19.10.03

Ah, o Garagem...

A veadagem acumulada rompeu os diques e acabamos antecipando nossa ida ao Garagem: fomos ontem eu, Pedro, Paula, Janaína e o ressabiado Marcos. Eu também cheguei lá meio desconfiado, mas alguns minutos e duas cervejas depois já estava até dançando sozinho na pista. Uma loirinha muito da jeitosa veio dançar comigo, o que me levou a descobrir uma nova espécie do gênero feminino: a mulher que vai à boate para se esfregar nos veados. Pois a danada se esfregou em mim até perguntar meu nome e eu responder com minha peculiar voz máscula. Então ela se desinteressou por este óbvio macho que vos fala e foi rebolar suas carnes – e que carnes – em seres mais inofensivos (porque para ser mais inofensivo que eu, só mesmo sendo bicha).
Vi três morenas das mais lindas e fornidas beijando-se alegremente, cena que não me sai da cabeça nem com muita oração, jejum e autoflagelação. Vi uma garota tirar a blusa no meio da pista – e eu era o único homem que olhava com algum interesse para seus peitos miúdos e firmes. Outras mulheres, no entanto, olhavam ainda mais avidamente, e era nestas que ela estava interessada. Uma pena.
Uma balada das melhores. Recomendo a todos, principalmente aos homofóbicos empedernidos, que assim poderão enfim libertar seu lado Pássaro Multicor da Côrte de Assurbanípal, tão oprimido e vilipendiado por toda a vida.

Jesus, me chicoteia!

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