Ela sentou-se na cama ao pé de mim. Olhava pra mim com um ar de seriedade, mas eu sabia que o ar sério dela não era preocupante. Ficou me olhando, mexendo os olhos para ver se conseguia capturar minha atenção. Eu estava lendo um livro. Por fim de dois minutos, deitei o livro de lado e olhei para ela. Ela ainda não havia falado nenhuma palavra, apenas esperava pela minha atenção.
Foi então que ela declarou:
- Eu vou ao psicologo!
- O que?
- Eu vou ao psicologo.
- Mas eu não entendo. Por que? Você não anda se sentindo bem? Desculpe. Eu realmente não tenho dado muito atenção a voce.
- Não, não é isso. Sou eu. Não sei como lhe explicar.
- Mas. Você anda triste?
- Sim.
- Por que?
- Não sei. Mas é por isso que eu vou ao psicologo.
- Mas ele vai descobrir o que tem te feito triste?
- Não. Mas ele vai parar com isso. Eu vou agora pedir ajuda dele para não ficar pior depois.
- Ah.
Ela continuava séria. E continuava com o ar de sereno. O mesmo ar sereno que ela sempre carrega. Parecia que ela não se deixava abalar por nada.
- Não fiques preocupado. Tudo vai ficar bem. Quer dizer, tudo já está bem. As coisas vão apenas melhorar.
Eu ainda a olhava por não compreender bem aquela conversa toda. Ela pegou na minha mão e continou a dizer, tudo só vai melhorar.
Oh No. Don't Just Stand There. Do something.
27.1.03
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