13.2.04

Eu gosto de ser bem atendido

Adentrei a loja de heavy metal com o objetivo de comprar uma camisa do Massacration, a única banda que respeito pelo excelente trabalho e por representar o verdadeiro espírito do metal. Sim, estou sendo irônico.
"Bom dia", disse ao atendente coroa e mau-humorado, que lia uma revista sobre metal e devorava um pacote de amendoins, atrás do balcão cheio de adesivos, pingentes, cd´s, braceletes e toda aquela parafernália típica de lojas de metal. Após ouvir um grunhido que deveria ser a resposta, perguntei se eles vendiam a camisa ou se saberia me informar como posso conseguir uma.
Ele, tão educado quanto um carro de som anunciando baile funk em procissão funerária, sem desviar o olhar da revista que lia, apontou para uma arara de camisas e disse:
- Nem sei, ô. Vê ali.
Abri meu melhor sorriso de "tomara que você morra com uma prisão de ventre crônica" e fui até a arara. Olhei aquele monte de camisas de bandas, caveiras, monstros e aberrações, sem sucesso. Nada da camisa do Massacration.
"Uma pena", pensei, num muxoxo. Desta feita, encaminhei-me para a saída, quando fui abordado pelo mesmo vendedor, que entre um grunhido e um "Ôôô, psiu!", perguntou:
- Tem a camisa?
E eu, que não nasci pra santo, apontei pra arara e lasquei:
- Vê ali.

neurociência das chiks peitudas

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