Sabado à noite no metrô é pura diversão.
Um adolescente troglodita brinca com a máquina de vender livros, apertando números aleatoriamente. Aposto que nem sabia ler. Como disseram na hora, ele deve ter cheirado e lambido a máquina enquanto eu não estava olhando.
Claro que o troglô entra no mesmo vagão que eu. Mas ninguém alimentou o animal.
Duas bichas surdas conversam através de gestos. Bichas. Surdas. Gestos. Mais bizarro do que a família de surdos que encontrei na loja da Claro - porque surdos estariam comprando telefone? - mas isso é outra história.
Uma mulher usava um tênis enfeitado com tiras verde-fosforescente em alto relevo. Parecia que o Hulk tinha vomitado nos seus pés. Era que nem a bunda cabeluda do mecânico e o acidente de trânsito - grotesco, mas você não consegue parar de olhar.
A menina, sozinha, tira um papel da bolsa com um número de telefone e faz uma ligação no celular. Marca o encontro na frente das Sendas. Saltamos na mesma estação e eu, obviamente, fiquei procurando alguém com cara de "estou-esperando-uma-desconhecida-no-sábado-à-noite" na frente do supermercado. So não acompanhei o final da história porque já estava atrasada.
Ser proletária tem lá suas vantagens.
uma dama não comenta
29.3.04
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