Cultivo do gosto
É preciso aprender a abominar a crueldade como se abomina a ruindade de um quadro kitsch. Ter a mesma sensação que se tem quando se ouve música muito ruim numa sala e se é obrigado a sair dela. E se me objetarem com o clichê do nazista culto, que toca piano e cita Goethe, digo que a solução para o nazista culto não é desenvolver nele um súbito mau-gosto, uma paixão repentina pela trilha sonora de Titanic. Se falhou em relação ao bom gosto, é porque deveria ter mais, não menos.
Ouço já vozes melífluas me perguntando o que é, afinal, o bem. Sei lá eu o que é o bem; mas é algo que reconhecemos em quadros bons, poemas bons, músicas boas, pessoas boas. Algo está simplesmente certo nessas coisas.
(...)
Vamos, negue. I double dare you.
Todo mundo é esnobe. Você não se apaixonaria por uma mulher chamada Vandicleusa.
ética e estética com Alexandre Soares Silva
5.4.03
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