Vou contar a vocês: tudo o que sei dos seres humanos e da vida deve-se ao bom (ou mau) funcionamento dos meus intestinos. Na pocilga em que estudei, sabíamos todos que as aulas eram uma merda; legal mesmo era acompanhar as discussões filosóficas grafitadas nas paredes do banheiro e, às vezes, participar delas. Recebi, por exemplo, minha melhor lição de política naquele momento sublime de introspecção profunda (vocês sabem: a bosta bate na água, a água bate na bunda). Alguém tinha escrito que o diretor da faculdade era um burro. Outro alguém ponderou: "Fulano não é burro; burro é você, que não sabe a diferença entre um filho da puta e um burro". Agora me digam se isso não vale todo o Maquiavel, com o Max Weber de lambuja.
marmelada de puragoiaba
27.12.02
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