Escoteiros
Sempre achei que eles fizessem parte do folclore. Sei lá, pra mim, escoteiros eram uma alucinação coletiva, ou alguma coisa do tipo que assusta de tão bizarra, sabe?. Mas, não, eles existem. E como são chatos!
Desde a semana passada, eu trabalho com um escoteiro. Carioca. Com o pior dos sotaques. E ele é chato demais.
Ele é solícito. O mais solícito. Só ele quer ser solícito no mundo todo.
Ele tem cabelo tigelinha. Comprido. E franja.
Ele fala das crianças que ele cuida (ensina, brinca, tutela, come, sei lá...). O tempo todo. Só disso.
Ele fala. Muito. O dia inteiro.
Ele está a um passo de mim. Oito horas por dia. Cinco dias por semana.
Folclore por folclore, podiam ter contratado a Mula-sem-cabeça. Pelo menos ela não fala.
Update:
Ele fala ao celular no viva-voz. Numa sala onde mais quatro pessoas estão trabalhando. Diz bye bye quando desliga.
Ele diz que vai "papá" quando sai pra almoçar. Todo dia.
calaboca que eu tô falando!
Nenhum comentário:
Postar um comentário