Eu presto atenção no que eles dizem...
Mas eles não dizem nada.
Palavras sem sentido. Silêncios vazios e avassaladores. Um medo quase palpável.
Medo.
Vergonha do medo. Tristeza pelo medo. Angústia no medo.
Medo que corrói ideais, sonhos e objetivos.
Medo que destrói uma base construída de entusiasmo, alegria e coragem.
Vontade de desistir. De entregar os pontos. De jogar tudo prô alto e, ir atrás de meus sonhos, por mais que eles representem riscos que jamais me atrevi a correr.
Mas esse medo, que persegue e maltrata, impede que atitudes - que nos desviem um milímetro sequer do rumo que tomaram nossas vidinhas confortáveis - sejam concretizadas.
A vontade de mudar existe e sempre existirá.
Mas, o medo e essa covardia, que nos é mais humana que a própria vida, nos faz mudar cada vez menos.
Ele está ali, parado a porta; e aqui também, sentado a meu lado, me observando atentamente.
Ele está lá fora e, ao mesmo tempo, dentro de cada um de nós.
Falemos baixo, por favor. Talvez ele não perceba o que estou planejando...
Se necessário, peço que, por gentileza, o distraiam.
Vou ali fazer minha vida valer a pena e já volto.
Requintes de Crueldade
7.3.04
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