Não existe folha mal preenchida nos meus diários, escritos ou imaginários. Ou encontro meu início e me esparramo em folha inteira ou continuo sendo uma sensação inconclusa.
Não há decisão a tomar, situação a ser p(r)ensada e pesada antes de agir. Ou procuro meu começo justificando todo o fim ou continuo tendo os fins e os meios sem o princípio do ato.
Assim, de viés, posso parecer indefinida mas, a verdade - a mais pura -, é que sou concluída por decisões que já me tomaram e por experiências que já me decidiram. Assim, de revés, pode causar a impressão de que me falta planejamento e determinação - mas não, esses são parceiros amigáveis.
O que se ausenta de mim é a primeira palavra, - ignorada - e de onde nascerá o final pré-concebido. O que me falta não é a última cena, essa já decorei sem ensaio. Eu careço das estréias para ser inaugurada.
um oferecimento Afrodite Sem Olimpo
5.5.03
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