15.1.04

Torturaram-me!

E se você descobrisse que uma parte da sua família tem passos de dança, a routine, tudo muito bem coreografado, e que, não obstante a sua dedicação sobre-humana, você, inepto ébrio, não conseguisse decorar aquela coisa tão 70's? Vergonhoso. Lamentável.

Tem gente que começa escrevendo artigos com "Lamentável. Mais uma vez o Brasil dá provas de que...". Gente porca.

A tortura vai cessar, vai, vai. E passarei a escrever mais a palavra cãibra, porque é bonita do jeito que é. "O Pinto Que Tinha Cãibra". "O Cãibro d’Angelico". "Morreu de Cãibra ____" (no pinto, no coração, etc. Inúmeras variações aqui).

O que eu vou ganhar de aniversário? Não me dêem coisas de pobre.

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A pale cast of thought

Não sou um de vocês. Não sou sabedor de coisa alguma. Sou parte do legado de nossa miséria. Tudo em mim é fragmento.

Nos vãos do meu espírito ecoa o soturno tugido de um urutau, que me tresnoita a existência, repetindo: "sofra mais". Sou um leguelhé fanhoso, recém apeado da puerícia, mas já engolfado pelos olhos sardônicos do mundo.

Hoje o teen finalmente desgruda da minha idade, alijando a wertherite aguda responsável por posts surreais.

I’ve stitched lies upon my patchable soul. Mea culpa. A alma gentil e carinhosa não pode ser responsabilizada pelas ilusões por mim projetadas naquele feerismo fóguico que me preenche o coração, o mais apertado dos infinitos.

Forjando-me prócer, ouço de meu púlpito a ensurdecedora balbúrdia de meus conviventes, que me ignoram o cansaço – e o medo de tornar-me promissor para o resto da vida.

A Stirre's Secret Lair

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