Já aconteceu com você, confesse: você já ficou com cara de paspalho sorrindo para o monitor do computador, não foi? Já pulou sobre o aparelho telefônico dizendo: deixe que eu atendo, é pra mim! Já ficou na janela esperando um homem de camisa amarela com um uma bolsa azul que deveria conter um envelope (ou pacote) com seu nome. Já aconteceu com você essas coisas de passar a venerar certo cantor, ou escritor, ou ator de cinema, que antes você nem sabia que existia? Diga que você também já caminhou sobre as linhas como quem se equilibra sobre uma corda bamba, que você também já teve essas fases de mentir que não se importa tanto com ausências e silêncios. Diga que você já se sentiu imbecil por sentir uma coisa estranha que você não pode chamar de saudade porque não faz o menor sentido. Diga, confesse... eu me sentiria muito mais humana, muito mais normal se soubesse que não sou a única que caminha entre espaços estranhos de vontades, desejos e incertezas que apertam o coração.
Pegadas da walkwoman
8.8.03
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