28.11.03

Maldita tecnologia

Ontem eu só trabalhei até às 14hs, pedi pra ser liberada para resolver um problema pessoal. Nada demais, fui ao banco sacar dinheiro, como pedi outro cartão e ainda não chegou, tive que ir até a minha agência, que fica no pátio da UFBA, na Ondina, (a cinco minutos da praia). Saí do banco e fui o ponto do ônibus (que fica a 20 passos da praia) vi aquele marzão na minha frente, a maré tava cheia, as ondas batendo nas pedras, um espetáculo. Não sei porque, mas senti uma culpa tão grande. Moro em Salvador, num bairro relativamente próximo da praia (vinte minutos), é verão (não existe primavera nem inverno na Bahia) e, já faz mais de um mês que fui à praia. Toda semana eu digo, nesse fim de semana eu vou, mas aí eu acordo tarde ou fico com preguiça ou não encontro uma companhia, sempre tem uma desculpa. Mas hoje dei a louca, desci até a praia, tirei as tamancas e comecei a andar na areia, foram longos dez minutos, molhei os pés no mar, curti um pouquinho o sol frio do fim de tarde. Senti uma pontinha de inveja das pessoas que ali estavam, todas curtindo seu banho de mar, seu jogo de bola, sua cervejinha na barraca... Sonhei um pouquinho, lembrei de verões passados, fiz planos para verões futuros... E, de repente, me lembrei que tinha que passar na lotérica pra pagar a conta do meu celular que alias, já estava atrasada. Foi-se embora toda a poesia de um fim de tarde que poderia ter sido mais agradável se eu não tivesse a porra do celular.

Eu tô que tô

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