Parado embaixo, vejo o globo no centro do teto da sala se encher de água até a boca. Quando isto acontece, a lâmpada acende e surgem dois peixinhos dourados em sua órbita.
Um bramido pluvial parece vir do lado de fora do apartamento, então abro a porta para conferir. Pelas escadas cai uma água considerável e resolvo subir para identificar a foz. Conforme escalo, os degraus desaparecem sob a enxurrada, e meus pés se adiantam, às cegas. Eu agarro o corrimão, enquanto meu corpo é vibrado como um instrumento pela cachoeira, tóintóintóin.
enxaguado no HOTEL HELL
23.12.02
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