7.3.03

Nada mais perigoso e digno de cuidados do que essas novas "mulheres independentes" que não querem ter filhos. "Não vou trazer um filho ao mundo", dizem elas, invocando uma "responsabilidade social" ou algo parecido e levantando o nariz.

Alguns países da Europa, como a Suécia, praticaram com tal obstinação a repressão do instinto de procriação - anexos o horror tipicamente puritano ao sexo, a fobia ao masculino e à família - que legaram a si mesmos um país infestado de velhos amargurados e solitários, tão orgulhosos como o Estado que toma conta deles.

Países "desenvolvidos" onde falta o essencial: a dinâmica, a energia, o instinto vital, centro de uma civilização. Pode-se-lhe aplicar o mesmo epíteto portado por essas lesbianas reprimidas que não querem ter filhos: são estéreis.

Países estéreis como suas mulheres e homens. Eis a conseqüência do mito malthusiano.

Mas não é apenas na velha-nova Europa que encontramos esse tipo de ideologia desumana. As mulheres modernas de países provincianos como o Brasil, habitantes principalmente das grandes cidades, costumam assumir a mesma atitude. São agnósticas (ou "católicas", qual a diferença?), cheias de espírito crítico e sarcasmo - às vezes falam mal de feministas ou abortistas apenas para se sentirem superiores. Ou estão lá, sinceras, num orgulho invisível a si próprias: mulheres irrepreensíveis, muito virtuosas, etc. Basta-lhes apenas o que não têem dentro de si.

Mas é para o bem - como diziam os antigos, em virtude dos desígnios da divina Providência - que pessoas com semelhantes idéias e atitudes sejam estéreis por opção. Tomando em conta a relação entre pais e filhos, muito influente, seria catastrófico se essas pessoas se reproduzissem, gerando crianças orgulhosas e tão bem educadas quanto nossos publicitários. Imaginem se esses socialistas estéreis assumissem, de uma hora para outra, a vontade de se procriar, ou se nossas lesbianas não reprimissem o seu instinto materno.

Oh, la sagesse naturelle...

É um alívio, assim, constatar que as famílias normais tenham vontade de ter filhos, propagando uma maioria sem horror ao ato sexual e sem medo de "colocar filhos no mundo".

Logo logo, ver-nos-emos livre dessa "raça" estéril e aberrante. Para ficar otimista, basta conferir o crescimento demográfico da Suécia, aquele antro de ateus e livres pensadores.

(Nota pessimista: só não toco assunto do aborto para não arruinar demais minha argumentação. Perceba-se apenas que o instinto maternal das nossas mulheres modernas foi transformado no seu exato oposto: o instinto de matar a própria prole)

comentário ultramontano

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