25.5.03

To: catarroverde13@yahoo.com.br
Subject: Geeente, SABONETE, porra!

Oi, Sergio.

Faz um tempo que não leio o Catarro Verde, então vou pegar o bonde andando na questão que parece assolar meio mundo, o tal do sabonetinho.

Quando eu era adolescente, já na idade da iniciação na sacanagem, mas ainda virgem, tinha um vizinho que era a minha paixão. Ele era louco por mim, e a gente estava naquele grau de "calentura" que parecia que quando a coisa rolasse um maremoto direto de Santos alagaria a Lapa. Enfim, eu era virgem, e fiz o que pude para manter as perninhas bem fechadas (ééé, nem tanto...). O fato é que chegou um momento que a gente já não podia nem se ver a distância.

Eu era bem pouco experimentada nas questões da carne, e pela primeira vez sentia um tesão daquele. Nós nos encontrávamos na casa de máquinas do elevador, um quarto escuro no alto do edifício. Uma noite, naqueles amassos de derreter parede, o rapaz era puro desespero e me sugeriu: "tá, você é virgem e quer continuar assim... e se a gente pelo menos fizesse um sabonete?".

Eu não tinha a menor idéia do que se tratava essa nova modalidade - "Provai de tudo, retende o Bem", está na bíblia -, então, ok, here we go!

O lance se dá da seguinte forma: o homem coloca o pau no meio das pernas da mulher, que devem estar bem fechadas, cruzadas mesmo. E começa o vai e vem...

(Anos depois, no Nordeste, descobri o porquê do nome: quando o cara goza, com toda aquela fricção, o esperma na coxa da mulher acaba ficando com aquele aspecto de
"espuminha", hahaha. Parece que no norte do país o sabonetinho é um clássico, todo mundo sabe do que se trata.)

Espero ter aclarado um pouco a dúvida. Ah, e dez anos depois da casa do elevador, te digo: de Santo Graal essa parada não tem nada!

Nada mesmo.

Às vezes, na cama, eu me pego relembrando este episódio. Tipo quando desliza, saca? Déjà fuck.

mistério revelado no LuxLuxo

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