3.9.03

Muito, tanto, demais, sobre, over, mega, hiper, além, excessivo, tudo. Tão, mas tão melhor se fosse mínimo, sub, pequeno, pouco, menos, lacuna, low profile... Por que esta sobre-medida? O que há de errado com os espaços, com os vazios, com as faltas, com os silêncios? Pra que encher tudo quando se sabe que o tudo é oco?

A música também é feita de pausas. Donde, conclua você, dançar conforme a música pode significar permanecer parado. Observando, assistindo. Dos bastidores ou da última fila. Poder circular anônimo, incógnito e, por que não, incólume. Que mal há em vestir a capa da invisibilidade? Aprender a ser voyeur, ter o controle remoto nas mãos. Escolher a programação e não se contentar apenas com os relatos ou reprises.

Não há de ser tarefa impossível. A caverna é segura, quente e escura. E faz eco, sem dúvida a melhor companhia para momentos hibernais.

ói nóis aqui traveiz

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