Minhas acepções sobre São Paulo
São Paulo, ou Paulo de Tarso, que antes se chamava Saulo, foi um homem que matava cristãos, mas se arrependeu quando Cristo apareceu para ele e o cegou. Depois que foi batizado por um discípulo de Jesus chamado Ananias, um dos nomes mais engraçados da Bíblia, voltou a enxergar e passou a espalhar a palavra do Senhor por todo o Império Romano, transformando o cristianismo na maior religião da época. Mas não é desse São Paulo que quero falar, ele não é importante.
São Paulo (a cidade que morei durante toda minha vida desde ontem e segunda maior cidade do Brasil, atrás apenas de Dois Córregos, maior cidade do universo e onde eu vivia até anteontem) é uma cidade barulhenta. Mal pude dormir essa noite. Som de carros, motos, caminhões, sirenes, gente sendo baleada (ah, como gente sendo baleada é barulhenta!) e jazz. Sim, jazz. O cara do quarto ao lado passou a noite ouvindo jazz. Eu teria pedido para ele abaixar o volume do rádio, mas não pude fazê-lo. Eu teria virado para o lado e dormido, ignorando a música, mas também não pude fazê-lo. Adoro jazz.
Em São Paulo, tudo é longe. A USP (onde estudo a partir de amanhã) é longe - apesar eu de poder ver a Cidade Universitária da minha janela -, o parque do Ibirapuera é longe, o estádio do Morumbi é longe, o shopping (qualquer um deles) é longe, a esquina é longe, o andar térreo é longe. Aliás, o andar térreo é muito longe, 15 andares abaixo. Moro no décimo-quinto andar. Duvido que alguém viva num lugar tão alto, excetuando-se os moradores do décimo-sexto andar. O ar é rarefeito aqui. Aviões passam logo abaixo minha janela. Esticando os braços pela janela, posso tocar satélites, foguetes, estações espaciais e até a Lua. A Lua, amiguinhos! Se o monte Everest fosse aqui ao lado, eu poderia vê-lo de cima.
E, por fim, São Paulo está cheio de ladrões. No meu primeiro dia aqui, já me roubaram 16 reais. Foi uma caixa do Cinemark. 16 reais pra assistir a um filme ruim. Um roubo, um roubo!
¡Ay, Caramba!
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