17.11.04

A Caverna da Ogra

Talvez eu devesse começar a publicar os meus sonhos eróticos. Certamente atrairia muito mais leitores do que as bobagens que eu penso que penso. Esses dias sonhei que o céu era um grande motel e que os anjos estava todos lá para me levarem para a cama. Exceto que não eram anjos desses de camisola e asinhas. Pareciam todos com homens normais, mas, ah, eu sabia que eram anjos. E descobri que cada vez que a gente sente uma súbita e inexplicável felicidade aqui na terra, é porque um anjo, ãhn, como direi, praticou o intercurso com a nossa alma lá no céu. (Sim, a idéia é que estamos aqui e ao mesmo tempo lá). Aí, bom, ãhn, como direi, eu, euzinha mesmo, pratiquei o intercurso com um anjo dentro de um elevador lotado. E logo depois fomos tomar banho num grande vestiário, também cheio. Em cada uma das portinhas dos chuveiros havia uma plaquinha com uma qualidade, e a gente deveria entrar num chuveiro que tivesse uma plaquinha que correspondesse a uma qualidade nossa. Me lembro de ter visto gente entrando em "inteligente", "engraçado". Eu entrei num chuveiro cuja plaquinha dizia "flacidez com dignidade". O meu inconsciente não é um lugar fascinante para se viver?

A Caverna da Ogra

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