22.9.06

A Mansão Foster Para Amigos Imaginários

Uma e meia da manhã, liga o cliente:
- Fal, te acordei?
- Acordou (as pessoas não esperam essa resposta, ela querem que vc diga "Nããããão, eu tava praticando sapateado")
- Er... hum... ai.... desculpa, é que eu não consegui dormir pensando no trabalho.
- Sei, e vc não quer que eu durma tb.
- Rárárá, Fal, vc sempre divertida... em que parte vc está?
- Mais ou menos na metade.
- Mas assim, em qual parte especificmente?
- Vc quer mesmo que eu levante daqui pra ir ver número de página?
- Não Fal (fungada sentida) deixa pra lá. Esquece.

Na manhã seguinte, liga a caléga:
- Oi Fal, acabo de falar com o Zé Luís e, menina, ele tá super triste, disse que vc foi super grossa com ele.

Vítimas. Estou cercada delas. Eu mereço.

*

- Repete, Fumiga, que eu não entendi.
- Tá, amor, é assim: a gente vai dormir hoje, acorda às 3 e meia da manhã e vai fazer farra com a Maliu no Extra.
- Ah, foi isso que eu ouvi. Achei que tava tendo alucinações auditivas.
- Pô, vai ser tão legal!
- Sei. Vc e sua mãe, soltas no Extra antes do dia amanhecer?
- É.
- Mas é o que, tipo, vcs vão lá nessa hora pq....
- Pq ela tá com dificuldade de dormir e eu não durmo mesmo muito e é um passeio, um programão!!
- Programão!?
- Ai, Alê, como vc é chato, parece que eu sou casada com meu bisavô.
- Rá, se teu bisavô fosse casado com vc, ele te dava uma coça de cinta, Fumiga. E outra na tua mãe. Programa a Telefônica pra chamar a gente, senão a gente não acorda.
- EBAAAAAAAAAAA.
- Tonta.

*

Quando, desesperada, resmungo que não tenho um sapato decente pra calçar, ele revira os olhos. Quando, histérica, brado que não tenho nada pra vestir, ele diz "Ah, Fumiga, pelo amor de deus". Enfim. A lua-de-mel acabou. Esse homem não me entende.

¡Drops da Fal!

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