1.11.03

Desde muito pequena eu freqüento a escola. Minha mãe e meu pai trabalhavam, portanto me colocaram numa escola assim que possível.

Eu estudava numa escolinha pra crianças (Rosazul), que tinha desde a maternal até o prezinho. Era o meu segundo lar. Conhecia todos os professores, a diretora, as tias da cantina...
Quando eu estava no jardim, tinha minha turminha da pesada. Eu e umas amiguinhas vivíamos aprontando. Tínhamos a mania de fugir da sala para nos esconder. Na ingenuidade que a idade nos conferia, nosso esconderijo predileto era embaixo da mesa da diretora. Logo que dava pela nossa falta, a professora ia direto pra lá. Sempre nos colocavam de castigo na sala do maternal. Era o pior grau de humilhação na tabela moral da escola. Depois de cumprida a pena, saíamos do berço de cabeças baixas, sem ter coragem de encarar nossos colegas de classe. Isso, claro, até a nossa próxima fuga espetacular. E, óbvio, até o próximo castigo, já que voltávamos à mesa da diretora...

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Meus anos no Rosazul foram maravilhosos e divertidos. Meu primeiro beijo foi dado lá.
Igor era o nome dele... loirinho, olhos azuis. Apenas na troca de olhares nos entendíamos. Eu olhava pra ele, ele olhava pra mim, e nos escondíamos debaixo da mesa. Ficávamos nos amassando lá, beijando calorosamente. Claro que no beijo não entrava língua. Nojento demais! Mas o jogo de bocas era fenomenal. Digno de profissionais.
Nessa mesma época, coincidentemente, comecei a ter dores de barriga terríveis. Pelo menos pareciam terríveis pra uma menina de quatro, cinco anos...
Fui então investigar com minha mãe. Eu estava com medo.
- Mãe... como é que uma pessoa se sente quando está grávida?

Blog de uma Cucaracha

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