4.2.04

Secos e molhados - ou - o lojinha que tem de um tudo e mais un poco

Dia sim, dia não, vou na quitanda aqui na frente comprar Coca light pro pequeno e vinho para mim. Ha semanas que vou todos os dias, no fim da tarde, la pelas 6 e meia, 7 horas so para ficar papeando com Abdel. Mas as coisas nem sempre foram assim. No inicio, quando mudamos para estas bandas, mal o cumprimentava em virtude do mal que me acomete, e que agora todos vocês têm ciência, a bloqueadora timidez. Fui indo de mansansinho e aos poucos fui arriscando uma conversa. Costumo confiar no meu no meu sexto sentido para fazer amigos e eu sabia que o senhor la da quitanda era uma cara bem legal, e desta feita não custava nada dar um sorriso acompanhado de um bonjour e claro, conforme as condições meteorológicas reclamar do frio ou do calor, como todo mundo faz quando não se tem muito a dizer, mas alguma vontade de estabelcer contato.

E, confirmando minhas suspeitas, descobri que o moço da quitanda é um poço de simpatia com qualquer um que chegue la e nem precisou estudar marketing para saber como cativar a clientela. Fora isso tem o excelente fato de abrir todos os dias, inclusive sabado, domingo e feriado, so fazendo uma breve pausa para a siesta, como é costume aqui nas redondezas.

Sei que daqui a uns tempos vamos ter que nos mudar de novo. Não, não por agora, mas isto ja é questão pacifica e consolidada, pois sabemos que quando tivermos rebentos teremos que deixar nosso amplo quarto e sala e por tabela, Abdel. Nem gosto muito de pensar nisso. Ficar longe do meu anjo da guarda que me vende o vinho baratinha num dia e me da, assim mesmo, de gratis, a aspirina no dia seguinte.

Alto lá, cara pálida!

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