Da minha cara de biscoito Maria
Foi no dia em que encontrei esse moço pela primeira vez, ele olhou para mim e disse que me conhecia de algum lugar.
Oh, céus, de novo não.
Porque a vida inteira assim, tão cansativo. E quando me pararam na rua para perguntar se sou filha de Beth? Tem certeza que não? Irmã de Maurício? Mas puxa vida, tu és a cara da namorada do vizinho da minha tia. Até a recepcionista do curso de inglês me disse um dia que minha irmã mais velha secreta trabalhava lá. Então eu sei que quando acham que me conhecem de algum lugar ou é cantada barata ou é engano mesmo. Sempre.
(Quer dizer, menos naquele carnaval que um moço louro veio com essa história e depois de uns minutos de conversa ele disse que realmente me conhecia de algum lugar. E era verdade, tempos depois lembrei de um São João.)
Oh, céus, de novo não. E foi quando o moço entendeu que eu tinha cara de biscoito Maria. Eu que não entendi foi nada na hora, nem tenho o rosto assim redondo, afinal. Mas é porque o biscoito Maria é único, não é feito biscoito recheado, ou wafer, com marcas e sabores. Ao mesmo tempo tem vários iguais. Entende? Acho que é isso. Uma boa explicação, vá. Só não vale dizer que a mesma coisa acontece com biscoito de maizena porque perde a graça.
clarices
8.7.04
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