Tudo vale a pena
será? Foi o que comecei a pensar ontem, quando cheguei em casa, exausta, e decidi empilhar uma montanha de livros na sala, para ter o prazer de ver aquele amontoado de teorias em outra dimensão. Tirar os livros da estante me fez ver ter vontade de esvaziar mais a mais a minha casa, numa pretenciosa intenção de fazer tudo combinar com minha nova condição: vazia.
É estranho pensar que passei tanto tempo tendo que pensar em alguém e de uma hora para outra todos esses pensamentos estão suspensos, literalmente no ar. Não sei o que fazer. Poderia simplesmente substituir esses pensamentos, transferi-los para outra coisa, outra pessoa. Mas não sei se estou totalmente disposta a fazer isso. Acho arriscado demais. E daí vêm as dúvidas, o medo...
Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro... (Clarice Lispector)
um barulho surdo
22.3.03
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