Queria tanto contar sobre a epifania que tive outro dia na Represa, quando eu finalmente descobri qual é a graça do fim-de-tarde-começo-de-noite, quando não é absolutamente nem uma coisa nem outra e o céu está dividido entre o que deve ir e o que deve chegar - tudo isso estendido aé uma tensão absurda por um céu cheio de nuvens. Mas ninguém parece notar. Uma tia passou andando com seu viadinho de tiracolo, "Tem razão, a gente devia ter vindo mais cedo, né?" Aposto que ela nem olhou o céu. Se ela tivesse olhado pro céu ou pelo menos ouvido aqueles sons que aem da Represa, talvez soubessse que aquela era a hora certa pra estar ali.
Os sons da Represa. Falei disso, mas não me peçam explicações. Sons de vida: aves, sapos, as capivaras - que não fazem som mas também são legais. É dez, cara.
Meus dentes do siso estão nascendo e parece que pra nascer eles precisam me matar. É sério. Sexta-feira eu achei que ia desmaiar de tanta dor. Os filhos da mãe estão empurrando os outros dentes pra frente e chega uma hora em que você chapa de Paracetamol mas ainda assim parece que sua cabeça vai sair correndo.
É nessas horas que é bom ter um pai hipocondríaco, que lembre "Quando eu extraí aquele dente, me receitaram Diclofenaco". Hehe. Tiro e queda! Quer dizer, tá doendo, mas pelo menos aquelas idéias suicidas já passaram.
detonado no InsanidadePublica
9.12.02
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