Meu encontro com o Padre Levedo (não íamos contar para ninguém, mas o exibicionismo falou mais alto)
Estava em SP e encontrei o Padre no icq. Poxa vida, nos conhecemos via net há mais de um ano, mas ao vivo, nunca tínhamos nos visto. No meio do porre, combinamos de nos encontrar no dia seguinte, no Sujinho da Consolação. Super apropriado para uma dama e um padre.
Chego lá e cadê o santo homem? O garçom me disse que ele tinha ido me procurar no outro Sujinho, do outro lado da avenida, porque eu estava atrasada (aliás, como sempre). Fiquei esperando na porta e o garçom apontava para ele, lá longe, e me perguntava: "não é aquele ali que você está esperando?". Eu não podia dizer "sei lá, nunca vi", então disse "não dá para ver daqui, eu não enxergo muito bem".
E foi então que eu o reconheci. O Santo Padre em carne e osso, muito mais carne do que osso, se é que me entendem. Um homão.*
"Padre, onde é que você andou?" acho que foi isso que eu disse, ou outra coisa qualquer sem lógica nenhuma. E o abracei.** Ele já estava bebaço, eu tinha me atrasado muito. Sentamos e começamos a beber.
Eu não sabia o que dizer, como sempre, e ele muito menos (ele vai querer deletar isso).
Foi estranho. Nunca tínhamos estado juntos. Muitos e muitos porres já tomamos, mas aquele era o primeiro ao vivo. E ele me examinava, como se eu fosse uma coisa: "nossa, olha só suas unhas", "que coxas" e começou a botar a mão na minha coxa. "Padre, calma aí. Eu sei que sou irresistível***, mas tente se controlar".****
E nós rimos muito, mas muito mesmo, e bebemos cerveja com Steinhagen ali, em plena tarde de segunda-feira na Consolação. Depois de um tempo, o álcool teve a grande idéia: "Padre, vamos no cinema". Saímos naquele puta sol, os dois travados e ele querendo ir para um lado, e eu dizendo "não, é para lá". Chegamos na porta do Belas Artes, sabe-se lá como, e ficamos tentando ler o que estava passando. Não tenho a menor idéia do que era, só sei que eu vi que ia dar merda e desisti: "Padre, tenho que ir embora". Ele estava travadaço, sei lá o que ele falou, e então eu o abracei e não sei como, não me perguntem, acabamos entrando num táxi hahahahahhahaha.
Eu desci do táxi na minha rua e falei pro motorista seguir até a casa dele. Ele estava num estado lastimável (haahaah vai ficar puto com isso). Dei um beijo nele e fui embora.
As frases abaixo mostram o que o Padre queria que eu inserisse no texto, a qualquer custo, mas eu achei que eram um tanto exageradas:
(*) "percebi, pelo porte do Padre, que ele deveria ser muito bem-dotado."
(**) "e então, emocionada por estar na presença do Santo Homem, o abracei comovida."
(***) "fale dos seus peitos, que pareciam querer saltar do minúsculo vestido preto."
(****) "não posso crer que você queira que a sua bunda maravilhosa fique de fora desse relato!"
Alguns diálogos foram omitidos, mas ele fez questão que fossem publicados:
- Eu conheço um lugar aqui perto.
- É mesmo? Fale-me mais sobre ele. (me fazendo de sonsa)
- Não há muito o que dizer depois disso, se é que me entende.
- ahahhahhahaahhahhahahha.
E quando ele disse:
- Eu vou ao banheiro. Vem comigo e me mostra seus peitos.
- Padre, esquece que você é gaúcho, você não precisa provar nada pra ninguém (na verdade não me lembro o que eu disse, já estava viajando, mas foi algo nessa linha).
tomado de Café demais na ilha de Ursos - parte II
9.12.02
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