A escolha
De Nelson Botter.
- Vai, escolhe, em qual delas eu atiro?
- Não, por favor, não faça isso...
- Se não escolher, eu mato as duas!
- Olha, vamos conversar, não posso escolher...
- Escolhe logo, seu merda. Atiro na sua esposa ou atiro na sua amante?
- Quanto você quer para esquecermos tudo isso? Pago em dólar.
- Vou contar até dez. Se não escolher uma, mato as duas. Dez!
- Pára com isso!
- Nove.
- Não posso...
- Oito.
- Isso é absurdo.
- Sete.
- Olha, faz o seguinte, me mata, tá bom?
- Seis.
- Prefiro eu morrer a ter que escolher uma das duas.
- Cinco.
- Santo Deus, você está falando sério mesmo?
- Quatro.
- OK, OK...
- Três.
- Me perdoa, nenê.
- Dois.
- A amante...
- Um.
- Atira na minha amante. Poupe minha mulher.
- Por que a amante?
- Porque esposa a gente só tem uma, né? Amante arranja-se aos montes.
Os quatro ficaram se olhando após a resposta. Três olhares indignados e apenas um confuso (o do marido, é claro).
- Como você é cretino! - falou o assassino. - Depois dessa quem merece essa bala é você!
Bang! Tiro certeiro na testa do marido.
Plac, plac, plac! Eram as palmas das duas mulheres ao assassino.
:. Blônicas .:
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