17.3.04

Ando permeada de fragilidades e delicadezas, bordada nos olhos da menina que povoa minhas inseguranças. O mundo tem emulado um quarto escuro cheio de incertezas e fito a porta rezando confusa uma oração onde peço resgate, onde peço um abraço de aconchego e calma. Desaprendi meus trinta e poucos anos e estranho este grande corpo que o tempo me trouxe. Por dentro me reconheço impúbere, miúda e pouca e tenho medo dos estalidos da casa. Se chover amanhã, invento doença e fico na cama e faço de conta que se chamar mãe, ela vem. A nenhuma menina poderia ser permitido ficar sozinha em dias de fragilidades e delicadezas como este.

Não Discuto

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