quando solteira, minha mãe se chamava léia victória aires e tinha 18 gatos. ela queria ser escritora e chorava ouvindo petula clark. quando solteiro, meu pai - renato caringi de freitas - morou em portugal. ele tinha uma lambreta e brevê de piloto. sobrevoava a casa da léia para impressioná-la. eles se casaram em 1972. eu fui concebida no rio de janeiro, diz a léia, que estava lá no momento. nasci em abril de 1973.
quando léia ficou grávida pela primeira vez, renato sugeriu o nome do filho: "clemente". porque estava certo que seria um varãozinho o primogênito. "nem clemente nem piedoso", disse léia, leitora voraz de romances de capa e espada. "vai ser mulher e se chamará angélica." angélica, a marquesa dos anjos. a indomável. mulher de joffrey de peyrac, coxo e alquimista. feo pero encantador. maldito, ele foge ou é fugido e ela o procura por todos os mares possíveis. "quem sabe durval?", arriscou renato, o renitente.
depois disso, Tome uma Xícara de Chá
2.4.03
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Um comentário:
Boa tarde. Meu pai conheceu o seu, quando morávamos em Pelotas.
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