10.4.03

pela nona vez tornou a ser tudo como já era
será o eterno retorno de tudo?

o ano não está bom. mas sem longos motivos pros momentos se precipitarem em lágrimas.
então permaneço. como sempre estive, adiando. mas tinha ainda uma única coisa que me dava uma luz de ser eu um dos iluminados, poder eu amar e ser até amado. mas alguém desavisado, turned off the light, pôs um seco, apagado, sem querer, fim.
Agora é o fim do amor que por ela eu me abastecia. Mas ainda é cedo e sempre será.
Amanhã tudo renova e o eterno retorno pode vir a acontecer mais uma vez. Já foi Agora outras vezes e o eterno retorno veio, dum lado e de outro.
Por isso que não importo mesmo nem faço falta, e nao faço disso questao pra se pensar. Nem penso em coisa nenhuma. Pensar é dor de cabeça. Pensar é estar doente dos olhos. A vida vista basta.
Logo no dia em que a reencontro é o dia que nao soube comunicar. mas eu a vi, e se eu estivesse certo, olha-la bastaria eu teria morrido ali mesmo, com sorriso farto de quem morre farto, feliz e sem volta.
Nao morro, volto pra casa pelo caminho de sempre com pessoas sempre quase iguais pela metade. todas alheias o que é para mim uma coisa boa enfim.
Senti vontade de sentir mais. e único recurso disponivel, abri um livro de poesia pra ver no que dava. o livro velho, relido, pouco me disse. fiquei na vontade. e foi toda minha ânsia a poesia. um querer sem saber, sem ter, sem
me trocou por um semelhante que de tao igual podia ser eu. se ao menos me sentisse sendo ele quando ela estivesse por perto, talvez bastasse. mas nunca vi mais gordo.
tentei escrever e deixei num papel que iria pro lixo o melhor que pude escrever no papel que ia pro lixo.
mas nada é uma pena a lastimar.

pitombeiras lar mazela

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