Tenho que confessar, não estou farto do lirismo comedido. O tal, que pára e vai averigüar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. E gosto muito do lirismo namorador. Aquele mesmo, o sifilítico. E - sim, sim - odeio o lirismo dos loucos. Abomino o lirismo dos bêbados, o lirismo difícil e pungente dos bêbados. Coisa de gentinha malnascida.
Como faz falta o lirismo comedido, o lirismo bem-comportado, que pára e vai etc! A poesia brasileira acabou quando as pessoas se fartaram do lirismo comedido; volte, lirismo comedido; volte...
Alexandre Soares Silva
16.3.03
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