Armamentos da infância e pré-adolescência
Nunca fui muito chegado a armas. Ao contrário, sempre tive medo. Claro que já me diverti com espingarda e revólveres de chumbo, principalmente na época em que surgiram as famosas “armas de pressão”, que eram verdadeiras réplicas de revólveres.
Depois, isso foi proibido e a brincadeira acabou.
Mas houve um outro tipo de armamento. Não era tão fodão quanto armas de chumbinho, mas também davam trabalho. Vejam só:
Arco e Flecha
Arco de plástico, flechas também de plástico, com ventosas de borracha na ponta. Hoje, levar uma flechada daquela talvez faça cócegas, mas na época, com uns 5, 6 anos, doía pra cacete.
Revólver de Ventosas
Essa é digna de filmes. Não sei se mais alguém tinha tal artefato. Seguinte: era um revólver, com capacidade para QUATRO projéteis com ventosas na ponta. Você atirava um, girava, atirava outro etc. Uma espécie de “tambor” com quatro tiros. Doía.
Metralhágua
Não doía, mas também não era legal levar uma jorrada de água no meio da cara. Além de molhar, havia o “fator susto”. De fato, não havia riscos à saúde da vítima, mas sim MUITOS RISCOS aos que atiravam água em pessoas mal humoradas.
Atiradeira
O popular estilingue, ou bodoque, tinha uma versão toda fodona. Tinha até um metal que apoiava na parte interna do cotovelo, além de uma super tripa-de-mico da porra. A pedra parecia uma bala. Era ideal para detonar lixeiras e vidraças a uma distância segura para correr feito o Carl Lewis, porque os donos das casas não viam pelo lado lúdico.
Zarabatana e Variantes
Trata-se daquele caninho pelo qual passa um pequeno dardo. Não sei se é de origem indígena, acho que sim, sei lá. Você coloca na boca, mira e sopra, fazendo com que o projétil atinja a vítima. Não tínhamos a do Rambo, mas sim uma versão com caneta bic e papel com cuspe.
Super Bola de Papel
O normal era amassar uma folha, formando uma pequena bola, para atirá-la na cabeça de algum panaca. A “super bola”, por sua vez, não era lá algo muito normal. Amassávamos várias folhas, passando durex ou fita crepe, e daí colávamos camadas e camadas de outras folhas, sempre as fixando com fitas adesivas. Eram verdadeiras balas de canhão.
Elastiquinho
Um simples elástico de borracha, desses de escritório, passado de certa forma nos dedos, servia para atirar, com força, pedaços de papel dobrado. Era ideal para salas de aula. Quando algum bagre tentava atirar, era normal escapar o elástico e o papel continuar na mão.
Arma com Bob
O famoso bob de cabelo, com uma bexiga, atirando feijão ou milho. Parece que não é nada, mas de todas é a mais perigosa. Arde pra caralho. Fora quando algum sem noção pegava grão-de-bico ou algo assim.
Até que não tinha nada muito grave, né?
gravataí merengue
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