6.8.03

Conversa jogada fora, com amigans, num cházinho básico das 5.

Uma delas comenta, que pelo fato de ser muliér, bonita e gossstosa, sentia que o mundo ajudava, os brutamontes ficavam dóceis, a corja de canalhas, desmoralizadores do serviço público, trabalhava ao invés de só coçar, o mais mal-educado ficava "ride-ridente-derride-derridente, rimente-risonhai, risandai..." Enfim, ser bonita gostosa e, sobretuda, muliér, era uma boa sim pois abria as portas do mundo. E as feínhas? Tadinhas, essas amargavam um mundo cão.

Eu olhei para aquela piranha e pensei: "ah Roma, frivolidade tem limite, minha filha!"

- Escuta queridinham, eu disse, quer dizer que o mundo trata com benevolência as bonitas, mas é uma benevolência que ou quer te comer ou tem muito dó de você?

Evidentemente a anta não entendeu. E eu continuei:

- É uma bondade de segunda ordem, uma gentileza fajuta, porquê espera sempre a oportunidade de retorno, o recibo. Bondade, compaixão, generosidade, bravura, honestidade, clareza, enfim, esses valores mais preciosos e raros do mundo, são dificílimos de encontrar.

A perua sorveu um gole de chá de rosas do Nilo com o dedo mindinho afetado, olhou para as demais galinhas ao redor, mal-entendendo. Eu continuei:

- Sabe o que deve ser? O meio no qual você tem andado. Pessoas sovinas, centradas, egoístas, vidas para as quais todas as qualidades humanas são de segunda categoria. Isso leva uma muliér a crer que ser bonitinha e comível vai fazer o mundo melhor... Sobrevivência. Sai dessa vida, queridinhan!

Evidentemente criou-se um clima plúmbeo e a bosta do chá acabou.

Chá das 5 no chiquéééééééérrimo Blog Hotel Roma

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