2.3.03

Muitos anos antes do surgimento de Márcio Silva, o mundo já era aterrorizado por um grande mal: Getúlio Silva, meu pai. Reza a lenda que nos idos de mil-novecentos-e-guaraná-de-rolha, Getúlio saiu de casa trajando sua fantasia de pirata e foi pro baile de carnaval. Vida de solteiro, cerveja, mulheres, cerveja, farra, cerveja, zoeira, cerveja, música, cerveja e (prá não ficar na mesmice) um pouco mais de cerveja. Eis que no meio do baile, o crooner passou mal e não pode cantar. Os organizadores correram de lá, correram de cá e não acharam ninguém que pudesse substituir o crooner. Eis que alguém pensou: Getúlio! E lá foram atrás de Getúlio, que já estava prá lá de todos os sete mares. Com muito custo conevencaram-no de subir ao palco e animar a festa. E lá foi ele.

- Boa noite, senhoras e cenouras. É uma prazer inenarrável e quase sexual estar com todos vocês. Gostaria de desejar a todos um ótimo carnaval e de abrir o espetáculo com uma música de minha autoria. Maestro: dá um mi menor. Não... é lá maior. Ou seria um ré médio? Ah, toca qualquer porra aí.

E a banda entrou com uma marchinha. E lá vem a obra prima de Getúlio Silva:

Carlos Gardel
Inventou o aviãozinho de papel
Subéééééééééééu, subééééééu
Deu uma volta lá na Torre de Babel
Depois descéééééeu, descéééééu
Bateu no poste e se fudéééééééu.

E não é que agitou?

Alea Jacta Est

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