- Mãe, eu tava querendo um vasinho de planta pra colocar no meu quarto.
- Oba, qual a que você quer, minha filha?
- Aquela ali - apontei para um vaso de tamanho médio com umas folhinhas miúdas e graciosas que nasciam em par, redondinhas.
- Mas isso é mata-pasto, filha.
- Diabo é mata-pasto, mãe?
- Mato. Erva-daninha. Tiririca. A gente arranca isso pra poder plantar qualquer coisa. Elas estão nascendo aí nesse vaso desocupado por causa do tempo fresco que tem feito ultimamente.
- Mas eu quero é essa.
- Filha, pega um vaso com dinheirinho, alfinete ou qualquer outra coisa...
- Hum, hum. Quero é essa. Gostei foi dessa, quero essa.
- Mas também, minha filha... Você é muito difícil! Não aceita sugestão de ninguém, só faz o que quer... ad infinitum.
- Mãe, dá pra arrumar o vasinho ou não?
- Pode fazer, você quando quer uma coisa... ad infinitum novamentis.
Só queria ter esse talento pra escolher coisas simplórias, baratas e despretensiosas quando eu entro numa sapataria, livraria ou joalheria ou quaisquer outras "ias" da vida.
já que liberou mesmo... salta um Arroz-de-leite
18.3.03
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