8.7.03

1 E o nazareno, tendo subido ao Gólgota, deixou cair ali o pesado madeiro. 2 E em seguida deu um tapinha no ombro do centurião romano, assim dizendo: "Bom, encomenda entregue. Até mais, então". 3 E após estas palavras o Nazareno atravessou a multidão, ante seus discípulos atônitos, para os quais murmurou, em voz baixa: "Encontro vocês lá no Jerusalem Inn, às seis, pro ensaio".4 Ora, o centurião romano pegou o nazareno pelas vestes e o arrastou de volta ao madeiro. 5 E o nazareno bradava, enquanto era arrastado: "Não precisa assinar nota fiscal, é delivery free-of-charge!" 6 E enquanto era deitado no madeiro, o nazareno praguejou: "Putz, devo ter jogado pedra na cruz!" 7 E quando o verdugo foi perfurar seus pulsos, o nazareno manteve a mão fechada e murmurou: "Estou contigo e não abro!" 8 E, tendo erguido o madeiro, o centurião ofereceu ao nazareno um cálice com mirra, para mitigar a dor. 9 O nazareno provou, cuspiu e bradou: "Putz, devo ter bebido cachaça no cálice sagrado!" 10 E na hora sexta, o nazareno olhou aos céus e clamou: "Pai, por que me desamparaste?" 11 E nisso uma voz vinda dos céus falou como mil trovões: "Tu tens 33 anos e ainda moras com tua mãe - ainda querias que eu não te cortasse a mesada?" 12 E a voz dos céus, após uma breve pausa, prosseguiu: "Um momento - não és Yeshua, o carpinteiro?" 13 E o nazareno, exangue, respondeu: "Não, sou Yehuda, o coletor de impostos." 14 A voz nos céus assim disse, então: "Putz! Confundi ano sabático com ano fiscal. Foi mal, aí." 15 E a terra tremeu.

desenterrado na praia do Nelson (com a pá do JMC)

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