16.9.03

Manhã em desordem, maior ainda que a dos lençóis. Sem tempo para café, dos jornais somente manchetes e os quadrinhos. Na mesa bagunçada pilhas por critério de prioridade. Mais desordem. Quanta baderna pode um vivente suportar ao longo do dia?
A agenda - aquela de se manusear e fazer anotações com caneta, lápis ou similares... de guardar tickets no interior-buraco-negro e esquecer as contas de luz na página do dia do vencimento - anda abandonada. Quando foi que se perdeu o hábito das anotações diárias? Desde o vício do teclado e da inapetência para a vida em geral? Foi quando vieram os vícios - do blog, do beijo, do boom!? Foi no ano anterior, quando o modelo escolhido era inadequado para a escrita e mais ainda para o manuseio? Mas a deste ano é tão aprazível.. espiral, nice pics, space enough... É que tudo anda um pouco fora do normal... tudo mais virtual, mas cheio de fundos falsos para abrigar as outras - as que se desprenderam, rebeldes, da suposta unidade de antes... e agora vagam por aí, em posts, em crises, em eroticidades e improdutividades. O correio não coube entre os times difusos da tarde. Amanhã, sem falta. Cobrem-me. Fuzilem-me, se for o caso.

Outra Parte

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