19.4.06

Falar da cor, dos temporais, do céu azul, das flores de abril

- Fal?
- Eu.
- Acordei o Alê?
- Nada acorda o Alê, Ana, vc sabe, ele desmaiou às 9 e meia.
- Que vc tá fazendo?
- Vendo Ronifon e me preparando pra assistir o Jô, pq ele vai entrevistar o Ronifon.
- Ah, que programão.
- Si fudê.
- Rárárá. Vi vc na televisão, falando de blogs.
- Foi.
- Vc não sabe falar de mais nada?
- Não, e nem disso. Eu engano, vc sabe.
- Eu sei.
- Ou tento enganar, o que é pior.
- Eu sei.
- As meninas tão boas?
- Insuportáveis e boas.
- Bom.
- Sua mãe tá bem?
- Agora tá sim.
- Eu li no blog que de domingo pra hoje vc não dormiu vendo filme de mulher que chora no box.
- Verdade.
- Dormir pouco engorda, vc sabe.
- Vai à merda, Ana.
- E hoje, vc tá com sono?
- Não.
- Tem programa?
- Mas criatura, eu não acabo de dizer que vou ver o Ronifon no Jô?
- Ah é.
- Então.
- Eu tou na minha mãe. Tem reunião financeira essa semana e eu tou em São Paulo.
- E só avisa agora, cretina?
- É, ué.
- Sei.
- Comprei uma garrafa de rum.
- Ana, são quase 11 da noite!
- Vc tem limão aí?
- Ana, são quase 11 da noite!
- Tem ou não?
- Tenho.
- Gelo?
- Tenho.
- Seu liquidificador funciona?
- Funciona.
- Vc precisa jogar essa merda fora e comprar um de jarra de vidro que nem o meu.
- Olha aqui, ele funciona, tá?
- Tou indo.

Quando o belo Ronifon entrou no palco estávamos pra lá de bagdá, senhores.
Só lembro vagamente da entrevista e dele cantando de mão no bolso, coisa fofa da titia. E depois eu dormi que foi uma beleza.
Frozen daiquiri.
A bebida dos que não têm religião.
Ou têm, mas esqueceram.
E faz tempo.

¡Drops da Fal!

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