Vou comendo os dias aos bocados, mastigando as horas, deixando os minutos presos entre os dentes. Uns começam suco de laranja e terminam mocotó; outros, cheiram a amêndoa como veneno e depois escorrem sorvete de menta. Há os algodão doce, bomba de creme, açafrão e curry. Ultimamente meus dias sugerem um gosto de quase certeza, uma memória da língua perdida entre uma lambida e um beijo, sabor fugidio e incerto. Minha boca pede o gosto de dias que se foram e eu a encho de pimenta.
Não Discuto
9.3.04
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