria de mim, que deveria fazer todas as coisas que eu achasse que podia e a não ter medo do mundo fora de lá, pois, desde o primeiro dia, sabia que seria um período passageiro, mas essencial ao resto de minha vida.

navegando com a Maré

Meu isqueiro com garantia de uma vida inteira se recusa a acender. O homem sentado à minha frente oferece fósforos. Em silêncio, aceito, acendo e devolvo. Ele diz qualquer coisa sobre os efeitos nocivos do cigarro e empurra um cinzeiro em forma de casa para o meu lado da mesa. Ei, não se preocupe doutor, nós temos garantia de uma vida inteira.

extrato do FDR

CONDIÇÕES HUMILHANTES PARA AS FLORES

(retirado do “P’ingshih”, livro sobre a forma de se arranjar flores, escrito no século XVI por Yüan Chunglang)

O senhor que recebe visitas constantemente.
Um servente estúpido que coloca ramos em demasia e transtorna a decoração.
Monges ordinários que falam zen.
Meninos cantores.
Cantigas de Yijang (Kiangsi)
Mulheres feias que colhem flores e adornam os cabelos com elas.
Discutir promoções e baixas oficiais.
Falsas expressões de amor.
Poemas escritos por cortesia.
A família que faz contas.
Escrever poemas consultando dicionários de rimas.
Livros em mau estado largados à toa.
Agentes de Fukien.
Pinturas apócrifas de Kiangsu.
Excrementos de rato.
Quando o vinho termina antes de começarem os jogos-de-vinho.
Um escrito sobre a mesa, com frases como “o purpúreo ar matinal” (comum nas loas imperiais).

Nota do autor (eu, Alexandre) - Não faço a menor idéia do motivo pelo qual os agentes de Fukien são desprezíveis, mas eu os desprezo profundamente. Ah, outra coisa. Lin Yutang não é mais levado a sério por mais ninguém hoje em dia; o que é mais um motivo para amá-lo.

Alexandre Soares Silva

O mendigo do guardanapo

Ele sempre aparecia lá no café, pegava a "televisão" de guardanapos, punha na cabeça e dava uma sambadinha. Catava um monte de guardanapos e ia embora dando risada. Depois da terceira vez que ele fez isso, resolvi perguntar:

- Por que você faz isso?
- ahahahaha.

Mas não havia diálogo possível. O cara é doido.

Eu achava que, sendo mendigo, deveria precisar de papel para, bom, vocês sabem. Mas não, na verdade ele utiliza os guardanapos para fins mais nobres. Entrou uma vez lá, pegou um guardanapo e começou a enrolar um baseado, na minha frente, na frente de todo mundo.

- Dá pra ir enrolar isso lá fora?

Ele foi e depois disso, tudo começou a fazer sentido. Isso explica porque ele dança com a televisão na cabeça, porque ele usa casaco num calor de 40 C e anda sem camisa no inverno. Também explica porque nunca se entende o que ele diz.

Uma vez eu estava meio entediada e pensei em propor uma troca pra ele. Sei lá, uns 50 guardanapos por um baseadinho. Então, quando ele apareceu para pegar os guardanapos, eu disse:

- Você tem um baseado aí?

Ele me olhou como se eu fosse uma criminosa, uma marginal, mesmo, e foi embora. Caraca, que fim de linha o meu hahahahhaha.

Hoje em dia, já me acostumei com ele. O Careca 2 fica lá na frente e não deixa ele entrar mais, mas quando ninguém está olhando ele vem, eu já pego um guardanapo e dou pra ele. Nem há mais necessidade de showzinho e tentativas de diálogos.

adendo do Blog-lossário da Ilha de Ursos

Bom, esse foi um golden triste, triste... Uma coisa deplorável que eu fiz com o meu corpo, amigos, me entregando à lascívia de uma baranga-bêbada-frequentadora-da-porra-do-Mariuzinn...

Mas, tomem no cú certo? Quem nunca, depois de muito comer água, não chamou meu urubu de meu louro?

Então, estava eu lá na porra do Mariuzinn em uma época que muito frequentei o recinto. Era sempre aquela mesma merda: a velha decrépita da entrada me pedia o nome, eu pegava a cartela e entrava, indo direto pro balcão onde o seu Mário, com sua indefectível peruca, me servia um goró dos bons; eu pegava uns salgadinhos di-gratis e dava uma bizoiada na fauna, composta por vadias e viados em sua maioria.

Pegar mulher na porra do Mariuzinn é fácil, o foda é que eu nunca dei uma certa lá. Sempre vem mulher torta pro meu lado...

E do meu lado estava ela: a gorda do Mariuzinn. Devia ter seus 35 anos. Eu, com meus 25, considerei-a, com isso, coroa. Era loura de verdade, com sardinhas no dorso e tudo. E gorda... Mas não aquele tipo de gorda que é bonitinha e, com todas aquelas carnes, gostosinha. Nem peito grande a bisca tinha!

Pois bem, ela parou na minha frente e ficou me olhando. Eu, doidão por ter tomado umas coisas lá fora no boteco, caí matando. 20 minutos depois estava saindo da porra do Mariuzinn com a dita cuja.

Nessa época eu estava “separado” e, com isso, sozinho em meu lar em Botafogo. Mas não quis levá-la pra lá. Isso seria sujo demais pois eu sabia que não ia ficar nessa condição de solteiro muito tempo. E como eu não dei essa idéia pra ela, a dita me deu a dela:

- Vamos em um hotelzinho aqui em Copa que eu conheço.

E lá fomos nós... Pegamos um taxi (que ela pagou) e eu já fui armando o golpe quando ela me perguntou se eu tava com dinheiro pras despesas de hotelaria:

- Tô sem grana nenhuma. Mas a gente passa no caixa do Itaú que eu tiro.

Chegamos no caixa, naquele banco que fica perto da Praça do Lido, e eu fiz o meu teatro, saindo irritado do banco:

- Puta merda! Não depositaram o dinheiro! Que filhos-da-mãe!

- Puxa! É mesmo?

- Pois é. Tô sem dinheiro nenhum... Não vou gastar o último que tenho no hotel, infelizmente... Vamos deixar pra outra vez.

Vejam, companheiros, a minha perspicácia. Entreguei na mão dela... Se não rolasse, eu não ia ficar triste (eu tinha noção que ela era baranga, não tava chamando cachorro de cacho); se ela topasse e fosse uma merda, pelo menos não ia gastar grana e ficar de todo arrependido.

Ela então me disse:

- Tudo bem, não tem problema... Eu pago!

E lá fomos nós pra porra do hotel que ela tinha falado, que era, nada mais nada menos (vejam vocês!), o famoso Hotel Diplomata localizado nas imediações da PêJota!!! Que bisca eu fui apanhar! Praticamente uma ex-puta decadente (se é que não era)...

Subimos e, juro amigos, no elevador, com aquela luz fosforecente avivando toda a belezura da criatura, me bateu uma vontade de refugar... Mas ela estava com tanta vontade que eu, bondoso, não quis lhe magoar. Entramos no quarto, ficamos pelados, eu botei a toca (que ela me cedeu, pra variar) e eu comi ela à 70% da potência.

Acabado o serviço, ela queria mais, para meu desespero... Aí não deu outra, eu arremeti:

- Vamos dormir só um pouquinho então...

- Então é melhor a gente ir pra casa. Já tá clareando...

É incrível, amigos, como algumas mulheres são altamente manipuláveis a ponto de dizerem exatamente aquilo que a gente quer ouvir. Esse era o caso dela que, a essa altura, já tinha três qualidades: era mão aberta (pagou tudo), manipulável como eu já disse, e tinha uma buceta lourinha e quase sem pêlos, coisa muito rara de se ver e que, como acontecido com o Roberto, me emocionou.

Saimos então do recinto, amigos. Realmente já clareava o dia. Ela, toda apaixonada, me deu o seu telefone e pediu o meu. Eu lhe dei o do celular, tendo o cuidado de alterar os dois últimos dígitos. Ela falou que morava em Botafogo. Eu, pra evitar a sua companhia em um possível taxi comunitário, falei que morava no Leblon e que iria de ônibus mesmo. Ela entrou no taxi e foi embora. Eu peguei o telefone dela e joguei no lixo. E fim de papo. Chega da porra do Mariuzinn.

muita PUTARIA & ZOAÇÃO... Goldenboyz are in the house!

Blogues vizinhos, vocês são muito gente boa, eu adoro vocês e tal, mas sinceramente, vocês não entendem PORRA nenhuma de listinhas do tipo "eu já". Puxando aqui no pouco de memória que a bebida me deixou, resolvi fazer a minha própria listinha:

EU JÁ...

1] dei uns catos numa guria dentro do cemitério municipal.
2] protagonizei uma cena de pornô-soft em uma mesa de sinuca com um menor de idade.
3] fumei maconha no banheiro do trabalho na hora do almoço.
4] trepei com um cara de 31 anos que ainda morava com a avó.
5] fui pega no flagra, de sutiã cor de rosa, dando um trato num guri de 17 anos, na sala da casa dele, pelo irmão mais velho dele
6] e ouvi a frase: meu irmão mais novo, tá comendo uma guria mais velha, no chão da nossa sala! Ah não, vou ter que te cumprimentar maninho!
7] manipulei, comprei, fiz chantagem, promessas absurdas que nunca cumpri, e usei dos golpes mais sujos pra cima das minhas amigas só para levar carinhas bem bonitinhos para o apartamento delas, e comê-los em seguida
8] fui presa por estar bêbada demais, e fichada por vadiagem.
9] corrompi menores, aliás eu tenho muito apreço em fazer isso, iniciá-los na vida sexual, no mundo da cachaça, das drogas, do rock, enfim, nos bons costumes da vida.
10] tirei o cabaço de um guri, numa casa de madeira que gemia mais que uma velha reumática.

Pronto queridos, essas são as mais lights. Tem muita podridão, e a maioria eu faria tudo de novo, só não relato aqui, porque tem crianças lendo, horário impróprio, essas coisas...

(...)

Consegui dormir mais cedo, às 3 e pouco da madrugada, e também levantei mais cedo, às 8 horas. A manhã inteira vi desenhos animados, mas isso é sagrado. Aí meus pais acordam meio putos, porque eu dou umas risadas cretinas bem escandalosas, e até os caras do posto de gasolina escutam.

ventilado no Cata Vento & Montanha Russa

30.1.03

Fui uma péssima irmã. Dessas que ignora a existência dos mais novos, do "bom dia" ao "passa o sal". Era tão egocêntrica e metida a besta que quase não os vi crescer. Depois que saí da casa dos meus pais, passado o susto das primeiras contas que tiveram que ser pagas, me dei conta do quão relapsa e fria eu havia sido com meus irmãos.

Deu uma crise de arrependimento e tentei correr atrás do prejuízo. Convidei minha irmã para um café - ela achou que eu tinha surtado mas aceitou. Tentei aceitar as diferenças com meu irmão do meio e torná-lo menos distante do meu dia a dia e passei a dar mais atenção para o caçula que não desgrudava do meu pé.
De lá pra cá as coisas melhoraram muito. Na medida do possível, tentamos sobreviver aos vínculos familiares e perdoar os deslizes do passado. Mas, com meu irmão mais novo, a coisa às vezes sai do controle. Vira e mexe, brigamos de bater o telefone na cara um do outro, mando ele à merda todas as vezes que estou com o ovo atravessado e perco a paciência sempre que suas atitudes me parecem absurdas.

Sugeri, há alguns meses, que ele abrisse um blog. Eu, com meus planos megalomaníacos, achei que em breve ele poderia, com o blog, tornar um pouco mais concretos seus sonhos de trabalhar com música. Ele gostou da idéia, fez o blog, achou tempo no seu dia corrido para escrever, responder e-mails, conhecer as pessoas, visitar outros blogs e tudo mais. Foram dois ou três meses, se muito. No início ele queria tirar férias para se dedicar ao blog mas a agenda de trabalho não permitiu. Ele, que já andava estressado, piorou, mas continuou driblando a falta de tempo e cuidando de todos os compromissos que assumiu.

O mês de dezembro foi um desastre, bateram no seu carro quatro vezes. Na última, o motorista se aproveitou das circunstâncias e entrou com um processo para ser ressarcido pelos danos que, segundo ele, meu irmão causou. Estresse e injustiça aliados à sua falta de atenção, mas não vou bancar a irmã chata. Não hoje.
O fato é que, na última sexta feira, meu irmão conseguiu tirar alguns dias de férias. Chegou aqui em casa no fim do dia com uma expressão cansada, a voz meio rouca. Estava com uma boa grana na conta, suficiente para quitar os prejuízos do mês anterior e dar entrada num carro meia-boca que facilitasse o seu dia. Foi até o computador: correspondência atrasada e caixa postal cheia, velhos e novos comentários, velhas e novas amizades virtuais; há quase uma semana não atualizava seu blog.

Eu achei que ele tinha desistido, cheguei até a criticá-lo:
- Não vai mais postar nada não, é?
- Não.
- Humm...
- Eu não tenho mais vida. Nem durmo direito. Passo mais tempo pensando neste blog do que em qualquer outra coisa. Eu gostei de abrir o blog. Conheci muita gente legal por conta dele. Não vou parar de postar, mas não vou ficar escravo disso. Aliás, vou tirar a parte de comentários e toda aquela parafernália que me faz procurar um computador o tempo todo só para dar manutenção ao blog. Eu tô esgotado. Não vou fechar o blog, mas vou fazê-lo pra mim e não para outras pessoas.

Acho que foi a primeira vez que ouvi meu irmão com seriedade. Ele tinha razão, a mais pura razão. Ele voltou para o micro, ficou lá um tempo, escreveu por quase uma hora e em seguida apareceu na sala com cara de criança quando faz traquinagem.
- Que foi garoto? Que cara é essa?
- Vou pra Salvador.
- O quê?
- Vou pra Salvador. Embarco amanhã cedo de Cumbica, volto de ônibus, fico um pouco em algumas cidades do sul da Bahia, depois Rio de Janeiro e volto para São Paulo.
- E grana? E o carro? E o processo?
- Não me importo de ficar mais um tempo sem carro, não é o fim do mundo. O cara que me bateu está errado. Se ele quis entrar com um processo, isto é problema dele, não meu. Mesmo que eu tenha que pagar pelo que eu não fiz, esse é um problema menor e que eu só vou me preocupar quando tiver que pensar nisso. Eu sempre quis conhecer o nordeste, sempre quis fazer uma viagem dessas: sozinho, sem saber direito para onde ir, como vai ser, quem eu vou conhecer... essas coisas que você vivia fazendo, muito mais nova do que eu.

Levei ele no aeroporto no dia seguinte, orgulhosa pra caralho. Falei com ele por telefone dois dias depois. Era outro cara. Um cara confiante, sorridente, cheio de coragem e com a voz embriagada de uma felicidade que me soou familiar e distante. Deu um aperto no peito, deu saudade de mim mesma e de tantas outras viagens e pessoas que estacionaram nas lembranças da minha vida. Passou... dei com a minha cara cheia de lágrimas no espelho do banheiro e vi que passou. Foi bom ter passado... Não me sinto mais como a irmã mais velha, não me sinto mais como a irmã ausente, não os sinto mais como desconhecidos. Agora sou só a amiga e, por coincidência, a irmã.

sorvido do AMARULA COM SUCRILHOS

Pau no Cú do setor de Nefrologia do Hospital das Clínicas de Pernambuco.

é Pau no Cú

Desempregado é preso após tentar estuprar menina de 3 anos
Folha de Boa Vista, Roraima

O desempregado Francivan Patrício, 25, foi preso na manhã de ontem após tentar estuprar a menina C.S. de 3 anos dentro de sua residência. Segundo contou a mãe da menor, Maria Aparecida Carlos, 23, Patrício é marido de sua cunhada e vivem todos juntos na mesma residência. Na noite do crime ele teria chegado por volta de 4 horas da manhã embriagado e foi deitar junto coma a criança. "Lá tem dois quartos e a menina dormia em uma cama de casal. Ele chegou de manhã e foi dormir no quarto em que a criança estava, mas eu nunca pensei que ele pudesse fazer alguma coisa com ela. Eu só percebi o que estava acontecendo quando ela começou a chorar", contou. Segundo Aparecida, a criança teria ficado muita assustada e quando a mãe entrou no quarto contou que o tio tentou molestá-la. Aparecida chamou a polícia que prendeu o suspeito ainda dormindo. Na delegacia, Francivan negou as acusações. "Eu não fiz isso, pois cheguei em casa agora de manhã e fui dormir. Eu também tenho filha", disse o acusado. A menina foi enviada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de conjunção carnal e ficou comprovado que a menor havia sofrido tentativa de abuso sexual.

é mesmo uma Vida de cão

Todo mundo sabe que eu não gosto de polícia. Principalmente a militar, aquele dinossauro da ditadura que só serve pra cheirar cocaína, gastar dinheiro público e bater em moleque.
Essa minha posição é pública e eu conheço muito bem aquilo de que estou falando.

Mas nada se compara ao que eu senti ao saber que um amigo meu de 15 anos está preso na DIG. Primeiro foi a mãe dele que apareceu aqui chorando e pedindo ajuda, desesperada. Ela ficou sabendo e foi lá atrás dele. Eram 9 da noite e não tinha um delegado de plantão pra dizer o que aconteceu nem o que ia ser feito com o moleque dali pra frente. Só um porteiro que se limitou a dizer palo interfone "acho que foi assalto à mão armada" e que amanhã ele VAI pra Febem.

Pô, puta sacanagem fazer isso com uma mãe, meu... Fomos lá, gente mais articulada eles recebem, aí a conversa mudou um pouco. Hoje um juiz vai decidir ainda se ele vai ou não pra Febem. A acusação é de furto - bicicleta. Bem melhor, né? Pelo menos a mãe dele se acalmou um pouco.

Não duvido que ele tenha mesmo feito alguma coisa. Mas também não duvido em flagrante forjado. Os PM adoram fazer isso com o primeiro garoto pobre que responder atravessado ou que não aceite apanhar deles. Vamo ver no que vai dar, provavelmente em nada já que ele é primário.

Só sei de uma coisa: eu tenho muito mais medo da polícia do que da malandragem.

InsanidadePublica.Tk :: Não aquela, esta.

Não... não merecia um belo epitáfio, tampouco uma lápide de mármore. Não merecia uma oração, uma encomenda d'alma. Não merecia homenagens póstumas, discursos aguados ou coroa de flores. Sequer um botão de rosa merecia! Foi por isso, só por isso, que eu disse: não. E velei de longe quando o enterraram sem nome, sem honras e sem remorsos.

Hoje eu enterrei dois amores. Que o do passado descanse em paz. O do presente... que o Diabo o carregue!

oh God, Please Kill Me!

Hoje de manhã pensei estar acordando no Rio. Uau. Que viagem. A primeira imagem que os olhos captaram foi a janela toda molha pelo lado de fora com gotas e gotas e gotas e mais gotas caindo. O céu tava num cinza tão triste. Veio à cabeça o que todos os meus amigos que estão no Rio têm dito durante essa semana : "não pára de chover". Foram poucos segundos, voltei à realidade. Estou na capital federal.

viajou o Preto, Pobre e Suburbano

terça-feira eu fui ao centro. depois da aula do montenegro peguei o campus universitário e desci no fim da linha. Vi muita coisa pelo caminho. Ando vendo tanta coisa que nem sei como lembrar tudo. Vendo muito para cada vez lembrar menos. Assim é. Assim seja.

Fui comprar um porta-retrato e um baralho. Andei bastante até as Casas Freitas. Lá tinha baralho mas tava faltando. Levei um porta-retrato pá pô a foto da Bia. Aliás que foto! "Que menina linda!" disseram no francês..

O porta-retrato foi o de 2,80. Perguntei onde vendia baralho. Comprei nas Casas Dantas. 2,20.

sentei no banco da praça do bb. tracei as cartas. mas nao joguei.

fui até as americanas olhar cd. vi um monte. na hora da saida percebi que vigiavam meus passos. no radio avisaram na porta da minha saída. mas a maquininha nao apitou e passei. rá

AAh e achei 5 reais no chao. no chao do l.i. quem achou foi o ranhyere mas eu que peguei. ficamos entao pensando naquele acontecimento em nossas vidas. deixariamos ali? colocariamos um aviso? nada. Fomos embora e pagamos 3 meias, a minha, a dele e a do chico. ehehehe final feliz. ainda sobrou troco.

Em casa perguntei ao romo, que faz direito, sobre achar dinheiro e nao devolver ser crime. ele disse que deve-se ir a delegacia fazer bo e a policia investiga se nao achar o dono eu ficaria com os 5 reais. mas ele disse q os cara faz é rir de quem devolve. e 5 reais so paga 2 cevejinha pra policia. rá

AAAH ALBERTO CAEIRO pra todos. sejamos felizes. mais. A única riqueza é ver. nunca esquecamos do q nos ensinou o mestre.

O meu relacionamento com as mulheres nao sei como dizer. umas eu esqueci. outra tento esquecer. mas a vejo todo dia. e cada dia desisto. e desejo-a.
todas bonitas.

essa fto é um auto-retrato. percebam bem que esta um pouco desatualizada posto que mudei o corte de cabelo e nessa foto eu to careca. e é um espelho mostrando. percebam a moldura do espelho. percebam que era dia. a luz no teto amarelo incendeia a casa. percebam a cozinha. geladeira branca, fogao branco e Sugar marfim. percebam em cima da estantte o SBP para eliminar mosquitos. e junto dele o Bom Ar para exatamente bom arficar o carro. percebam eu. branco de oculos. fraco e perigoso. a maquina ficou abaixo da linha da cintura na zona livre de golpes baixos. a viga soobre minha cabeca é aparente. a parede nao é de uma cor. ela tem tonalidades emprestadas pela agua da chuva que fez uma troço nas paredes ficarem tonalizadas. meio degradé. percebam. A unica riqueza é ver. :)))

vivido por pitombeiras lar mazela

Fudeu fudeu fudeu!
Mas que complicação do caralho!

interjeição de Mais1Blog de pensamentos fast food! Pediu, pagou, levou!

Paris é uma festa mas a doorgirl me barrou

Como é do conhecimento de quase todos tranquei matrícula na faculdade de jornalismo para me dedicar a escrever críticas de letras de música, que passam a ser publicadas na The Transatlantic Review. Além disso, estou temporariamente alucinando e me sento todos os dias na Praça Paris bebendo vinho Dom Bosco direto do gargalo e acreditando estar em Montparnasse, onde espero por Miró para tramar uma maneira de quebrar as guitarras dos cubistas.

Em primeira mão, excertos da minha nova linha de trabalho: uma análise da tradução livre de “No Surprises” (“Nem Vem Que Não Tem”), do jovem poeta inglês Thom Yorke de Radiohiddeous:

A heart thats full up like a landfill,
Um coração lotado como um acampamento de sem-terras,

a job that slowly kills you,
Um estágio que não dá ticket-refeição, e por que diabos eu tenho que tomar decisões de marketing se sou redatora?

bruises that won't heal.
Herpes genital.

You look so tired, unhappy,
Você me olha como se eu fosse a Zezé Macedo,

bring down the government
Joga ovos no Serra

They don't, they don't speak for us
E depois diz que não participo das reuniões do Centro Acadêmico porque sou uma burguesinha diletante.

I'll take a quiet life,
Eu vou tomar um Lacto-Purga

A handshake some carbon monoxide,
Cheirar benzina com os calouros de Psicologia,

no alarms and no surprises X 3
Eles pelo menos tomam banho três vezes por semana

Silent, Silent
E nem reclamam, E nem reclamam

This is my final fit, my
E digo mais: esse aqui é Marcelo, meu

final bellyache with
personal trainner, e ele tá me comendo

no alarms and no surprises
sem surpresinhas do tipo que as mulheres não gostam de ter quando dão pra alguém, se é que você me entende

Such a pretty house
Que casinha maneira, hein? Vai herdar do teu pai?

Such a pretty garden
Posso assentar uns sem-terra no seu jardim?

no alarms and no surprises
Tem alarme contra ladrão?

Na semana que vem, “Beggar´s Banquet” – Rolling Stones (“A gente é pobre mas é limpinho”).

na sala de espera do Consultório

Pouco tempo antes de retornar ao Brasil, em 1998, me apresentei como voluntário para dar uma força para uma banda de Vigário Geral que estava por fazer umas apresentações lá pela nossa região. Posteriormente vim a saber que essa tal banda era a Afroreggae, apenas uma das muitas atividades artísticas do Grupo Cultural Afroreggae. Tudo que eu precisava fazer era ajudá-los nas entrevistas, pois ninguém ali falava nada que não fosse o SEU português, acompanhá-los numas comprinhas e em alguns passeios. Mais nada. Mas é claro que, na prática, a coisa foi mais adiante.

A molecada era muito legal. E todo o meu preconceito e receio iniciais caíram por terra quando conheci aqueles caras. Desde então somos amigos e sempre que posso vou prestigiar um show ou algum outro evento por eles organizado. Mas sempre tem um ou dois com quem a gente se identifica mais. Eu me identifiquei muito com o Dinho, um dos percursionistas, o Hermano, outro percursionista e, um pouco mais tarde, com o Anderson, vocalista junto com o Luizinho.

Numa das raríssimas tardes de folga que eles tiveram, eu, Dinho, Hermano, Jorge e mais um, de quem o nome não me lembro, saímos pra dar uma volta pela cidade. Era início de verão na Europa e eu então sugeri que fôssemos ao Waldsee, um lago onde o pessoal curtia tomar banho pelado. Eles toparam na hora. O tal lago fica num parque e o acesso é inteiramente livre; o melhor é que não é obrigatório tirar a roupa, pois do lado daqueles quatro negões eu provavelmente iria me sentir um tanto quanto diminuído. Porém, assim que entramos fomos abordados por três meninas, todas na casa dos 15 anos, que, como todo bom europeu legítimo, ficaram fissuradas naqueles monstruosos exemplares da raça negra. E eles, mais do que rapidamente, se puseram a fazer as mais variadas estripulias. Jogavam capoeira no gramado, davam mortais pra frente e pra trás, enfim, encatavam as lolitas. Não preciso nem dizer que logo três estavam dando o maior amasso nas gringuinhas, né? Só eu e o Jorge ficamos na merda. Pior é que eu tinha que ficar traduzindo os diálogos, o que deu início a uma série de situações patéticas durante a passagem deles por Freiburg. E eles não falavam coisas delicadas, não. Eram só putaria e grosserias dos mais diversos tipos. E eu traduzindo. O Hermano chegava e mandava: "Fala pra essa galega que mulher boa a gente tem é no Brasil. Aqui nessa pôrra só tem vagabunda. E pó falar que pra mim elas são tudo puta também. Nem conhecem a gente, nem a falam a língua da gente e já vêm esfregando essa perereca branca no nosso pau. Tudo puta, Fabiano. É tudo puta!". E eu, na mesma hora, traduzia literalmente, só que me cagando de medo da polícia chegar, porque lá isso dá cadeia mesmo. Ainda mais com menininhas de 14 ou 15 anos. Mas, no fundo, tava achando tudo um barato e concordando plenamente com eles: era tudo vigarista.

A mulher alemã é safada pra cacete mesmo. Se você não der um esculacho, periga ficar como eu fiquei: um ano sem comer ninguém e com um braço mais forte que o outro. O segredo é partir pra ignorância. Apertar bem o braço da filha da puta, dizer que vai dar porrada e mandar ela ir se foder são igredientes básicos numa cantada lá por aqueles lados. Somente depois que aprendi isso com um conhecido meu da Bahia é que comecei a me dar bem. Só que não é muito meu estilo, não. Então, acabei me saindo melhor com outras raças. Mas aqueles moleques sim sabiam jogar o jogo delas.

O Hermano chegou a dar uma tapa numa e a garota, literalmente, rolou pelo gramado em declive onde estávamos. E os outros três se mijavam de rir. As outras garotas foram descer pra ajudar a amiga e uma delas acabou tropeçando e rolando também. Mais gargalhadas. Eu não acreditava naquilo. E elas ainda voltavam. E eles não perdoavam: "Tá vendo aí, Fabiano? Só vagaba.", diziam. O Hermano metia o dedo bem nos cornos da menina, segurava nela pelo pescoço e mandava: "Tu é vagaba, galega. Tu é muito puta.". E ela, quase que sem respirar, virava pra mim e perguntava: "O que ele tá falando, hem?". Eu traduzia e elas davam um sorrisinho amarelo. O Dinho perdeu totalmente a linha e meteu o pau pra fora. Eu não sei quem ficou mais apavorado. Não sei se elas ou se eu. Parecia uma sucuri. Maior do que a do negão que largou um barro no trem. E o troço ainda tava envergado pro alto, pronto pra guerra, o que tornava a cena ainda mais grotesca. E tudo aquilo se passando num local movimentado e público. "Por que o espanto, gente? Aqui não é normal neguinho ficar pelado?", dizia o Dinho. "Pôrra, Dinho, guarda essa merda, rapá!", gritei. Ele ainda deu umas três sacudidas antes de me atender. E olha que nem assim as piranhinhas se mandaram, confirmando tudo que eles pensavam delas e de todas as outras gringas que cruzavam com eles - cruzavam em todos os sentidos.

Vendo tudo aquilo acontecer tão perto de mim, sem que eu conseguisse obter o mínimo de vantagem, me fez recordar de uma música famosa nos anos 60, se não me falha a memória, e que era cantada por alguém de quem também não me lembro. Era I wanna be black . Bom, pelo menos na Alemanha.

no buraco do Tatu

Ontem peguei carona com uma moça que eu nunca tinha visto antes. Nos apresentamos e tal e ela me levou até perto de casa. Quando eu fui descer do carro eu, lógico, agradeci. Mas como eu não consigo ficar sem falar bobagem, eu tinha que largar uma piada, mesmo sendo sem querer...

-- Obrigado pela carona.
-- Tudo bem, Gabriel. Não foi nada demais.
-- Ok, tchau!
-- Tchau, Gabriel. Foi um prazer te conhecer.
-- O prazer foi seu!

Puta merda! Eu não acredito que eu disse isso.

ato falho de ¿dequejeito? - um blog do Acre

Ontem foi o dia nulo master.
Fiquei sentada em frente a esse computador o dia inteiro.
Ressucitei um óculos de 1800 que tá com o aro meio quebrado :/
Por falta do outro que eu acho que esqueci na casa do tio Moacir, se não estiver por lá, pobre de mim.
Futura usária permanente de óculos com aro quebradinho.
Mas tá foda, eu não estou conseguindo enxergar nem o monitor mais.

vislumbrado na julianakataoka

– Doutor Figueiredo, Doutor Figueiredo.
– Pois não?
– Terminou a necrópsia do meu pai, Doutor?
– Terminei, sim.
– Oh... e qual a causa mortis?
– Nenhuma.
– Como?
– Nenhuma. Nenhuma causa.
– Está me dizendo que não existem razões pro meu pai ter morrido?
– Absolutamente. Existia uma razão para ele morrer.
– Qual?
– Ele estava vivo.
– Mas heim?
– Exatamente. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Massachussets revelou que 100% das mortes ocorrem em seres vivos.
– Espera aí, Doutor. Você deve estar brincando.
– Ainda não. Eu estava fazendo uma necrópsia. Estou indo pro meu escritório brincar agora. Instalei Sim City 4000 na minha máquina. Meu sonho sempre foi fazer administração, mas tive que seguir essa porcaria de medicina. Jogando Sim City me sinto realizado. Com licença.
– Não vai embora não. Me explica direito isso. Como assim meu pai morreu por nada?
– Puxa, de novo esse assunto? Que idéia fixa. Entenda, amigão: seu pai não tinha nada, entendeu? A saúde dele estava 100%.
– Não foi ataque cardíaco?
– Não.
– Insuficiência respiratória?
– Não.
– Derrame cerebral?
– Não.
– Falência múltipla dos órgãos?
– Não.
– Mas, doutor, precisa ter acontecido algo!
– Amigo, contente-se com isso: o corpo do seu pai está perfeito. Totalmente utilizável. Nada ali deixou de funcionar, a saúde dele é ótima. Em teoria, seu pai está vivo. Mas, na prática, está morto! Agora com licença que eu vou jogar.

autopsiado no Utopia Dilucular

Meu corpo tem uma imensa capacidade de reagir a situações adversas quando encontro-me inconsciente.
Sua última habilidade é a de desligar o despertador do meu celular, de manhã cedo, sem que eu acorde.
Resolvi então colocar o celular na outra ponta da estante, antes de dormir. Problema resolvido.

A lógica é simples. O despertador toca. Antes da consciência ouvir, o corpo tenta desligá-lo. Levanta-se, a cama faz barulho, a consciência ouve isso e retoma o controle. Pronto. Acabo de acordar a cerca de um metro de distância da minha cama. Sem entender nada.

no gargalo da Cerveja

3:42 AM

Eu te amo, garota.
Mas só escrevo aqui porque nunca você vai ler
Tou com saudades.


Bangulhus

Você vai até uma fábrica de automóveis para fazer um projeto. Você leva sua sócia e sua supermaleta. A fábrica fica fora da cidade e você não tem carro. Então, vocês vão de ônibus vermelho.

O sistema de segurança é muito rígido e exige um comprovante de vínculo com alguma empresa para você entrar. Você tem um cartão de visitas. Ok. Você já está cadastrado e eles têm até a sua foto digital.

Mas a sócia não tem cartão. Não pode entrar ninguém sem vínculo com uma empresa. Liga daqui, liga dali. A presença dela é indispensável? Não, ela não tinha nada para fazer em Belo Horizonte e só veio conhecer a portaria da sua fábrica. Liga daqui, liga dali. Atrás da linha azul, por favor. Foto da sócia tirada, cadastrada e encrachazada.

A recepcionista quer saber se a supermaleta é um laptop. Não. Tem disquete? Tem. A recepcionista pega o disquete e cola nele uma etiqueta onde está escrito disquete.

Após algum tempo de espera, alguém manda um carro buscar os dois e a supermaleta na portaria 5. O que vocês estão fazendo na portaria 5? A reunião é na portaria 2. A portaria 2 é diametralmente oposta à portaria 5. A reunião dura 10 minutos.

Na volta, ao passar na roleta para sair, o segurança pergunta seu nome e o que tem na supermaleta. Você responde que seu nome é Osama e a bomba que levava já está lá dentro. O segurança não liga e você, a sócia e a supermaleta vão embora de ônibus vermelho.

a que PONTO.COM chegamos

mãe do menino - Você só tem ela? (de filha, apontando para a Marina)
eu - Só.
Marina - E eu também só tenho ela. (apontando pra mim)
eu - Ah, filha, isso foi lindo! (e fui abraçá-la, apesar de achar uma atitude pouco profissional abraçar a filha no meio do ambiente de trabalho).

tomando Chuva demais na ilha de Ursos

Com certeza vai ter alguém que vai me deixar um “mas qual o problema de Cabo Frio?” nos comments. Então lá vai: eu odeio Cabo Frio. Simplesmente odeio Cabo Frio como odeio jiló cozido e funk. Não posso???

Já não sou mais fã de praia desde que cortei o cabelo e vendi minha prancha aos 14 anos; depois que eu entrei no Forte São Mateus 1467 vezes, enjoei de ir lá; em Cabo Frio ainda tem loja da Pier... a lista é enorme. Isso prá não falar no Carnaval... é um tumulto ímpar. Gente prá cacete no Canal, gente prá caramba no Malibu, gente prá caramba em qualquer canto. A cidade é do tamanho de uma tampa de Mineirinho e recebe 2.000.000 de pessoas no Carnaval!!! As pessoas compram pão se acotovelando lá!!! Como eu posso gostar de ir prá lá?

Todas as vezes que eu fui lá, não podia falta uma coisa: falta d’água. Era uma maravilha... e quando o vizinho de baixo resolvia que o quarteirão inteiro precisava ouvir Jethro Tull às 3h da manhã? E quando os mosquitos descobriam que as janelas estavam abertas?Isso sem falar quando a antena de TV também resolvia sair de férias...

Bem, acho que isso explica o meu amor por Cabo Frio. É uma pena que eu tenha que ir prá lá com uma trena e não com uma bomba H.

A sorte está lançada em Alea Jacta Est

A ex Gre ligou aki hj. Pediu o que ela chamou de "uma noite, e nada mais". Acham que pode? Depois de tudo o que aconteceu? Naaaum. Eu ralei muito na maum dessa garota. E agora que eu encontrei alguem legal, ela aparece nessas de matar a saudade? Eu naum quero, Greice. Pode ficar por aih mesmo. E tive o prazer de dizer que estou saindo com uma pessoa tudo de bom, e que assim como eu naum pisava com ela, naum vou pisar com a mina.

Surtiu efeito. Ela quis desligar...

3dv's diary

Betinha, como eu te disse, aí vai mais um caso esdrúxulo vivido pelo mancebo aqui. Absolutamente verídico. E ridículo.

O boquete.
Blz... Mais um dia de cão. Falta do que fazer, (ex)namorada morando próximo... Resolvi dizer um oi. Cheguei como quem não quer nada, olhei para um lado, olhei pro outro... Minha sogrinha queridíssima pegou a vassoura pra dar uma volta. Foi ao mercado, sei lá. Sozinhos em casa - pensei. 15 milésimos de segundos depois, estávamos atracados - obviamente eu com a namorada, não com a sogra. No meio da sala, como a falta de bom senso proclama.

Tranquilidade, relaxado, paz e amor e um boquete. Na sala, claro. Com a bermuda - jeans - levemente abaixada. Bom... Relax total... meia hora lá, amarradão, feliz. Eis que - rá - um barulho na fechadura. Mais que rapidamente, minha digníssima (ex) namorada resolve fechar o ziper. Ela só esqueceu de colocar meu pau pra dentro antes... Mal deu tempo pra berrar. Ela se jogou pro quarto e a mim... Só restou me levantar e me jogar no banheiro, de pau e ziper na mão (não necessariamente nesta ordem), com a bermuda no meio das pernas. Tudo isso mmmmuuuuuiiiiitttttooooo silencioso, claro.

Obviamente, não deu tempo de me jogar no banheiro antes da merda terminar... Só deu pra ouvir a voz da brux, digo, sogra: "Que bonito, hein?". Pensei, por dois segundos, em me dirigir à mocréia e agradecer pelo elogio, pq era claro que devia ser um elogio à minha bunda, que estava completamente de fora, já que eu não tinha entrado ainda no banheiro e minha bermuda estava no meio do caminho entre o chão e o meu bilau (presa pelo zíper, claro). Como minha sogra era muito ruim e se o elogio fosse aceito eu ia acabar tendo que comer a véia, achei melhor continuar a tentativa de jornada na direção do banheiro.

Tomei impulso e me joguei - desta vez literalmente - na direção do banheiro. Depois de conseguir arrancar o ziper sem ficar eunuco, percebi a gravidade da situação: eu estava com o Rainieri (o nome oficial dos bilaus, segundo o Veríssimo) ralado e minha sogra estava do lado de fora daquele banheiro esperando um explicação viável. Hum... Que dizer? "Tia, tô durão ainda. Termina pra mim?". Não. Essa, definitivamente, não era a melhor escolha. Hum... Pensei: "Já tô na inferno... O jeito é abraçar o capeta"...

Saí do banheiro como se absolutamente nada tivesse acontecido. Dei uma olhada em volta e lá estava minha adorada (salve, salve) sogra. Mascando marimbondos vivos. Saí batido de casa, junto com a (ex)namorada - claro que eu não ia deixá-la (mais) na merda, né? No corredor, esperando o elevador, saem do mesmo o meu cunhado e meu sogro. Resolvi descer pela escada.

Não sei pq, deste dia em diante, notava certa animosidade por parte da véia em relação a mim... Nunca me aproximava de ninguém da casa com facas à mão. Vai saber...

cartinha para O mundo é estranho

A cicatriz começou a doer de uma forma estranha nos últimos tempos. Quase como na época do acidente que a gerou. Não choveu (a não ser segunda) e não está frio. Sei lá por quê justamente agora.
Talvez o sobrenatural exista, no fim.

certos Excertos de uma vida provisória

Eu estou furiosa comigo mesma. Puta, putíssima. Eu gostaria de me matar mas eu não quero morrer, eu só quero matar essa retardada que habita meu corpo indevidamente.

Meus sentimentos são as coisas mais rebeldes que eu conheço. Não importa o que eu mande eles fazerem eles fazem exatamente o oposto e, é por isso que eu estou tão brava e revoltada comigo mesma. Eu sou uma besta, uma anta, uma retardada. Eu cansei de mim mesma. Eu não sou capaz de explicar quão revoltada eu estou comigo mesma por ainda pensar no retardado do FDP. A culpa não é do Filho da Puta é minha! E, o pior, é que, para ser sincera, eu nem sei exatamente o que ele significa, o que ele representa. Eu já me sinto uma maluca de carteirinha eu não preciso ficar pensando na mesma coisa e tendo conversas imaginárias na minha cabeça contra a minha vontade e, sem que eu compreenda a razão. Já vai fazer QUASE UM ANO!!!!!!!!!!!!!

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrggggggggghhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

EU ME ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO!

Eu pago para pensar em outra coisa!

Eu me sinto com urticária, sabe quando você ainda não foi medicada e tudo te incomoda e tudo coça. Eu me odeio, eu odeio meu cérebro, eu odeio minha mente maluca, meus sentimentos retardados, eu odeio essa tendência à idéia fixa eu odeio o mundo por que ele aparentemente me odeia.

Eu quero deixar de existir já, agora!

Que ódio, que ódio, que ódio!

Eu quero pensar em qualquer outra coisa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

gritou oooooooops!

29.1.03

Passei no vestibular. Passei. Eram 30 vagas e eu fui o trigésimo lugar. Pulei da cadeira quando vi o resultado. E não estou com a menor pena do maldito 31. Valeu a pena passar as últimas 2 semanas antes da prova estudando. Valeram as crises de depressão. Valeu ter engordado 5kg. Agora, posso emagrecê-los sem culpa e voltar para a casa dos 40. Valeu o esforço. O apoio. A coca-cola que minha psicóloga mandou tomar antes da prova. Se fudeu o gato preto que crusou meu caminho quando fui fazer a prova. Valeu ter decorado fórmulas imbecis. Valeu ter aprendido e decorado tudo que aconteceu no mundo desde 1930 até hoje, incluindo todas as datas de todos os fatos importantes, todas as guerras, o nome de todos os presidentes do Brasil, EUA e URSS, correlacionar tudo com geografia. Valeu minha nota. Se fudeu quem me deu 6,0 em redação no vestibular. Se fudeu a professora de redação do meu colégio que me dava as piores notas da turma. Se fuderam os professores chatos que acharam que eu não ia conseguir. Porque eu consegui sim. Passei em último lugar, mas passei. Entrei na porra do curso mais disputado da faculdade. Entrei na porra do curso que só tem nesta faculdade. Na maior relação candidato-vaga já vista na história da faculdade. Entrei na primeira turma de relações internacionais da PUC-RJ. E serei a primeira da turma a se formar. Meu ego? Lá no alto. Merecidamente. Porque eu sou f.o.d.a.

Free Bee

A humanidade é uma gorda dançando num banquinho

Um homem deprimido via videocacetadas sem som, e ao invés de rir, ia ficando mais deprimido: Olha a humanidade, é assim mesmo, não conseguem dar dois passos sem cair, não conseguem saltar um riacho sem cair, não conseguem nem dançar sem cair, arrastando umas cinco pessoas junto, e a cortina também. Não conseguem chegar perto de uma piscina sem cair dentro, não conseguem chegar perto de uma avestruz sem ser bicados pelas costas. Seus filhos jogam bolas de beisebol direto nos seus testículos, seus cachorros os atacam pelos fundilhos, seus gatos fincam as unhas nas suas coxas. Não conseguem fazer um piquenique sem que uma lancha os atropele, não conseguem subir num cavalo sem ir parar debaixo do cavalo, não conseguem assoprar uma vela de aniversário sem pôr fogo no próprio cabelo. Olha essa gorda, olha essa gorda, dançando em cima de um banquinho. Já se sabe no que vai dar. Somos todos essa gorda, meu Deus, meu Deus.

Alexandre Soares Silva

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Post livre pra vocês escreverem o que quiserem.
Tou muito a fim hoje não.

tomando Surra de Pao Mole

As madames me queimam, doutores observam estupefatos tirando raramente os olhos dos seus blocos de notas, mordomos e servas oferecem o caviar aos de ternos bem alinhados, os brindes são todos para mim que grito em vão na sala acusticamente vedada. "Eu não sou louca senhores, eu não sou louca!"

la nave va o.barco.sintético

Eu tenho uma vizinha tão filha da puta, mas tão filha da puta, que mantém um cachorrinho preso numa corrente de um metro, num cubículo de 1 m2 bem embaixo da minha janela. Além disso, a mulher tem um filho de um ano e pouco que fica infernizando o coitado do cachorro o dia inteiro, bem embaixo da minha janela. Além disso, ela coloca umas músicas do Frank Aguiar e Mastruz com Leite todo sábado e domingo, desde às 9 da manhã, e CANTA(!) bem embaixo da minha janela. Não contente com isso, ela começa a gritar com o filho: "WEEEEEEENDEEEEEEEEEL!" (sim, o menino chama Wendel), pro menino parar de mexer com o cachorro, pro cachorro parar de latir, bem embaixo da minha janela. Aí, ela acorda a filha, gritando, pra fazer faxina na casa. Aí as duas começam a cantar bem mais alto, essas músicas lindras, BEM EMBAIXO DA PORRA DA MINHA JANELA.

Ninguém merece.

coisas de Mulherzinha

Mas eu queria chegar em um ponto: lembra aquele dia em que fiz uma lista com vinte qualidades minhas? Pois é, minha capacidade de adaptação e a vontade de sempre escapar da rotina são duas dessas. Quando eu quero esquecer um cara, por exemplo, eu esqueço rapidinho. É só eu botar na minha cabeça que não rola mais que eu desencano. Conheço um montão de gente (a maioria das pessoas, pra falar a verdade) que sofre pra caramba por amores não-correspondidos. Eu sofro, demais, mas é quando eu quero.

até parece mordendo tampas de canetas

O meu pai é o cara mais cara-de-pau que eu conheço. Já passei maus bocados com ele.

Uma vez, paramos no sinal ao lado de uma Merça prateada conversível, tinindo de nova. Ele, a bordo de um fusca Itamar 94, vira pro playboy e diz:
- Nossos carros têm muito em comum: ambos são alemães e prateados.

Em outro sinal, na calçada ao lado, um casal estava (empolgadamente) aos amassos. Pouco antes da luz verde aparecer, ele dá um berro:
- Vai comer agora ou quer que embrulhe prá viagem?!?

Sem contar que toda vez que a gente sente cheiro de maconha (o vizinho aqui de baixo é chegado na erva), ele me solta um:
- Essa é da boa.

Que modelo paterno, hein?

me chita me Jane you Tarzan

Eu acho engraçadinhos esses sujeitos que saem por aí apregoando que só os humanos matam outros animais por motivos que vão além da necessidade de alimentação.
Oras, mas isso é uma grande balela.

Leões machos, quando tomam o controle de um grupo (matando o macho alfa), matam todos os filhotes, para impedir que seu antecessor tenha seus genes multiplicados.
Golfinhos - sim, os belos e dóceis golfinhos - matam componentes de bandos adversários. Aliás, os golfinhos são animais extremamente violentos.
Lobos matam o macho alfa de seu grupo quando querem tomar o controle, tal e qual os leões.
Citando só três exemplos.

Então não me venham com essa bobagem de que só o ser humano mata seus semelhantes por motivos que vão além da fome. Animais, como os homens, matam por vários motivos. Nós só criamos razões a mais, o que não isenta os seres involuídos de sua carga de violência.
Seres involuídos.
Heh. Como se humanos fossem o ápice da evolução. Acho ridículo esse conceito.

Você tem que estudar vários anos pra aprender a sobreviver entre os de sua espécie. Precisa de cuidados até a puberdade, ou torna-se um alvo fácil para os homo sapiens mais desenvolvidos. E ainda acha que é muito evoluído.
Tenha noção do quanto és ridículo, rapaz! Veja as abelhas.
Elas nascem sabendo. Toda a informação de que necessitam vem escrita em seu código genético.
Com as formigas, idem.

E isso porque estou falando de insetos. Mas não existe ser mais evoluído do que um vírus.
Sim, amigão. Vírus. Aqueles malditos assexuados que - paradoxalmente - nos fodem.
Perceba sua inferioridade com relação a um vírus:
Você precisa de alimento e água com uma freqüência opressiva e uma urgência inadiável, de um meio ambiente com temperatura relativamente invariável, ou seja, que vá de certo a certo ponto, sem ultrapassar aqueles limites, sem contar as várias enzimas e bactérias e os outros microorganismos que vivem aí dentro do seu corpo e sem os quais o seu organismo - tão complexo - simplesmente não funciona.

Do que um vírus precisa?
De nada. Ele pode sobreviver anos - ANOS - congelado, esperando um hospedeiro.
Você pode imaginar um vírus esperando anos congelado até arranjar comida? Ah, não? Eu imaginei.
É um organismo solitário. Ele funciona por si só. Entra no seu corpo e se multiplica descontroladamente. Uma porcaria minúscula que te mata (mais ou menos o que nós, humanos, fazemos com o planeta, admito). E - agora vem a melhor parte - do seu organismo ele passa para todos os outros que entrarem em contato contigo. E à medida que defesas vão sendo armadas para impedir seu avanço, ele vai mudando para continuar avançando.
Foda, né?
Você é assim? Sua espécie é assim?
Não?
Então quem é evoluído? Você?
Oras, vá pra puta que te pariu! Admita sua inferioridade, humano ridículo.

a volta bufando do Utopia Dilucular

eu estava me aguentando muito bem...
sem choro... sem lágrimas, sem tristeza. eu até estava rindo.
aí ele me ligou. ele ligou pra avisar q chegou. eu pedi. ele sempre faz isso, senão eu fico neurótica.
bem, o fato é q ele ligou... e eu escutei a voz dele, lá de longe. dava pra ouvir a distância. e aí eu lembrei q não vou ver mais ele. q amanhã de manhã ele não vai estar aqui, q ele não vai me ligar pra falar q tá vindo pra minha casa. lembrei q as coisas dele não vão ficar largadas pelo meu quarto, pq ele levou todas elas.

lembrei q ele vai ficar longe por não sei mais quanto tempo. e provavelmente vai ser um bom tempo.
lembrei de como foram boas essas 3 semanas. bom... muito bom.
lembrei dele, e do abraço dele, e de como é bom sentir ele me abraçando forte.

simplesmente me lembrei de tudo q devia deixar guardado como positivo, pq é positivo. mas lembrei de como eu não vou mais ter o positivo. e isso acabou de me fazer chorar... estou chorando desde o início desse post... e provavelmente não vou parar tão cedo.

escondido em em algum lugar da LUA

Um dos jogos que mais marcou a nossa infancia ou adolecencia com certeza é Super mario Bros, é muito dificil encontrar quem nunca tenha jogado ou visto. mas o que poucos sabem é que Mario é uma pessoa atormentada, um encanador pobre da itália que tem cara de português e por ter uma vida idiota e sem emoção toma chá de cogumelo pra ficar doidão, achar que cresceu e acaba por acreditar que pode entrar dentro dos canos e parar em mundos mágicos.

Esse pequeno demonio além de quebrar o ovo de um pequeno ser que poderia ainda estar em formação, vulgo Yoshi, montar nele e obriga-lo a caminhar durante telas e telas ainda por cima bate em sua cabeça para obriga-lo a comer! Sim, pois você acha que uma criatura comeria um bicho cheio de espinhos nas costas como as tartarugas do mal? Claro que não, mas Mario em sua maldade o espanca para poder se defender das pequenas criaturinhas. Vejam os olhos de Mario ficando vermelho, se endemoniando, uma criatura nefasta em sua totalidade, tudo isso para conseguir mais cogumelos para ficar doidão.

sofrendo de Diarréia Mental

Instruções para dar corda ao Relógio

"Lá bem no fundo está a morte, mas não tenha medo. Segure o relógio com uma mão, com dois dedos na roda da corda, suavemente faça-a rodar. Um outro tempo começa, perdem as árvores as folhas, os barcos voam, como um leque enche-se o tempo de si mesmo, dele brotam o ar, a brisa da terra, a sombra de uma mulher, o perfume do pão.

Quer mais alguma coisa? Aperte-o ao pulso, deixe-o correr em liberdade, imite-o sôfrego. O medo enferruja as rodas, tudo o que se poderia alcançar e foi esquecido vai corroer as velas do relógio, gangrenando o frio sangue dos seus pequenos rubis. E lá bem no fundo está a morte, se não corrermos e chegarmos antes para compreender que já não interessa nada."

Julio Cortazar

uma excessão para o chita_e_jane

Fatos
Vi uma coisa hilária hj na Márcia( sim , eu assisto Márcia). Era um transexual muito reba (qse uma mulher), que estava insistindo em dizer que ela faz sexo com E.T's. Não me aguentei e liguei p/ Zéh e p/ Jr para ligarem a tv e ver aquilo imediatamente. A moçoila chama - se Savana. Hoje lá no trabalho eu matei 2...sim 2 mosquitos da dengue. Não foi com veneno, foi com as minhas próprias mãos. Ganhei um mural do Zéh hj, era um que tava lá na escola( a mãe dele pegou o mural da escola e deu pra mim...xik). Faz mais de uma semana que o meu tio tá falando em me levar p/ pescar. Da última vez que nós fomos o fusquinha dele atolou e ficamos mais de uma hora no meio da cana( eu e meus otros tres primos ). Ficamos muito desesperados, tinham 6 pessoas dentro do fusca. A cena do dia foi que meu tio subiu em cima do carro p/ se localizar.

peidando e Cagando Ao Vento

Por que eu escrevo um texto e de repente ele some da tela? É porque eu aperto o delete? É.

Porque eu sei que você vai ler esse tal texto e vai me criticar e vai ficar pensando que eu estou louca e vai dizer que estou com tpm e vai dizer que eu preciso me tratar.

É por isso que eu deleto certos posts daqui.

afofamos do afofa. porque eu afofo, tu afofas, ele afofa.

Tô passada. Ontem, no aniversário da minha cunhada na minha segunda casa, a casa da sogra do meu irmão, (aliás, fato engraçado, minha cunhada e a irmã dela nasceram no mesmo dia/mês, com 5 anos de diferença. Depois tiveram filhos no mesmo dia/mês, não sei com quantos anos de diferença), eu fiquei sabendo dum caso que me deixou transtornada.

Comecei a reparar a pouco tempo na minha vizinha, principalmente depois de observar a maneira como ela sai com o carro, anda 100 metros de ré para não fazer um balão na rua, é um absurdo tão grande que se eu soubesse fazer animação no computador eu faria pra vcs verem. Além de ser muito burra e falar "pobrema", ele é detentora da famosa buceta de ouro, pois só isso pode explicar como ela, que tem cara de puta e é burra pra cacete consegue ganhar carro zero dos clientes que pagam pra comer ela (sim, ela é puta). Pois bem, essa jovem, que só percebi a existência depois de ver ela andando de carro, está grávida de um cara de quem eu sou extremamente afim, que passou o Natal comigo e é altamente tchanânâs. Como que essa puta foi ficar grávida do cara? Só prova que é burra pra cacete, pq o cara é um fudido. Fiquei sabendo ontem que o carro atual não foi o primeiro ganho de "amigo". Ela devia aproveitar pra arrancar pensão dum desses filho da puta então. Ah, estou brava.

E a minha cara de decepção ontem foi tão grande que até minha mãe percebeu quando falei: ela está grávida dele? como assim?....

Que bosta!

se Tá com medo porque veio?r

Quando eu era (!) pequena, aprendi num desses "faça com a gente" a desenhar os pés de Chico Bento. E nunca mais consegui desenhar nenhum outro diferente. Então todas as minhas modelos-clodovil (eu ia ser estilista), altas, sílfides e cinturinha 45, sempre tinham aqueles pés gordinhos. Ou um vestidão de baile cobrindo tudo. Até hoje eu tenho esse problema com os pés. Engraçado, porque gosto dos meus.

outro Sorvete de Casquinho

Eu estava em Minas (sempre tenho muitos sonhos significativos com aquele lugar), encostada numa pedra, só olhando a natureza e escutando o silêncio. Isso é muito gostoso de se sonhar, principalmente sendo assim tão real. Certa hora, eu percebo que minha atenção está concentrada, porque sou capaz de ver uma rã que antes eu não via. E fico aproveitando esta nova diversão: ver coisas que antes eu não via. Sem precisar de cogumelos para isto, hehehe. Então vejo mais uma rã. E são todas tão bonitinhas. Depois tem ainda um outro bicho de mato que eu não lembro qual era, mas era selvagem e meigo.

Até que vieram elas. As serpentes. Menores e maiores, talvez três, rastejando lentamente e eu ali admirando e também com medo de chegar muito perto. Havia uma especial, grande, com uma cor mais clara. Branco com marrom, com uma padronagem linda de pele. Eu já estava de pé e ela ficava encostada à pedra que eu deixei. E eu saí, sem dar as costas para ela.

sonhado por she.:.rides.:.the.:.night

28.1.03

Nunca dei muita bola para catadores de latinha, sempre deixei eles um pouco de lado, pretendendo evitar pensar que existem, como um câncer da sociedade. Entretando, devo confessar que eles são um tanto quanto intimidantes. Hoje, estava sentado numa barraquinha, quando vi um deles revirando o lixo. Porém, vi que ele somente o fazia mecanicamente e não estava prestando a menor atenção nisto, visto que me olhava de soslaio. Achei engraçado ver aquele homem me encarando. Até ajeitei meus óculos; poderiam estar tortos. Desviei meu pensamento dele e voltei a beber minha coca-cola. Dois canudos. Um azul. Outro vermelho. Gosto de diversificar, misturar as cores. Assim, ninguém me acusa de racismo ou preconceito colôr. Senti uma leve brisa em minhas costas e sutilmente voltei meu pescoço para a esquerda, mas já era tarde demais. O catador de latinha havia saltado sobre mim, pego a minha lata mezzo cheia, dado uma cambalhota por cima da mesa. Chegando do outro lado, pego seu saco repleto destes pequenos recipientes de alumínio e saiu em desparada. Fitei-o atento, boquiaberto, sem reação. Boquiaberto, diria, é apenas um modo de expressão, uma vez que a minha boca estava fechada e dela pendiam dois canudos. Um vermelho. Outro azul.

Free Bee

Mel passa o Rodo tem um problema. Mel passa o Rodo só sai de casa se tomar banho. E lavar a cabeça.
Mas um dia ia faltar água no prédio dela e sua mamãe joselita não a avisou disso. Esperou estar quase na hora dela sair para dizer calmamente:
- Ah, sim, está faltando água.
- O QUEEEEEEEÊ??
Mel passou umas três horas gritando impropérios para a mãe, que, a esta altura, já tinha medo de que ela, no seu furor uterino, demolisse a casa. Mas Mel usou suas energias e força da sua fúria para encher, com muita dificuldade, gota por gota, um balde com um restinho de água que tinha sobrado. Ela deixou o balde no banheiro e foi até o quarto pegar a roupa para tomar o bendito banho.
Mas eis que... ao estar no quarto remexendo seu armário em busca do que vestir... Mel ouve um som peculiar de água caindo no banheiro: tcháaaaaa!
Ela sentiu um arrepio percorrer a base da sua espinha e gritou, apavorada:
- QUE BARULHO FOI ESSE?!
E, ao chegar no banheiro, a constatação: o irmão adolescente, que nem tem muito o hábito de puxar a descarga, mesmo quando faz o número dois, deve ter achado bacana aquela balde ali, tão à mão, e chóó, tacou toda a água conseguida com tanto esforço, a última água da casa... na privada.
- Nãaaaaaao! Que droga! Nem quando tem água você puxa a descarga, estou cansada de ver a sua merda, e logo hoje você resolve que tem que usar a minha água?!
O rapaz, acuado:
- Era sua? E-eu não sabia!
Mel anda como louca pela casa:
- E agora? E agora? Como vou fazer para tomar o meu banho? Não vou poder sair de casa, EU PRECISO TOMAR BANHO! Você vai ter que comprar tudo em água mineral, vai lá buscar!
Ela estava fora de si. Quando recuperou o controle, realizou que o irmão não ia buscar água coisa nenhuma e que ela ia ter que se virar de algum jeito.
Então ela pegou a roupa, escova, shampoo, fez uma malinha, rumou para o motel mais próximo e pagou 25 reais para tomar banho.
Agora vejam... se uma pessoa é vista saindo do motel e conta essa história, ninguém acredita, né? Seria melhor mentir.
A realidade é muito mais estranha.

Ninguém lê esta porcaria

Começo a entender porque essas pessoas acreditam que um novo mundo é realmente possível, tirando alguns curiosos, que estão aqui só pra ver o que está acontecendo e azarar algumas gatinhas, toda grande maioria está discutindo ou fazendo alguma coisa de interessante. Discussões sobre política e arte misturam-se em um piscar de olhos, assuntos profundos, com bastante conhecimento sobre o que estão falando.


Já no acampamento, fui abordado por um cara e uma guria que vieram me oferecer beijo a 1 real, qualquer um dos dois... eu hein!! To dizendo!

Perto da fogueira sempre rola umas coisas estranhas, já não basta eu estar olhando um maluco soprar um concha e falar sobre a “cultura galáctica maia”, vem esses dois malucos me oferecer beijo a R$ 1,00


Surgiu um povo que pertence a uma comunidade alternativa, com instrumentos e música em estilo medieval, dançam de mãos dadas em círculo. No momento que convidaram as pessoas que estavam assistindo para participar de sua dança, após alguns desencontros enquanto o povo aprendia a dançar, este tornou-se um dos espetáculos mais bonitos que presenciei até este momento.

Várias pessoas dançando e sorrindo, logo que aprenderam os passos da dança começaram a divertir-se pra caramba, algo extremamente contagiante, parece uma grande brincadeira de roda! Que grande festa esse povo está fazendo. Foi tanta festa que um acabou de cair de bunda no chão! Show! (ao redor o papo cabeça continua...)


A gripe não me dá trégua, sou obrigado a ir embora. Claro, não antes de saber o que aquele homem completamente nu faz encostado num poste. Chegou a polícia e o povo em coro grita: “- abaixo a repressão, aqui ele pode andar como quiser!”. O cara virou-se e saiu caminhando naturalmente entre a multidão, ovacionado é claro.

Só que ninguém sabe ao que referia-se o protesto do cidadão... A polícia foi embora, o homem voltou e novamente encostou-se de costas para o povo que se aglomera em volta.

Nossa!!! Agora veio outro e está batendo nele com um cinto, mas açoitando mesmo!!! Ficou uns vergões nas costas!! Horrível!!! A galera entre cara de horror e gritos pede para parar com aquela cena. O mesmo que açoitou o homem, retirou uma placa de uma sacola e pregou no poste, acima da cabeça do homem: “Promoção! 1 cintada R$ 1,99”, uma coisa bizarra mesmo!! Todos ao redor se perguntando “o que foi isso!?”, as costas do homem sangram! Impressionante, chocante e ainda bem que ninguém resolveu pagar.

Agora que passou minha angústia por ver uma cena tão chocante, fui falar com o rapaz que se sujeitou a ser açoitado assim tão violentamente. Descobri que é um manifesto idealizado por Fernando Peixoto da Costa (o açoitador), contra o comércio e a banalização do comércio (e do povo em geral). O homem nu (açoitado), chama-se “Babidu” e ambos são de Goiânia. Simplesmente chocante, impressionante e terrível! Vale tudo pra protestar??

Por hoje basta. Nossa!

festa no l i n k p e r d i d o

História real: o sexo dos insetos

Na mesa de amigos um casal discutia o que é natural e o que é cultural a respeito dos sexos. Assunto que só se leva mesmo à frente, por puro esporte, se regado a cerveja e similares, porque é um pouquinho mais polêmico do que o conflito no Oriente Médio ou quem deve ser eliminado do Big Brother.

- É claro que nós, homens, somos provedores por natureza: o macho animal é que vai caçar o alimento.
- Mas será, meu querido, que a própria lei da selva não é burra? Afinal, leoas e tigresas também são fortes s selvagens, desde que não estejam grávidas.
- De forma alguma! É a lei da natureza. Os homens caçam, as mulheres têm outro papel.
- Mas com ser humano é diferente, meu amor. Grande parte das famílias do Brasil e do mundo é sustentada por mulheres. Os homens que fizeram os filhos nelas podem até estar caçando, mas em outra freguesia...
- Minha querida, toda lei, toda regra, têm exceções...Se com o ser humano isso acontece, é uma deturpação da natureza. Daí essas mulheres sofrerem tanto...A cultura pode ter mudado tudo. Mas o papel natural de cada um é claro, claríssimo...
- E o que você me diz dos insetos? Aranhas como a viúva negra matam o macho depois da cópula....E aí, como é que fica?!!

Silêncio.
O assunto muda para a tragédia das enchentes no Brasil.

na teia de elasporelas

E no final se semana passado nem teve cachaça absurda. Se considerarem que fiquei na primeira noite ajudando um amigo a botar gaia na namorada. Esta dormia tranquilamente no quarto enquanto estávamos na varanda. Mas sem lições de moral, por favor, pois o dgilson é fraco e não conseguiu nada; paquerar alguém perguntando "que horas são?" é uma coisa que eu não fazia há muuuuuito tempo; encontrar minha irmã-gordinha, feito uma porca bêba e então cair com ela no chão não é uma cena que queira repetir; tirar um cochilo de meia-hora durando a noite inteira não está nos meus planos para o final de semana...

aviso: PERIGOSO se misturado com ÁLCOOL

A minha infância foi marcada pelas superstições de minha querida mãe judia e que transformavam minha vida num inferno. Era um tal de "desvira o chinelo senão a mãe morre", "Não anda de costas senão você morre", "esconde a tesoura quando estiver trovejando senão todo mundo morre" que eu simplesmente queria morrer logo de uma vez e acabar com essa estória toda. Caralho, eu não podia fazer nada que morria!!!

Mas depois fui descobrir que isso não era uma mania exclusiva das mães judias, mas sim de todas as mães do mundo. Mas havia algumas manias proprias da comunidade judaica que também me deixavam louco, como, por exemplo, o fato de minha tia sempre que me encontrava tacava logo um beijo na minha boca (traumatizante), minha avó que quase arrancava minhas bochechas de tanto apertar (e dizia: "Ai, meu netinho lindo.... ui ui ui...."), e coisas do tipo. Mas a mania mais estranha era, é claro, de minha mãe judia, que sempre que alguem falava alguma coisa que não era pra ter sido dita, ela cuspia duas vezes nas próprias mãos... era uma coisa do tipo: eu dizia "não vou passar no vestibular!" e ela cuspia das vezes nas mão e dizia "isola !!!! isola !!!"e bravejava alguma coisa em hebraico!!

EU SOU FEIA MAS TO NA MODA

Não fui eu. Nem conhecia essa menina. Não faço essas coisas, imagina, uma menina tão novinha, tinha o que, nove anos? Oito? Imagina, sou casado, tenho um filho quase da idade dela, pelo amor de deus, seu delegado. Doutor delegado, desculpe. Eu também sou doutor, o senhor sabe. Clínico geral. Dezesseis anos já. Mas não fui eu. Eu nunca faria uma coisa dessas, coitadinha, estuprar a menina e depois afogá-la no rio? Que barbaridade, que crueldade, quem fez isso tem que pagar, tem que sofrer muito na cadeia. Virar mulher na cela. Ou coisa pior. É, a vida é assim. Coitada da menina, tão novinha, tão bonitinha, morrer assim tão machucadinha, apertadinha, sufocada. Estrangulada e afogada, tadinha. Tão lindinha. Como eu sei que ela foi estrangulada antes? O senhor mesmo disse, não disse? Não?

das páginas sebosas do Pequeno Dicionário de Arquétipos de Massa Monstro (para Dalton Trevisan)

'tá muito barulho aqui.'
'eu sei, mas essa é a idéia de um show de metal.'
'mas eu não gosto de metal!'
'eu adoro!'

coisas que a gente faz por uma bimbadinha.

o que? como assim dois uísque?

Hoje fui à dermatologista para a remoção de uma verruga que eu tenho no cotovelo esquerdo.
A verruga foi queimada com nitrogênio líquido num processo quase indolor que levou cerca de 2 minutos.
O interessante é que agora formou-se uma GRANDE BOLHA CHEIA DE LÍQUIDOS VIRAIS E SUBSTÂNCIAS NOJENTAS em volta da verruga. Digamos que a velha verruga Benedita quintuplicou de tamanho. Tornou-se praticamente um novo membro que nasce do meu cotovelo esquerdo. Está bem nojento.
A médica me disse que a GRANDE BOLHA CHEIA DE LÍQUIDOS VIRAIS E SUBSTÂNCIAS NOJENTAS estourará e a verruga cairá num processo natural - no banho, na rua, no carro ou quando eu menos esperar..
Quando isto acontecer, guardarei carinhosamente a verruga Benedita num frasquinho com formol e mostrarei ela para meus filhos, com orgulho, na posteridade.

pipocou no não vá se perder por aí

Nunca tinha comido coroa. Aliás, gostaria de deixar claro que coroa é aquela cuja idade supera em ao menos 10 anos a do parceiro. Pois bem, esta me superava em 19. Enfim, era novidade.
Conheci a criança através de um amigo meu, Yan, que já a tinha comido. Ele me dera o nº de ICQ dela e disse: pode ir direto ao assunto. A mulher é maneirinha. O fato é que ela nunca estava on line. Até que...
Sábado, 19:47h. Iria viajar a trabalho no dia seguinte, para a Bahia. Acordaria cedo. Não estava muito a fim de sair. No máximo para "socar". E nesse contexto ligue meu AMD K-6 II. Conectar a IG. Ocupado. Puta que o pariu! Conectar a IG de novo. Ocupado. Porraaaaaaaaa! Na décima nona tentativa, já pensava na Playboy da Leka para poder dormir "leve". Eis que ...biiiiiinnnnnnkajskjkajkjskajslalloafkladk. Conectou! Porra! ICQ...loading contacts...online. Pronto. Password for fucking.
Olho a lista de pessoas on line e...ora veja você. Lá está ela!
O diálogo começa. Descubro que é escritora, mora em Botafogo. Pergunto o que ela gosta de fazer, e digo que gosto de fazer mais ou menos a mesma coisa, acrescentando "NAMORAR", como última coisa. Ela disse que tb adorava isso. Olhei a foto dela num site que me indicou. Ela gostou da minha. Mezzo caminho andado.
Falei que queria encontrá-la ainda hoje, já que estava sozinha e ela gostou da idéia. Tentou marcar num restaurante emvbaixo, mas recusei. "Não. Aí na sua casa." Ela: Uau! Já...assim? Eu falei: "É. Assim.". Ela: "Bem, minha mãe veio me visitar, mas isso não serrá problema". A safada expulsou a mãe de casa. Que filha da puta!
Em 08min eu já tocava a campainha. Minha primeira impressão: "O Yan me paga!". ela segurava um livro de poesias."Entre". Entrei, meio cabreiro. Ela então começou a ler um trecho de um livro dela. Acabou e ficou me olhando, aguardando o aplauso. Eu disse "bacana", ao mesmo tempo em que pensava "uma merda". Poesia esquizofrênica e pretensiosa. Poesia é muito fácil...você faz meia dúzia de versos, enche de metáforas e faz pose de gênio. Quero ver escrever um romance de 1000 páginas, em dois tomos. Filha da puta!
Ate que ela era bonita. Chegamos entào na janela para ver o Cristo. Logo já estava cinturando e beijando. 1minuto e 20 depois já estávamos em seu quarto. Deitamos na cama de casal, que mais tarde eu viria a saber que era da Tok & Stok. Mal tirei a cueca e ouvi um estrondo alto, acompanhado da minha própria queda. A cama cedera. Por isso que eu não compro merda nenhuma na Tok & Stok. Tudo dessa porra de loja quebra. Ela ainda argumentou: "mas a cama era novinha"...
Rei morto, rei posto.
Arrastamos o enorme colchão para sala, e começamos a atividade. E como gritava na peia aquela coroa?! Cheguei a ficar constrangido pelos vizinhos. A mulher era uma fodedora nata. Depois de mandar a primeira, ela ficou deitada sobre meu peito enquanto recitava mais alguns de seus poemas. Que tortura. Pior era fingir que gostava. Ela achava que eu estava embasbacado com sua suposta genialidade. E eu pensando "que merda, porque ela não fica calada?" Logo descobri que só havia um jeito de calar a boca da "punhetisa". E fí-la engasgar com minha jeba novamente.
Após mais alguns gritos e gemidos de praxe, vesti minha roupa. Ainda ajudei a puxar o colchão de volta, bom garoto que sou. Despedi-me, sem beijá-la.
Desci, peguei o taxi e voltei pra casa. Abri a geladeira e puxei uma coca-light. Deitei no sofá e abri um livro do Rubem Fonseca, cada vez mais convicto de uma coisa: poesia é o caralho!!!!!


pura PUTARIA & ZOAÇÃO... Goldenboyz are in the house!

Foi assim:
Eu me levantei e disse:
_ Tudo bem. Pára, então. Chega. Não quero mais. Ouviu?
Cansei disso aqui. Eu vou pegar minha jaqueta jeans e sair daqui agora mascando um chiclete "Ploc" e cantarolando Sandra de Sá.
Mas antes, vou fazer uma bola bem grande e estourar.
Vou descer as calças e mostrar minha bunda.
Vou tirar a carne do dente de trás com o dedo.
Vou fazer um "Cererececê, bananinha prá você, cheira aqui que eu quero ver..." com coreografia e tudo.
Quando percebi que não estava sendo assim, a pauta da reunião já tinha passado do item 2 para o item 5.
Vamos pedir água e café (e lexotan)?

entediado no Os 3 Comuns

Eu era doutoranda de ginecologia&obstetrícia e estava fazendo um parto. A grávida era uma moça branca, cabelos cacheados, bem brasileira. Seu marido era um português simpático, louro e de olhos azuis. Durante o período das contrações-sem-fim ele esteve ao lado dela, dando o maior apoio psicológico e tal. Chegou a hora "H" e ele quis assistir a tudo. Eis que o menino nasceu e passei-o rapidamente ao pediatra. Esse é um momento meio agoniante, sabe? A criança escorrega muito e temos que ser rápido para que ela seja aspirada e aquecida. Portanto, os obstetras mal vêem a carinha do bebê. Bom, o menino recebeu os cuidados médicos iniciais e ficou num berço aquecido que ficava atrás de mim. Eu comecei a notar um zum-zum-zum entre as auxiliares de enfermagem. Olhavam pra criança e saíam. Depois vinham outras pessoas olhar, cochichavam e iam embora. O pai com cara de quem não estava entendendo nada, coçava a cabeça, olhava pra mulher, pro bebê, pro teto... E eu morta de curiosidade pra saber o que se passava. Será que o menino tem algo de estranho? Alguma malformação? Algo que eu não vi? E quando não aguentei mais de curiosidade eu me levantei pra averiguar o que era. Suspresa! O bebê era um japinha liiiindo.

Até hoje eu me pergunto qual o fim dessa história. O que a mulher disse pro marido, meudeusdocéu?!!

de uma Bela, linda criatura, bonita. Nem menina, nem mulher...

Acho que meu peixe vai morrer...
Pequena impressão de que sentirei falta de limpar o aquário.
Há três anos eu dou comida para o peixe quando acordo.
É a primeira coisa que eu faço. E nunca me esqueci. Nem um dia.
O que vou fazer antes de arrumar a cama e lavar o rosto?

É a minha rotina, acabando aos poucos.
Deveria ser bom...
acho.

Bavardage

27.1.03

Sonho terrível essa noite. Sonhei que estava em uma suruba, junto com uma ex-namorada. Até aí tudo bem, nada demais... o problema é que o outro casal participante era ninguém menos que Elza Soares e Valderrama. Deve ter sido algo que eu comi ontem...

na boquinha da garrafa de Cerveja

Finalmente comprei meu caderno. Nem é como eu queria, mas foi baratinho e vai servir pra anotar umas coisas aí. E depois eu faço uma capa legal, ponho uma foto que já tenho na cabeça e pronto, amor eterno. Até ele ficar velhinho, rabiscado e entrar pra prateleira das lembranças, junto com as doze agendas dos anos em que meu diário não era aberto ao público.

Essa minha neura com cadernos novos é antiga. Eu amava chegar na 1a. unidade, na escola, com material escolar brilhando de novo, caderninho limpo e com meu nome em cima. Nathalia Duprat. Porque eu sempre odei o Barros. Duprat ponto. Só? Só. E eu tinha um ritual: nos cadernos de classe, eu usava canetas verde, azul e preta, e lápis. Aliás, isso deve ter sido lá pela quarta série em diante, porque aos pirralhos só era permitido usar lápis mesmo. Mas bem, nas tarefas em sala, eu escrevia o cabeçalho e as perguntas em caneta azul, o número da questão de preto e a resposta de lápis. Verde pra corrigir. Nas tarefas de casa, o ritual era o mesmo, apenas trocava a caneta verde pela vermelha. Detalhe: eu sempre escrevia, embaixo do cabeçalho, "Tarefa de casa", sublinhada duas vezes em vermelho, e com uma casinha com chaminé desenhada bem do lado.

Mas pensando agora, uma coisa que nunca entendi bem é porque criança sempre aprende a desenhar casa com chaminé, fumacinha saindo e uma macieira do lado. Quantas crianças aqui no Brasil (mais precisamente no calorão do Nordeste) tem chaminé em casa? E macieira? Surreal isso.

chupado do Sorvete de Casquinho

A INSÔNIA E O FUGITIVO

Insônia. Agora dei pra isso. Logo eu, que sempre fui bom de cama pra caralho. Pior é que além de ficar rolando na cama sem, contudo, conseguir pregar o olho, ainda fico tendo flash-backs da minha vida. Mas foi assim que me ocorreu a história que vou contar pra vocês hoje e que tava escondida em algum lugar bem remoto da minha memória.

Em 1987 - puta merda, é tempo pra diabo! - eu estava na sétima série. Era um prodígio. Não fiz a primeira série, fui catapultado direto pra segunda e ainda encerrei o ano como o melhor da turma. E a coisa se manteve nos anos seguintes. Mas aquilo era um saco. Tinha que ser sempre o bonzão da parada. Era o queridinho dos professores, o orgulho da família e um exemplo pros filhos burros dos amigos dos meus pais. Alguns mandavam os lesados lá pra casa pra estudar comigo. Só que tinha um problema: eu nunca estudava. Não tinha nem matéria. E era o cão na escola. Praticamente um terrorista. Botava bomba em banheiro, pó de mico no ventilador da sala e volta e meia mostrava o pau pras garotas da turma. Enfim, eu não era exemplo de pôrra nenhuma. Ao menos não um bom exemplo. Era, sim, sonso e falso que nem nota de R$ 3,00. Mas, mesmo assim, tinha que prestar contas em casa.

No segundo bimestre de 87, eu tava muito de saco cheio daquilo. Não suportava mais fingir ser uma coisa que, definitivamente, eu não era. Me rebelei contra o sistema. Ia pra escola passear e tocar zarolha. Era uma espécie de Notorius B.I.G. dos trópicos. Um líder nato. Assim, enfim, consegui minhas primeiras duas notas vermelhas: matemática(meu eterno ponto fraco) e educação artística. Dessa aí eu até me orgulho, pra dizer a verdade. Me desculpem os desenhistas, arquitetos e afins, mas isso, pelo menos pra mim, é coisa de viado. Mas é claro que há excessões - ou não, Fernando? O que só vem a confirmar a regra. Enfim, tirei nota vermelha. E, admito, a sensação foi horrível. Precisavam ver os olhares que me lançavam. "O rei está nu", pareciam eles bradar. Me senti um merda.
Bate o sinal. "Puta que pariu!", pensei. "E agora? Como é que vou explicar em casa essas duas notas?". "Pô, meu pai e minha mãe vão entender, né? Afinal de contas, foi a primeira vez. E no bimestre que vem eu recupero isso mole.", saí a meditar. Minha irmã do meio, a Tati, mal conseguia esconder sua alegria. Era a vingança. Chegamos em casa e ela mandou logo: "Mãe, saíram as notas. Não tirei nenhuma vermelha, mãe. Mas o Fabiano...". "Filha da puta!", ameacei gritar. Mas minha posição era delicada. "Te como na porrada depois, sua vaca.", falei entre os dentes. Minha mãe veio espumando pra cima de mim. Não deu nem tempo de tirar as provas da mochila. Parecia um polvo numa festa tecno. Nunca vi tanta mão numa só pessoa, gente. O que era aquilo? Apanhei pra caralho. E chorei ainda mais. "Já pro seu quarto estudar!", berrou. "E nada de almoço.", decretou. Pôrra, apanhar tudo bem, mas ficar sem rango também? Aí fodeu. Era castigo demais. "Mas meu pai daqui a pouco taí. Quero ver ela meter essa marra com ele por perto.", pensei com meus botões. Meu pai sempre puxou meu saco. E ainda tinha o agravante de eu ser o varão. Não tinha jeito. Aquele castigo não iria durar mais do que meia hora. Era só o tempo de o coroa chegar pra almoçar.

Me enfiei no quarto e fiquei embromando. Minutos depois, ouço o tirlintar das chaves do velho. Me debrucei avidamente sobre os cadernos e livros. "Oi, filhão, tudo bem?", disse ele ao chegar. "Tudo, pai.", respondi com uma voz chorosa. "Que que houve, filho? Tava chorando?", indagou-me. "Nada, não. Bobeira da mãe.", falei. E se encaminhou à cozinha. Esfreguei as mãos. "Tá ferrada agora. Vai tomar mó esporrão. Vai sair até de lado.", previ. Quando ouvi o tirlintar das chaves vindo em direção ao quarto, voltei-me rapidamente para os cadernos. Só senti a porrada na nuca e nem notei que tinha dado com a testa na escrivaninha, já que numa fração de segundos a minha cabeça se encontrava no mesmo lugar de antes. Ainda vieram mais duas. Tum! Tum! Depois, a tradicional torcida na orelha e toda a sorte de palavrões e ofensas morais. Pior, o castigo do almoço foi confirmado.

Era demais pra mim. Eu não merecia ser tratado daquela forma. Não depois de ter sido o papa por tanto tempo. Apenas um pequeno deslize e... pimba! Eu não era nada além de escória. Sacanagem. Mas aquilo não ia ficar assim, não. Eles iam ver só. O deles tava guardado.
Como sempre fazia após o almoço, minha mãe seguiu para o banco e de lá pra loja da minha tia, onde ficava fofocando por horas a fio. Tradição da família, no caso. Fui até a cozinha, peguei um pacote de pão Plus-Vita fechadinho, queijo, manteiga, presunto, maionese, mortadela e usei todo o pacote pra fazer uns sandubas. Daí peguei mais duas pêras e duas maçãs e um litrão d`água. Alguma roupa, um lençol e uma cobertinha, pus tudo dentro da minha mochilinha preta da falecida Quebra-Mar, a Fernanda, e fugi de casa.

"Pra onde ir?", era a questão. Fui pra estação e peguei o trem pra Japeri. Era a primeira vez que andava de trem. E eu nunca havia ido a Japeri na vida. Cheguei lá e...

... continua na toca do Tatu

Queda de coco mata dona-de-casa - A Gazeta de Vitória

Cachoeiro - A dona-de-casa Maria Alves Barroso, 74, que residia na localidade de Santo Antônio do Frade, zona rural de Vargem Alta, foi encontrada morta na noite de terça-feira, num matagal próximo de sua residência. Parentes da mulher afirmam que ela foi atingida na cabeça por um coco verde, enquanto apanhava lenha. Maria Barroso saiu de casa à tarde para apanhar lenha e, três horas depois, ainda não havia retornado. Isso levou seus parentes a desconfiarem de que algo de anormal pudesse ter acontecido. Segundo o filho de Maria, Reginaldo Rosa, ela foi encontrada caída, por volta das 21 horas, embaixo de um coqueiro. A Polícia Militar do município foi acionada. Ao lado do corpo de Maria havia um coco com marcas de sangue.

essa é uma Vida de cão

Madame Satã? Lixo. Nossas amigas? Lixo. Tanto quanto os amigos. Por que não apresentá-los? Porque eles nos apresentaram. O que fazer?

Sou cega. Surda. E não falo inglês.

A xoxota-muda resolveu abrir a boca. Alguém com preguiça de me comprimentar, várias vódcas com menta depois, já me considerava a melhor amiga. O goró do Satã é mortal, acreditem. E só eu mesma para adorar essas pessoas de reputação duvidosa.

E vocês, hypes-wannabes-paga-paus-de-gringos, sigam o conselho da xoxota-pseudo-virgem: o melhor lugar é a pista.

Eu não pude ver a xoxota-straigh hoje na Verdurada. Teve churrasco de niver do meu pai. Costelinha, charuto e cerveja. Mas o culpado pela minha diarréia é o goró do Satã. Eu não disse que é ruim??? Tá certo que eu só tomei cerveja, mas...

Então, esse papo de marvada carne rolou há pouco no ICQ. Pergunta: posso engolir a porra daquele animal do meu namorado? Não me culpem por tornar púbica a dúvida alheia - sim, eu esqueci o L de propósito.

E teve aquele também que não chupou a garota porque é vegan. Ok. Mas bem que ele se esbaldou na saliva da minha amiga. Das minhas amigas, melhor dizendo.

Mas chega desse papo porque já pedi o divórcio do falso marido que me passava infos engraçadas sobre os junkies-genéricos.

vira o disco Lado B - by Bibia

Que grande madrugada lixo, o que eu faço acordado a essa hora?

Nada, eu não sei o que me faz ficar aqui, que tipo de sensação esquisita é essa, eu simplismente quero ficar aqui, como se a qualquer momento pudesse acontecer algo de extraordinario que possa mudar minha vida, ou simplesmente alguma coisa legal, quem sabe eu encontro um site bacana, descubro uma noticia bacana, ou quem sabe eu entro no Bacaninha, mas o tédio de ficar aqui é aterrador, e mesmo assim eu fico, fico esperando algo, e nada acontece, sempre assim, então por que eu fico? Por que eu fico?

E nessas eu vou ficando aqui, ouvindo música e colocando aqui, pois sim, nem meu cérebro quer pensar, então acho mais facil ficar escrevendo a letra das músicas que eu vou escutando, total falta do que fazer, pensar...

toda uma Diarréia Mental

Ela sentou-se na cama ao pé de mim. Olhava pra mim com um ar de seriedade, mas eu sabia que o ar sério dela não era preocupante. Ficou me olhando, mexendo os olhos para ver se conseguia capturar minha atenção. Eu estava lendo um livro. Por fim de dois minutos, deitei o livro de lado e olhei para ela. Ela ainda não havia falado nenhuma palavra, apenas esperava pela minha atenção.
Foi então que ela declarou:
- Eu vou ao psicologo!
- O que?
- Eu vou ao psicologo.
- Mas eu não entendo. Por que? Você não anda se sentindo bem? Desculpe. Eu realmente não tenho dado muito atenção a voce.
- Não, não é isso. Sou eu. Não sei como lhe explicar.
- Mas. Você anda triste?
- Sim.
- Por que?
- Não sei. Mas é por isso que eu vou ao psicologo.
- Mas ele vai descobrir o que tem te feito triste?
- Não. Mas ele vai parar com isso. Eu vou agora pedir ajuda dele para não ficar pior depois.
- Ah.
Ela continuava séria. E continuava com o ar de sereno. O mesmo ar sereno que ela sempre carrega. Parecia que ela não se deixava abalar por nada.
- Não fiques preocupado. Tudo vai ficar bem. Quer dizer, tudo já está bem. As coisas vão apenas melhorar.
Eu ainda a olhava por não compreender bem aquela conversa toda. Ela pegou na minha mão e continou a dizer, tudo só vai melhorar.

Oh No. Don't Just Stand There. Do something.

Ficamos juntos na festa, e o cara não saiu do meu pé. Não deixava nem que eu fosse até o bar pegar uma cerva sozinha... aí, ele veio me mostrar o celular com uma mensagem da ex. Contou que a menina tinha ligado pra ele naquele dia e que ele tinha dito pra ela desencanar pq ele 'tava namorando'. Aí falei: 'mas vc NÃO tá namorando'. Ele disse que tinha falado aquilo só pra ela desencanar pq 'quando ele tá com uma pessoa, tá com uma pessoa'.

Fomos pra casa e ele chegando lá saca um monte de camisinha da bolsa dizendo 'trouxe essas camisinhas, deixa aí com vc pq não vou precisar disso pq não vou transar com mais ninguém'. Fiquei com uma cara de tacho e disse que não, que as camisinhas eram dele e ficavam com ele, que aquilo não tinha nada a ver. Porra, se eu fosse ficar com as camisinhas do cara, eu ia transar com outros com as camisinhas?

Eu preferia ir de ônibus pro trabalho pq não agüentava mais o cidadão, mas ele insistiu em me levar pq disse que eu era uma companhia maravilhosa. Ah, passou o finde inteiro dizendo que se contasse pro espelho o que tava rolando ele não acreditaria.
pois é, Homem É Tudo Palhaço

Viajei pro litoral sexta, pra participar da Travessia da Ilha dos Lobos, em Torres. Foi uma decisão imprevisível, eu nem pensava em participar dessa prova, mas me ofereceram carona e lugar pra ficar na praia, e de repente uma voltinha longe de Porto Alegre me pareceu interessante. Fui. Fiquei em Atlântida, um dos melhores lugares do planeta para se experimentar os malefícios do sensualismo moderno e do vampirismo. Um mundinho bastante triste, aquele.

A prova foi hoje de manhã e me dei tribem, peguei quarto lugar na categoria, com medalhinha e tudo, 24min e 10seg de tempo. Bem divertido. Cheguei em casa há poucas horas, com aquela sensação de "aonde eu estava mesmo?".

estripado do Gorgomilhos & Perdigotos

Diálogo real nelsonrodrigueano

Duas amigas minhas se encontraram, a primeira recém-separada. A outra quis saber:
- Mas o que houve?
- Não deu certo...
- Mas ele te traiu, você se apaixonou por outro...qual o motivo?
- Não há motivo concreto, não há traições...Isso é que tem sido mais difícil. As pessoas me perguntam e eu não tenho uma razão palpável pra elas segurarem...
- Entendo...Se ele te batesse, seria mais fácil, né?
- Olha, querida...se ele me batesse, talvez eu não tivesse me separado dele...

de elasporelas

Tem uma multidão em volta da fogueira, viva o frio do sul até o minuano resolveu participar do fórum. Interessante como uma fogueira aproxima e parece purificar a alma das pessoas. Falei com um pessoal agora, entre um assunto e outro, tentei explicar o que estava fazendo. A frase que escutei foi perfeita: “- deve ser fantástico tentar colocar com palavras o que nossos olhos estão vendo.”

Perfeito, perfeito! É difícil, muito difícil.

Vou dar uma volta pela “periferia” do acampamento pra ver o que mais está rolando.

{...}

Uma cena no mínimo bizarra! Uns 15 “chuveiros” (canos de pvc, com algo semelhante a um chuveiro em cima), ao ar livre, todos com água gelada, sem nenhum tapume. Ou seja além de tomar banho no frio (e hoje está bem frio, 18 graus), tem que ficar de vitrine pra multidão que está passando, alguns tirando foto, filmando e outros escrevendo. Um bando de malucos (corajosos), homens, mulheres, misturados na água gelada. Tudo pelo social...

{...}

Cheguei ao epicentro do “vulcão”, quer dizer, acampamento. Uma multidão sentada, um cheirinho gostoso de “agrotóxico”, malabaris, gente com pena na cabeça, meditação, beijo na boca, uma mulher batendo algo semelhante a um tambor indígena e me encarando, deve estar se perguntando o que esse maluco faz ali escrevendo

Tá rolando uma meditação, ou algo semelhante, com um “mestre” meio vestido como um xamã, o povo sentado em círculo um de frente para o outro, o “mestre” falando em uma língua que não entendi lhufas e a mulher (a mesma do tambor que ficou me encarando), traduzindo. Agora ele pede para os participantes se abraçarem... tem uns ali se passando.

Vou pra perto da fogueira, tá frio pra caralho. Péra ai, péra ai! O “mestre” mandou todos os participantes formarem um grande abraço. Suruba!!! Eba! To nessa!!!

{...}

Mais maluquice! Um grupo surgiu do nada e fazendo muito barulho, um samba maracatu esquisito, o embalo é bom, mas um pouco difícil de definir o que é. Por outro lado a moça que está tocando uma espécie de bumbo, vou te contar, é linda!! Linda mesmo!!

Acabei de descobrir porque esse “samba-maracatu” me soou tão estranho... o pessoal que está batucando é sueco! Nossa não sabia que rolava samba na Suécia! Isso aqui é realmente surreal, sueco tocando samba com apitinho, tipo escola de samba e tudo mais! O povo ao redor pede bis. Não sei se pelo samba-maracatu-reggae-sueco, ou pela loirinha bumbeira...

{...}

Por hoje chega. Muito frio, apesar muita coisa ainda estar acontecendo. Para os que estão acampados a noite não terminará tão cedo, para os que se venderam para o sistema (eu!), a cama é um mal necessário nesse momento, afinal amanhã é mais um dia de trabalho e não tenho a mínima idéia de que horas serão, mas é tarde... bem tarde.

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