Tanto tempo longe daqui que nem sei se conto do frenstista que me olhou com cara de o-que-é-que-eu-tenho-com-isso, quando pedi ajuda pra calibrar os pneus da Dilma (minha bicicleta); da volta na Lagoa que me rendeu um belo bronzeado-comercial-descascante; das noites que tenho passado escrevendo sobre HTML para pessoas que vão incrementar o número de páginas mal feitas na internet; do bebê que substituiu o vizinho do 606 no que tange decibéis; da volta de Biel; ou da jovem senhora que botou o cachorro na capota do meu carro. Essa última, talvez, seja a melhor opção, visto que me garante mais um ponto para o grande prêmio celestial, se é que Deus usa o Google.
É que eu estava a caminho do trabalho, quando me deparei com uma cena assustadora: um cachorro enorme atacando uma mulher e seu melhor amigo no meio da rua. A incauta cidadã, que passeava com o totó, foi surpreendida por um cadelão, que, valente, resolveu puxar briga o bicho menor. Vi o desespero da mulher, fui reduzindo a velocidade (e - porque não dizer? - atravancando o trânsito) enquanto enfiava a mão na buzina do carro pra tentar assustar o sansão. Ao me ver parada, ela não teve dúvida: debruçou-se sobre o carro e botou o totó na capota dele. Lá em cima, debateram-se (o cachorro e a grossa corrente que o prendia) até que eu abrisse a porta do carro que, sem cerimônia, foi invadido pelos dois. Em cem metros de carona compulsória, ela me agradeceu umas quinhentas vezes, coisa que me convenceu de que eu tinha feito a minha boa ação do dia. Eu sou uma boa moça. Tá bom, mais moça que boa.
Mas o que eu queria dizer com isso tudo é que é impressionante como posso assistir a grandes carnificinas na TV comendo pipoca, mas um cachorro mordendo o rabo de outro me deixa de pernas bambas.
espera um pouquinho, Depois eu explico
19.1.03
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