19.12.03

Sonhei que estava dirigindo em alta velocidade pela marginal Tietê na madrugada, na pista oposta à do prédio da Abril, quase na Lapa. Algo fez com que o carro escorregasse, batesse no pneu dum caminhão na faixa de tráfego ao lado, e capotasse várias vezes, no comprimento, como se desse várias voltas no Enterprise do Playcenter. O carro continuou girando, até bater num pilar duma ponte e parar. O cenário mudou imediatamente para a Ipiranga - a avenida mais parecida com as marginais no meio rural - na frente da Zero Hora. Desafivelei o cinto, desliguei o rádio do carro (que estava de pé, apoiado na vertical a um poste) e pulei pra fora. Lembro de ter olhado pro céu estrelado e visto algum luminoso anunciando coca-cola ou outra merda assim. Fiquei olhando para o carro, um três volumes enorme, quase um opalão, mas modernoso, algo que eu jamais compraria (pensei, no sonho) e procurei com os olhos o posto de gasolina na esquina oposta à da Zero Hora. Ninguém parecia, na madrugada, ter reparado que eu acabara de destruir o carro depois de capotar a traquitana várias vezes. Saí dali pela Lima e Silva pra achar um bar onde tomar pisco ou rum e comprar cigarros. Acordei suado, abraçado na minha namorada. O que me intriga é não lembrar o que estava tocando no rádio.

In Opio Veritas et Circenses

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