A solidão dói milhares de ratos a roer o avesso da pele e cheira um mofo de cantos há anos sem sol. Brotam verdes e estranhos azuis no corpo que vai se tatuando de abandono e se entrevando cada vez mais e mais encolhido buscando o próprio colo e um ventre de nascer pra dentro. A solidão vigia com olhos escancarados minhas noites em claro, bebe meus medos na taça da minha boca deserta, suga meus lábios tristes da mesma saliva e dói nos meus braços vazios a dor de um abraço oco.
não discuto
24.5.04
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