28.1.03

Eu era doutoranda de ginecologia&obstetrícia e estava fazendo um parto. A grávida era uma moça branca, cabelos cacheados, bem brasileira. Seu marido era um português simpático, louro e de olhos azuis. Durante o período das contrações-sem-fim ele esteve ao lado dela, dando o maior apoio psicológico e tal. Chegou a hora "H" e ele quis assistir a tudo. Eis que o menino nasceu e passei-o rapidamente ao pediatra. Esse é um momento meio agoniante, sabe? A criança escorrega muito e temos que ser rápido para que ela seja aspirada e aquecida. Portanto, os obstetras mal vêem a carinha do bebê. Bom, o menino recebeu os cuidados médicos iniciais e ficou num berço aquecido que ficava atrás de mim. Eu comecei a notar um zum-zum-zum entre as auxiliares de enfermagem. Olhavam pra criança e saíam. Depois vinham outras pessoas olhar, cochichavam e iam embora. O pai com cara de quem não estava entendendo nada, coçava a cabeça, olhava pra mulher, pro bebê, pro teto... E eu morta de curiosidade pra saber o que se passava. Será que o menino tem algo de estranho? Alguma malformação? Algo que eu não vi? E quando não aguentei mais de curiosidade eu me levantei pra averiguar o que era. Suspresa! O bebê era um japinha liiiindo.

Até hoje eu me pergunto qual o fim dessa história. O que a mulher disse pro marido, meudeusdocéu?!!

de uma Bela, linda criatura, bonita. Nem menina, nem mulher...

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