Revisa-se possiveis sucessos, alegrias... tristeza, incoerência, fracassos, paradoxos, depressão. As coisas perdem o sentido de seus esforços, nem sempre compensados como merecido. O que se houve por aí: "a vida é assim mesmo...", então concluiu que não nasceu pra viver, se assim é pra ser. Nasceu por engano. Por acidente.
...
Aquele vidrinho estava em suas mãos, quase aberto. Estava ajoelhada. Olhava fixamente para chão e pernas brancas, com um olhar sem sentido, sem rumo, e totalmente perdido. Vestia um shorts pequeno, e uma camiseta grande, pretos. O rosto vermelho em lágrimase uma decisão tomada. A realização dessa decisão: mais lágrimas, e batidas cardíacas a cada segundo mais acelerada, despedia-se dessa situação não com muito arrependimento. Estava pronta a utilizar o conteúdo do vidrinho quando...
Sentiu uma mão pesada estapeando a dela, o vidrinho fora arremessado contra a parede, quebrando e desperdiçando a possível solução dos problemas que ali continha. Algumas ofensas. Algumas liçoes do moral. Sacudidas. Umas verdades. E ainda não se levantou do chão.
...
Mas agora ela está sozinha, dessa vez ajoelhada em um piso escuro, e o mesmo olhar perdido... E não aparecerá uma mão pesada que possa impedi-la.
Revisões num Sanatório Sanitário
1.7.03
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